sábado, 4 de outubro de 2008

HOMENAGEM A DINIS ... "MOLERO"

... que me desculpe Dinis Machado lá no étereo onde resiste, mas a minha homenagem é mais a Molero, o pobre "soundbit" do Lusitano Fado!

«Há vida depois desta vida?

Há uma possível “vida - via electrónica participativa”, uma espécie de bionismo molecular, de bits electrónicos participativos, destronados os quarks, entronizados os bytes, padrinhos mais velhos dos bits, campeões democráticos mundiais: a discussão e o referendo "in situ" e on-line. A partir de agora, os bytes representam-te em cada pixel, pixel soldado democrático armado da baioneta electrónica molecular.»

... mas a ti não te bastam os bytes ou os soundbytes, aí onde resistes, relembras...

«Os ricos e os pobres. Pobre de quem é pobre, pobre de quem é rico. Nasce-se pobre e nasce-se rico, mas o rico não é mais que o pobre e o pobre mais que o rico. Ambos são ricos pobres e pobres ricos. Ambos são uma ilusão de palhaço pobre e de palhaço rico, ambos são a solidão natural do cosmos, a constelação do palhaço humano em órbita, atraídos pela igualdade, corpos humanos que se atraem e repelem. »

Até sempre, Dinis ... alexandrino, marialva ... Dinis... Molero!

sexta-feira, 3 de outubro de 2008

MAX WEBER E O CASAMENTO PERFEITO

Casamento perfeito para os sistemas operativos da Microsoft, com o jovem Magalhães
Augura o sorriso de Sócrates, mestre do marketing, um grande futuro como um dos próximos CEO da Microsoft? É que quando a política "já foi", a economia "já é!"
«O poder da legitimidade coloca essencialmente a questão de se saber como é que o poder político reúne à sua volta o mínimo de consenso que lhe permite ser aceite sem um recurso sistemático e exclusivo à violência.»
E é por isso que há que repensar a classificação tripartida de Max Weber entre o poder tradicional, o legal e o carismático. Já nem é o poder tradicional consagrado pela tradição à pessoa ou pessoas que o detêm nos termos dessa tradição, nem o poder carismático assente nas qualidades reais ou imaginárias atribuídas a um chefe. Já nem falamos no poder legal, legitimado por mentiras mágicas! Hoje o único poder é o poder calculista, aliçercado na política mediatista de círculo do 1º CEO, marca Portugal, mestre da arte do "show buziness".

O Magalhães é apenas o enfeite-pretexto do poder calculista, a circum navegação para um mar ... mais perfeito!

O INSULTO DO GRANDE AMIGO DE BERNARD SHAW


Com a devida vénia para Bernard Shaw e não só, vinha agradecer a Pacheco Pereira a sua postura "simpática", altaneira e didática para com os seus blogocompatriotas, invejosos, insultuosos, presumidos ignorantes, que me permitiu chegar a algumas frases de Bernard Shaw entre elas a polémica:

«Arguing with ... is like wrestling with a pig in the mud: after a while you'll realize the pig is actually enjoying it!»

Mais três outras de Bernard Shaw que me põem a pensar se J.P.P. não é um Lusitano alter ego de B.Shaw.


«O homem razoável se adapta ao mundo; o irascível tenta adaptar o mundo a si próprio. Assim,o progresso depende do homem irascível.»

«O pior pecado contra nosso semelhante não é o de odiá-los, mas de ser indiferentes para com eles.»

«A minha especialidade é ter razão quando os outros não a têm.»


Muito esforço, trabalho e sofrimento deve ser o de incorporar a razão de Bernard Shaw. Decididamente, mesmo que se antipatize com o estilo, aprende-se com J.P.P.: livra-nos é de ser algum dia Ministro da Cultura!


INOVAÇÃO E QUALIDADE NO ENSINO SUPERIOR

Encontro Inovação e Qualidade no Ensino Superior A Comissão Sectorial para a Educação e Formação (CS/11) e o Instituto Português da Qualidade (IPQ) vão promover, com o patrocínio do Centro de Formação para a Qualidade (CEQUAL), o Encontro Inovação e Qualidade no Ensino Superior, a realizar no próximo dia 22 de Outubro, no Auditório da Universidade de Coimbra. A participação é gratuita, devendo a inscrição ser efectuada até ao dia 15 de Outubro. ...»

HAPPIE DAYS HAPPIE DAYS



UNIÃO MAIS A SUL A ... 28


Contra factos não há argumentos e a favor disto , do cinzentismo de Bruxelas e da falta do sentido "lúdico" da política Nacional e Europeia, só uma ... União a 28 ... uma alargada União a Sul ... uma união Euro-Brasileira!



Para ouvir e trautear aqui o Hino Nacional Brasileiro


Parte I Ouviram do Ipiranga as margens plácidas De um povo heróico o brado retumbante, E o sol da Liberdade, em raios fúlgidos, Brilhou no céu da Pátria nesse instante. Se o penhor dessa igualdade Conseguimos conquistar com braço forte, Em teu seio, ó Liberdade, Desafia o nosso peito a própria morte! Ó Pátria amada, Idolatrada, Salve! Salve! Brasil, um sonho intenso, um raio vívido De amor e de esperança a terra desce, Se em teu formoso céu, risonho e límpido, A imagem do Cruzeiro resplandece. Gigante pela própria natureza, És belo, és forte, impávido colosso, E o teu futuro espelha essa grandeza Terra adorada, Entre outras mil, És tu, Brasil, Ó Pátria amada! Dos filhos deste solo és mãe gentil, Pátria amada, Brasil! Parte II Deitado eternamente em berço esplêndido, Ao som do mar e à luz do céu profundo, Fulguras, ó Brasil, florão da América, Iluminado ao sol do Novo Mundo! Do que a terra mais garrida Teus risonhos, lindos campos têm mais flores; “Nossos bosques têm mais vida", “Nossa vida" no teu seio "mais amores". Ó Pátria amada, Idolatrada, Salve! Salve! Brasil, de amor eterno seja símbolo O lábaro que ostentas estrelado, E diga o verde-louro desta flâmula - Paz no futuro e glória no passado. Mas, se ergues da justiça à clava forte, Verás que um filho teu não foge à luta, Nem teme, quem te adora, a própria morte. Terra adorada Entre outras mil, És tu, Brasil, Ó Pátria amada! Dos filhos deste solo és mãe gentil, Pátria amada,Brasil


O Hino Nacional Brasileiro tem letra de Joaquim Osório Duque Estrada (1870 - 1927) e música de Francisco Manuel da Silva (1795 - 1865).


A REVOLTA DO SUB-MUNDO DOS 99(%)

«A Quadratura do Círculo», transmitida ontem, revelou a verdadeira face dos políticos e a sua caminhada solitária pelo graal, em contraponto aos outros ... o sub-mundo!

Confesso que tenho, ou tinha, alguma estima por J.P.P. Infelizmente a sua cultivada intelectualidade é inversamente proporcional ao desprezo pelo seu vizinho directo humano, o homu erectus, tão longe do supremo homu intelectus, e directamente proporcional ao seu culto de narciso.

De qualquer modo o eu, homu erectus, que adora também os outros animais, aproveita para lhe dizer que adorou o seu fabuloso álbum de fauna Africana. Só que apanhado pelo desprezo aos "desqualificados dos blogs", não sei se metaforicamente J.P.P. não me estaria a chamar, e aos meus outros 99% de irmãos, de ... animais irracionais!


VOU-LHE, ASSIM, FURIBUNDO, MANDAR JÁ UM MAIL A PERGUNTAR SE ESTOU CONDENADO À MESA DOS 99, OU SE POSSO ASPIRAR NO FUTURO A COMPARTILHAR COM O MESTRE, DOS PRAZERES DA INTELECTUALIDADE.

Recorrendo a Luís de Sá e à Ciência Política, relembro a teoria da circulação das elites de Pareto, que explica a história como a contínua substituição de um escol por outro. Sendo o carácter de uma sociedade, o cáracter do seu escol. Aí, caro J.P.P., tendo em atenção os últimos 20 ou 30 anos desta sociedade em concreto, quatro opções se lhe oferecem:

  • ou se enquadra nos 99% e foge do escol que tem, mais partido, menos partido, desgovernado Portugal nos últimos 20 anos (recolhendo-se ao aconchego da massa popular),
  • ou afasta a água do capote e se apoia na teoria da circulação das elites, assumindo-se como um elistista récem-chegado, espécie de cristão novo das elites, abjurando todo o seu passado,
  • ou parte e reparte o 1% por uma menor parte e afirma que afinal "havia" ... foram os outros!
  • ou assume, de vez, que esta é uma sociedade de cáracter!
Quanto aos «pequenos e médios intelectuais em busca da fama fácil», afinal e ao contrário de queixa recorrente, constata-se não nos faltarem tantos quadros intermédios. Há, assim, futuro para segundo Pareto, circular e substituir, no futuro, os 1% da continuada ... "cavalgada nacional"!*
*P.S. a palavra que me assomara primeiramente, era "cavalada" ou "cavalhada" mas evitei-a, porque nunca, por nunca, me envolveria numa luta com um "porco" ... mais a mais do "calibre" do Bernard Shaw.
(clica cont.:)

quinta-feira, 2 de outubro de 2008

JÁ QUEREM MATAR A BLOGOESFERA! JÁ QUEREM MATAR UM NOVO ESPAÇO DE LIBERDADE!

... o post ERC e blogoesfera, o estatuto (s)em debate, do "mas certamente que sim, do jornalista Paulo Querido", é indiciador que o caminho da liberdade é normalmente tomado por enigmáticos interesses, que repõem o homem democrático a vegetal libertário, mal as suas "liberdades" se atrevem a distender. JÁ QUEREM MATAR ... OU APROPRIAR-SE DA BLOGOESFERA! A intervenção pode também ser vista num quadro de criação dos empregos poderosos e estáveis, totalmente improdutivos, simbiose perfeita do poder que se alimenta do seu próprio poder e destrói SISTEMATICAMENTE a sociedade civil.
  • Para Paulo Querido, jornalista estimável, «o estatuto é inevitável! Queiram ou não os bloggers, ... a clarificação desse estatuto é inevitável e ... Vem com a responsabilidade crescente que os blogues, ou alguns deles (e notem, alguns deles! ... não lhes cheira a medo de usurpação, a corporação, a ocupação de espaços por extinção de outros espaços?...) pelo menos, ocupam na esfera comunicacional.»
  • E continua! «Por muito que eu, como anarquista que sou, ambicione viver numa sociedade sem necessidade de regulamentação que nos proteja uns dos outros e mantenha em funcionamento o sistema, tenho a noção clara do irrealismo presente de tal ideia. Aqui é a mesma coisa. O blogue é um amplificador da voz individual (da liberdade individual?) e na medida do seu novo alcance (protagonistas políticos?) a voz individual deixa de estar confinada a um espaço regulado pela lei geral.» Confinação de espaços ... Lei geral? Mas continua:
  • « Logo, não vejo como evitar que, na passagem para um nível superior de intervenção pública???», ... (mas estamos a falar da intervenção nos blogs dos jornalistas ou do cidadão comum? ... não são os jornalistas um novo poder ... ou é isso que os preocupa?) se não fique sujeito a um maior rigor quanto à forma ... (mas meu caro, Código civil, ... está lá tudo ... e até demais!). E mais algumas pérolas «...na ânsia de serem figuras interventivas, líderes de opinião e spinners merecedores de salário. Mas ao mesmo tempo parecem querer rejeitar os deveres de tais condições. Ora, não há estatutos grátis» ... leia-se não há almoços grátis! (nas mentes de algumas pessoas, "cosi" ainda há uma pequena janela de liberdade!).
  • «Mas há um estatuto por debater e o estabelecimento de normativos afigura-se inevitável.» ... a eterna pecha da sociedade Portuguesa, tudo tem de estar regulamentado, por que estando, a sociedade é muito ou pouco maleável, segundo a perspectiva abordada, e a liberdade é apenas ... sectariamente tolerada!
  • «A blogosfera não é toda igual???. Por muito que insistam os sargentos em busca de exércitos, a blogosfera não é toda igual???» Sargentos em busca de exércitos? ... aqui está a prova, a blogoesfera já foi tomada pela guerra surda, das hostes político-comunicacionais, dos donos ... das diferentes bolas em amena conspurquice.
  • «Há blogues e blogues. No mesmo ambiente rico de informação, alimentado pelo debate e tornado poderoso pelo hipertexto, coexistem diversos tipos de projectos de publicação, desde o mais despretencioso diário pessoal, quase íntimo no relacionamento com uma audiência directamente ligada ao autor, até à publicação de múltiplos autores com a ambição de assumir um papel de relevo no panorama mediático e tendo por alvo uma audiência concorrencial, em número, com a dos órgãos tradicionais.A uns dará jeito o actual sistema, controverso e complicado, que na teoria iguala uma voz anónima a um cidadão vulgar e a um profissional de comunicação. Mas este sistema não é auto-sustentável, para roubar a expressão à economia.» finalmente percebemos...esta guerra não é nossa... «Meter tudo isto no mesmo saco é péssimo.»
  • «Ninguém olha todos os blogues por igual — a começar pelos próprios bloggers, que preferem uns e desqualificam outros.»...????
  • «A finalizar: a tripla intervenção da ERC na blogosfera é um sinal do estatuto que a sociedade já atribui aos bloggers.»...será? Então e o espaço da sociedade civil? É uma farsa de encher bocas de sapos?
  • Como Portugal é o País da palatina propalada liberdade e o seu contrário! Significativo é, serem aqueles que sistematicamente a defendem a vestirem a pele dos primeiros carrascos e censores, sempre prontos a puxar dos seus "crayons blues" quando a realidade fica para si descolorida.
  • A finalizar ... reconstruam-se (como era bom o tempo em que eram quase todos ignorantes! ... meu rico amigo Rodrigo Pinto, estejas onde estejas!), deixem a blogoesfera ... sejam felizes com as vossas mulheres, ou libertem a vossa bilís para a música, o teatro, e todas as outras artes!

VIVER COM 400€

Para quem ontem viu a reportagem trabalhar e viver com 400 €, só lhe dá vontade de perguntar: acham o 1º e os ministros que se pode viver, assim, em Portugal, e quando começam eles verdadeiramente a legislar para o país real.

É que governar com a cabeça nos seus rendimentos e dos pouco outros... é fácil!


Santa hipocrisia a afirmação de Sócrates,
que só maior qualificação trará um desafogar da vida!
Em Portugal, não,
só se for com a nota de 250.000 dólares
do ... democrático Zimbabwe!

VALE E AZEVEDO, THE SUPREME EMIGRANT, KING OF OXFORD STREET


... pode não ter a forma física de Sócrates, pode não ter a humildade de Queiróz, ou o encanto teenager ai-Jesus de Cristiano, pode não ter o charme de "Joses" Mourinho, mas tem ... a majestade de quem passeia a sua classe pelas cátedras de Oxford, Cambridge, pelo dinamismo da City e pelos campos de Ascott ... «A Arte de se insinuar em toda a sala», ou «a Arte de morar sem se comprometer», serão com certeza dois títulos reinventados por Vale, muito apreciados no Continente ...Imperador, artista ou visionário? ... ou apenas Sir Vale e Azevedo ... for the benefict of her Majesty ... the Keen?

- Child, look forward, don´t look for that ...vALE man!



O QUE ESTÁ POR DETRÁS DA EXTRAORDINÁRIA DISSEMINAÇÃO DO POVO CHINÊS PELO MUNDO

A propósito da relação Sino-Nipónica e da diminuição do investimento Nipónico na China, dado o crescente movimento contra a assistência oficial ao desenvolvimento. Três razões são apontadas para essa diminuição: a subsidiação através da assistência económica Japonesa à construção do aparelho militar massivo Chinês. Segundo, a assistência que a própria China dá a outros povos e continentes, nomeadamente em África. Terceiro a má apreciação da assistência Japonesa por parte da própria China. Taiwan e o resurgimento do potencial militar Japonês são outro ponto de eventual desconfiança.

Mas serve esta introdução para uma reflexão atenta e séria sobre um surpreendente acontecimento em marcha pelo mundo, a extraordinária disseminação do povo Chinês pelas quatro partidas do globo, de que Portugal é apenas um exemplo na Europa ou África.

A pergunta é: quem financia o investimento à cabeça, elevado, comercial massiço, de milhares de famílias emigrantes Chinesas? É tudo produto de auto financiamento? Promove o Estado Chinês este objectivo? Procura-se espaço vital? É uma estratégia comercial de expansão do aparelho produtivo, de que os brutais excedentes anuais da balança comercial, são uma amostra? E o que fazem os nossos representantes na Comunidade? Tomam medidas paritárias no domínio da concorrência? Ou a autoridade da concorrência só se preocupa com eventuais fusões perpretadas por empresas comunitárias?

Estas e outras questões num mundo global, deviam ser mais conhecidas pela opiniões públicas dos povos da União Europeia! Ou, não?

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

SOBRE O ACORDO ORTOGRÁFICO

Ao contrário do que a conspiração dos "vaidosos e pedantes da vida" quer fazer querer, o acordo ortográfico não é bemquisto por uma parte da "intelligentsia" Brasileira.

E não é bem visto porque é uma espécie de rolo compressor, não só da diversidade da língua Portuguesa, riqueza maior desta língua, como também porque vai ser imperialmente ignorada pela grande maioria da população não só Portuguesa, mas desconfio que da Brasileira e da dos Palop. A razão comummente dada para a uniformidade da língua, seria a "terrível dispersão" de duas grafias o Português de Portugal e o Português Brasileiro, que colocaria a língua Portuguesa no limbo da desacreditação e da chalaça.

Deixemos, então, falar o "do Contra", cujas razões entroncam profundamente nas nossas razões, fazendo-nos crer que o problema das duas grafias só se coloca na ordem do dia pela ineficácia da luta pela literacia e contra o analfabetismo funcional. Não consta que um Brasileiro letrado tenha dificuldade em perceber um Português ralé, quanto mais o português Kimbundo que exala das Sanzalas da Luanda profunda.

Mas o problema vai mais além. De acordo com as mudanças introduzidas, a diversidade, riqueza principal da língua portuguesa, sairá terrivelmente prejudicada em favor de uma decisão governamental.


A ordem do dia por trás da reforma é "unificar" o português escrito no Brasil, em Portugal, na África e na Ásia, retirando-se, por exemplo, os acentos agudos em palavras como "jóia" e "idéia", além de aposentar o trema, o que transforma a grafia de palavras como "tranqüilo" semelhante a do espanhol. E isso tudo de uma penada, como quis fazer aquele deputado comunista que queria banir, por decreto, expressões estrangeiras da língua falada e escrita no Brasil (deveria começar pelo nome de seu partido, "comunista" - um evidente galicismo).

Em vez de separados pela mesma língua, como disse certa vez George Bernard Shaw ao referir-se ao inglês falado nos dois lados do Atlântico, estaremos, a partir de agora, unidos compulsoriamente pela vontade de nossos governantes.


Que Lula tenha sido o firmante de semelhante aborto é algo bastante simbólico. O acordo ortográfico assinado ontem pelo Apedeuta, desconfio, seria rechaçado por Machado de Assis. Assim como a trajetória do ex-metalúrgico. Provavelmente, em vez de propor a Lula apor sua assinatura trêmula no texto do acordo, o velho Machado lhe recomendaria ler um livro. De preferência, de Gramática. Ou um tratado sobre Ética.»

GRADUADOS ABANDONAM PORTUGAL


De França a Angola, de Espanha à Suíça, da Inglaterra à Irlanda, uma nova vaga de emigração, emigração agora graduada e qualificada, testemunha a ingratidão da mãe terra para com os seus naturais, ao mesmo tempo que outras vagas de emigrantes de ex-Palops e emigrantes de Leste, agora em menor número, a maioria indiferenciados, assolam o País de Norte a Sul.

Estranho destino para um País com uma baixa taxa de crescimento natural , a necessitar de verdadeiras políticas demográficas activas, a roçar o nulo. Tema dos menos debatidos na sociedade Portuguesa a demografia coloca-nos a todos, como comunidade, as maiores interrogações sobre o futuro.

Testemunho dessa emigração, «Graduados abandonam Portugal», «João Raminhos, Enfermeiro. Moutier, Suíça. O seu testemunho é a imagem de um País a desperdiçar e a esbanjar recursos, voltando mais uma vez as costas, aos seus melhores:

Durante toda a minha vida jamais pensei ser emigrante, muito menos nestes últimos 4 anos em que tirei o curso e que em que já me via a trabalhar num hospital perto de casa! Contudo, com o curso concluído e com a situação vergonhosa da Enfermagem em Portugal, as minhas esperanças de encontrar um posto de trabalho, saíam semana após semana frustradas. Um dia e em jeito de brincadeira, um colega de curso questionou-me o porquê de não irmos trabalhar para a Suíça. Essa possibilidade ficou a pairar sobre as nossas cabeças, e uns tempos mais tarde numa mistura de férias e de ter uma ideia de como as coisas são, viemos até cá.

Uma vez cá, e através de conhecimentos de enfermeiros portugueses que já cá estão há mais tempo, fomos até uma agência de emprego. O curioso disto é que nem eu nem esse meu colega falávamos francês (já que estou na parte francesa), pelo que utilizamos o inglês para entregarmos os nossos currículos e explicarmos o nosso interesse em para cá vir. Da parte da agência disseram-nos para voltarmos para Portugal e aprendermos francês, que da parte deles iam-nos arranjar emprego.

Passado um mês, e depois de termos frequentado umas aulas de francês e de relembrarmos tudo aquilo que damos na escola, a dita agência contactou-nos a informar que tinha encontrado lugares para trabalhar, num hospital numa cidade que nem sabia onde ficava!As malas foram feitas, os bilhetes comprados, as despedidas feitas e lá estávamos nós a partir rumo ao desconhecido. Coincidência ou não, poucos dias antes de vir embora foi-me oferecido um lugar no serviço e no hospital que queria, mas que recusei…Os primeiros dias, foram um bocado a apanhar do ar: falavam muito rápido, não se conhecia ninguém, rotinas diferentes, tempo frio, e todo um outro mundo a descobrir… Mas foi rápido a apanhar o ritmo, e a integração foi boa. Nunca me senti alvo de discriminação ou intolerância, antes pelo contrário sempre me ajudaram. Estou cá quase há um ano, e estou bem.

Tenho um contrato de trabalho a termo indeterminado (algo quase impensável em Portugal); apesar de ter mais de horas semanais (42 horas) trabalho menos; o salário é 2,5 vezes maior; a cidade onde moro é tranquila e com boas conexões aos principais centro urbanos suíços; conheço gente de muitos outros países e outras culturas; farto-me de passear e de descobrir sítios novos.

Entretanto e por razões pessoais, o colega que veio comigo regressou a Portugal. Mas, como a falta de pessoal qualificado a nível de saúde é elevado, outros colegas para cá vieram e aos poucos a comunidade portuguesa vai aumentando no hospital onde trabalho. Parece anedótico, mas muitos mais podem para cá vir, ninguém se mostra é interessado! Saudades de casa a bem dizer não sinto! Hoje em dia já ninguém espera pelo carteiro para saber notícias de família e amigos. E de avião são apenas 2.30h até Lisboa. Vir para cá foi a melhor coisa que podia ter feito!»

PARAÍSOS POUCO DEMOCRÁTICOS

Eu gosto muito de ver e ouvir Vicente Jorge Silva. Porque é simpático, não leva a vida política muito a sério, enfim ... porque V.J.S., é ele mesmo!

Tudo a propósito da sua visita de ontem ao 5 canal em frente a frente, o canal de Mário Crespo e Ana Lourenço, e a sua propalada nostalgia pelo Porto Santo de antanho, frequentado até este ano por meia dúzia de pássaros de arribação, gaivotas colonos "cubanos sazonais"; ... «Que é o último ano, que é só construção, que é o fim do "seu" paraíso.»

Pois é, tudo o que é "massificação", abertura ao outro, fim de privilégio dói, mesmo aos mais ilustres socialistas jornalistas das nossas estações. Ser centrista, social-democrata, socialista, bloco-esquerdista, ou comunista ... tudo isso e elitista em Portugal ... não é fácil!

É por isso que gosto tanto da coerência de ... Odete Santos, a genuína!

DIC.WEB DA CORRUPÇÃO


Com o intuito de sistematizar tudo o que há sobre corrupção, definições, técnicas e tudo o mais que se verá, neste estranho jogo da usurpação da coisa pública, iniciaremos um dicionário da corrupção acrescentando entradas, sempre que tal se nos for apresentando. A corrupção, isenta de rótulo de esquerda ou direita, acaba no entanto de ser tema fracturante entre os da esquerda que defendem a apropriação generalizada pelo Estado da coisa pública e alguma direita, que pensa que a coisa pública não pode estar nas mãos do Estado, por a coisa pública ser terreno fértil da ... corrupção!

1) promiscuidade político - jornalística: quando os jornalistas e os políticos criam redes de interesses, seja por motivos de puro altruísmo político-ideológico, seja por fazerem parte de redes, em nome individual ou colectivo, com fins lucrativos mais conhecidas por "benesses". A percepção de quem "promíscuiu" primeiro quem, é irrelevante, e possuidora da propriedade comutativa da "adição".
2) definição de corrupção: quando se serve dois senhores em simultâneo, troca os valores por benesses e entra em negociatas de qualquer espécie.
3) eficiência e honestidade: qualidade rara no jornalismo e política; há, no entanto, ainda alguns exemplares.
4) lealdade a príncipios e valores: outra qualidade rara no jornalismo e política; há, no entanto, referenciados alguns exemplares.
5) dedicação, empenho e coragem: ainda mais outra qualidade rara no jornalismo e política; há, no entanto referenciados mais alguns exemplares.
6) honestidade, isenção e frontalidade: ver entradas anteriores.
7) modo primário de assassinato de carácter: perpretados normalmente através de ataques insidiosos.
8) vida de negociatas turvas, trocas de favores e abusos de poder: dia a dia da vida dos corruptos.
9) quem aproveitam estas mistificações: a todos os igualmente corruptos já que é uma relação biunívoca, "toma lá, dá cá" .
10) erário público dos portugueses: normalmente fruto e objecto do processo corruptivo.
11) fuga estratégica dos corruptos: técnica da reversão do espelho, exemplo clássico «já o burlão Alves dos Reis, quando se começou a sentir apertado, desatou a acusar a administração do Banco de Portugal».
12) pessoas de bem: minoria em vias de extinção; salvam-se normalmente os poetas com excepção dos que "sorvem do aroma da vida política": profusos exemplos na vida nacional, normalmente os mais aguerridos e trauliteiros.
13) a verdade vem sempre à tona: infelizmente perde-se normalmente na sofreguidão das notícias; nem sempre é assim.
14) desistência da carreira política: efeito de técnica muito utilizada nos últimos anos e que visa a própria logo à partida, de boa e fraca gente, por temerem os golpes baixos, as acusações sem fundamento e/ou a devassa da sua vida particular.
15) território de mediocridade crescente: território político nacional, muito propício a continuar a alastrar-se a outras áreas do mesmo.
16) lamaçal: onde se encontram os sujeitos e predicados deste habitat natural.
17) ditadura da mediocridade: estado actual da «bovinidade nacional, segundo definição de um nacional bloger de mérito».
18) máfias transversais ao espectro partidário: outra definição dos grupos em acção, com utilização terminológica das Calabresas, Sicilianas, Napolitanas, ou Lisboetas, especializados no assalto aos cofre-fracos das riqueza nacionais.
19) séculos de corrupção e mediocridade: estado habitual e de continuidade da "nação Política Portuguesa".

* este dicionário pertence à editora causavossa e deve-se manter ao abrigo de qualquer juventude partidária (secção dos 5 aos 12 anos) ou estagiário de comunicação social, por conter definições eventualmente chocantes para os eticamente ingénuos, pelas suas capacidades intoxicantes.

AINDA SOBRE O CASO DAS CASAS DA CÂMARA


Preto no branco o artigo de Inês Pedrosa, que transcrevo, sobre o caso "das casas da Câmara" e o ataque particular a uma vereadora, Ana Sara Brito. Sem conhecer a senhora e sem poder fazer juízos de valor, e não é isso que se pretende no silêncio da conspiração e dos corredores?, a sublinhado, interrogações do "quo vadis Portugal!". Fica, no entanto, no ar o porquê do artigo de Inês Pedrosa e a promiscuidade entre jornalismo e política.

«Sem honra nem vergonha. Como sobreviverão os políticos honrados aos ataques insidiosos dos corruptos?A tentativa de assassinato de carácter de que foi alvo Ana Sara Brito é um exemplo-limite do lamaçal em que se tem vindo a tornar a política portuguesa. A actual vereadora da Acção Social e Habitação da Câmara Municipal de Lisboa é uma mulher a quem tanto os amigos como os adversários políticos reconhecem, desde sempre – e este sempre é longo, porque Ana Sara tem prestado serviço à população de Lisboa desde o tempo em que era presidente Nuno Krus Abecassis – duas qualidades absolutas: eficiência e honestidade. A reunião dessas duas qualidades criou-lhe, aliás, inimizades mais ou menos surdas, dentro do seu próprio partido: leal aos seus princípios e valores, Ana Sara nunca temeu ir contra as vozes dominantes, e contrapor o seu pensamento ao dos chefes, dentro do Partido que elegeu como seu (e que nunca abandonou). Assim, por exemplo, ergueu a sua voz contra o então Primeiro-Ministro António Guterres, quando este impôs um referendo, depois da lei da interrupção da gravidez ter sido aprovada na Assembleia da República. Nas últimas presidenciais, apoiou a candidatura de Manuel Alegre, cujo sucesso, é justo que se recorde, muito ficou a dever ao seu trabalho, foi ela a coordenadora nacional da campanha. Nunca trocou os seus valores por benesses, nunca serviu a dois senhores em simultâneo, e nunca entrou em negociatas de espécie alguma, antes as denunciou e denuncia, em sede própria. O cargo que hoje ocupa na CML advém do reconhecimento (tardio, digo eu) dos seus múltiplos talentos e virtudes, às quais não posso deixar de acrescentar a da isenção, por parte dos líderes do seu partido. Assumiu este cargo numa época difícil, e com sacrifício pessoal, quando podia estar tranquilamente a gozar a sua reforma, depois de quarenta e seis anos de trabalho, não só a favor da cidade (como autarca), como a favor da população portuguesa (exerceu durante anos a profissão de enfermeira, na área da saúde mental, e trabalhou com Maria de Belém no Ministério da Saúde). Não tinha falta de ocupação, já que faz parte de várias associações de defesa de direitos cívicos, e não assume compromissos de boca. Num país onde pululam os apoiantes teóricos de causas – aqueles que dizem: «faz, que eu assino» – Ana Sara sobressai pela dedicação, pelo empenhamento e pela coragem. Mas, em Portugal, a honestidade, a isenção e a frontalidade pagam-se caro. Porque incomodam muita gente. Incomodam aqueles que estão habituados a uma vida de negociatas turvas, trocas de favores e abusos de poder. É natural que os incomode, porque Ana Sara não só não colabora com esses esquemas, como não lhes fecha os olhos. Ao assumir funções, entregou à Polícia Judiciária todos os documentos controversos que encontrou.Como António Costa explicou na conferência de imprensa que realizou, ao lado de Ana Sara Brito, na passada segunda-feira, a Polícia Judiciária tem estado a trabalhar nas instalações da CML, para escrutinar tudo, com total apoio dos serviços camarários. Assim, no preciso momento em que os processos menos claros das anteriores gestões camarárias começam a ser levantados pela Justiça, e os nomes dos arguidos, reais ou potenciais, começam a saltar para os jornais, surge uma campanha de ataque, nebulosa e nevoenta, misturando alhos com bugalhos e envolvendo várias figuras da actual gestão municipal – entre as quais Ana Sara Brito, acusada de, há vinte e um anos, ter abarbatado para si uma casa da Câmara. A acusação, como ela mesma explicou, na passada segunda-feira, é falsa. O aparecimento desta campanha contra a Vereadora da Habitação coincide também com o anúncio, feito por ela, de um plano de realojamento com novas regras – justas e estritas, sem qualquer margem discricionária. São coincidências a mais.Quem manipulou alguma comunicação social contra Ana Sara Brito? A quem aproveitam estas mistificações? Aos que têm contas a prestar ao erário público dos portugueses. A técnica é antiga: já o burlão Alves dos Reis, quando se começou a sentir apertado, desatou a acusar a administração do Banco de Portugal. Dir-se-á que a verdade vem sempre à tona – mas todos sabemos que nem sempre é assim. Alguma vez saberemos a verdade sobre as décadas e décadas de abusos sobre menores na Casa Pia?Para mal dos que gostariam de ver em Lisboa uma Vereadora maleável, fraca, corruptível, Ana Sara não cede nem desanima. Mas quantas pessoas de bem não desistem, logo à partida, da política, por temerem os golpes baixos, as acusações sem fundamento ou a devassa da sua vida particular? Vamos repetindo, com desalento, que a política se tem vindo a tornar um território de mediocridade crescente. Se continuarmos a deixar que os medíocres procurem arrastar para a lama que é o seu habitat natural o nome e a imagem das pessoas honradas como Ana Sara Brito, acabaremos por ficar nas mãos da ditadura da mediocridade. Os medíocres formam máfias transversais ao espectro partidário, organizam-se para assaltar a riqueza nacional (ou o que dela resta, depois de séculos de corrupção e mediocridade). Mas não podem vencer os que trabalham honradamente a favor da coisa pública sob pena de perdermos, em definitivo, a honra e a liberdade. Inês Pedrosa »

CENSURADO, ARRASTADO OU SOMENTE ... TRANSVIADO?


Se há coisa que adoro ser é ... censurado! Censurado não por arremessar janela fora um gato, agredir um cão, ou rasteirar um cego, mas por ser um independente ... não alinhado!


Já seria assim no anterior regime se lá tivesse vivido, já seria assim no alucinado período Gonçalvista, se lá estivesse crescido, já era assim com o P.D. se lá me tivesse mantido, já parece vir a ser assim com o Arrastão ... esse blog de liberdade de esquerda ... não contrariada?

terça-feira, 30 de setembro de 2008

SEM COMENTÁRIOS


«A Polícia Judiciária (PJ) de Lisboa deteve um indivíduo do sexo masculino, com 31 anos de idade, que assaltou as suas instalações no passado dia 27 de Setembro.»

ALERTA DOS PRECÁRIOS INFLEXÍVEIS

No seu manual para a implementação do CENSOS 2011, o Instituto Nacional de Estatística (INE) prevê que:

"Os indivíduos que recebam através dos chamados "recibos verdes" serão classificados na modalidade "Trabalhador por conta de outrem" desde que se verifiquem as seguintes condições: local de trabalho fixo dentro de uma organização, subordinação hierárquica efectiva e horário de trabalho definido. Caso estas condições não se verifiquem serão incluídos na modalidade "Trabalhador por conta própria." (página 110 do Manual, enviado em anexo).

Tendo em conta que, em Portugal, existem cerca de um milhão de trabalhadores/as a recibos verdes, a esmagadora maioria dos quais sendo 'falsos' trabalhadores independentes, o FERVE considera que a designação proposta pelo INE irá mascarar os números e claramente ludibriar a realidade.

Assim, caso discordem desta designação do INE, solicitamos que, por favor, enviem o texto-modelo apresentado de seguida para o seguinte mail:

http://webmail.iol.pt/horde/dimp/message.phpfolder=INBOX&thismailbox=INBOX&uid=1925#

POEMA A DUAS MÃOS




De Pinho já se dizia,
é lindo este muar,
carrega no alforje o linho
é leve no seu longo reinar.


Quando chegar ao destino
o Pinho, e o Nunes larvar,
descarregam todo o tino
defecando neste lindo pomar.

Arre, arre, meu asninho,
que está-se o tempo a acabar,
o teu arruinado caminho
vou ter de ser eu a tapar.

QUANDO ELE ERA ELA

Tenho para com os precários inflexíveis uma dívida de gratidão, pela partilha da nobreza da causa, na razão inversa da repulsa pelos decisores sem alma, usurpadores de legitimações, por esse grande ministro que dá pelo nome de Vieira da Silva. É esta gente que torna a política um lugar mal frequentado e insuportável ao cidadão comum.

Com a devida vénia transcrevemos um testemunho postado no sítio dos precários. Para que nunca esmoreçam as boas consciências e amoleçam as outras!
«Partilhamos mais este testemunho, enviado ao PI com a intenção de ser publicado neste blog. É importante juntar estras histórias, para desmascarar o país-faz-de-conta e para, como diz a Ilídia, "quebrar o silêncio". Continuamos a apelar ao envio de testemunhos (publicar ou não, assinando ou de forma anónima, é sempre uma decisão de quem envia).


"Sou uma vítima dos contratos administrativos de provimento. Após 17 anos de trabalho para a mesma instituição, Laboratório Nacional de Engenharia Civil, assisti, no passado dia 19 de Setembro, à cessação do meu contrato de trabalho. Não fui despedida. O contrato acabou. Uma situação precária, que durou 17 anos, entre bolsas e contratos.

Ao abrigo da Lei 11 de 20 de Fevereiro deste ano, tenho direito a subsídio de desemprego, durante cerca de dois anos, pago pela instituição. Sinto-me uma espécie de criminosa, obrigada a apresentações periódicas para obter o tal subsídio. É caso para dizer “estudar compensa”.

Há muita gente que saberia muito bem o que fazer no meu lugar, insinuam que com as minhas habilitações eu deveria ter sabido contornar a situação. São opiniões, apenas isso, espero que nunca passem por uma experiência tão humilhante. Também já conheci pessoas solidárias, algumas porque encobrem histórias semelhantes à minha que se envergonham de contar.

Quero contar a minha história para evitar que haja mais vítimas. Quero partilhar o meu depoimento para quebrar o silêncio."

Ilídia Pinheiro, Licenciada em Física Tecnológica (1991) e Mestre em Probabilidades e Estatística (2002) »


RECEITA DE ARROZ DE POLVO MALANDRINHO OU COMPROMETIDOS II

Muito fácil de fazer, económica
segundo a perspectiva.
Muito apreciada
em algumas regiões
e muitos munícipios Portugueses.


Junta-se clientelas à míngua , de preferência das indignadas, inchadas e coradas, em banho Maria. Revolvem-se todas e dá-se-lhes um cheirinho de mostarda. Quando bem passadas e alouradas, deixa-se a marinar e adoça-se com enormes pitadas de especiarias preciosas e ... voilá ... está pronto a servir.

Acompanhada de um bom vinho branco regional e as indefectíveis prendinhas regionais, melhora intensamente o paladar dos supremos apreciadores.

ORA TOMA LÁ QUE É DEMOCRÁTICO, OU OS COMPROMETIDOS DESTE GRANDE REGIME I

Que vivíamos num meio onde perguntar o óbvio levava à consequência pouco óbvia de um silêncio estranho ou de um tímido anuir de cabeça, estilo o que é que eu tenho a ver com isso, já nós sabíamos.

Que a multiplicação por dez, por cem, por mil deste estranho comportamento nos levava quase a pensar que estávamos perante uma nação de estranhos costumes, um povo coro que brama mas cora, também já perceberamos.

Agora frase do "millenium" (nada se parecendo com o ocorrido no millenium BCP!) a de Pedro Feist, tipo vale tudo que é democrático (não esquecer que a educação e os valores de muitos ainda jovens, na incomensurável latosa, passava pela ingénua brincadeirinha "vale tudo menos tirar olhos!" . Candidata a frase do mês pela honestidade nos termos:

«Pedro Feist diz que o poder discricionário do vereador da habitação ”é uma realidade histórica”.»


Venha de lá o Presto, o tal do limpa mais limpo, para limpar (de vez!) os glutões!

segunda-feira, 29 de setembro de 2008

FRASES SOLTAS

Com a devida vénia, transcrição do pensamento da Elisabete, uma jovem jornalista, breves palavras sobre o jornalismo ...,
«para perceber o jornalismo actual
que sugere que os jornalistas pensem o seu papel:
1 - Eu ainda não sei qual é a minha causa no que diz respeito ao conflito do Médio Oriente. Pelo simples facto que
«o tempo não me chega para ler e pesquisar tudo quanto devia para formar uma opinião fundamentada
crítica e daí chegar à causa. E o
«mais grave é que meia dúzia de vezes já tive que escrever notícias sobre o assunto
Pior ainda é que não é um problema exclusivamente meu: quem passa o dia todo a fazer agenda e trabalhos em diversas frentes (a tal polivalência temática de que fala o professor Manuel Pinto) e depois ainda tem que escrever uma página a resumir o que de mais importante se passou na Cisjordânia não pode fazer mais... e a mais não será obrigado.
«As redacções têm cada vez menos gente, cada vez pior paga e sem oportunidade para parar pensar naquilo que está a fazer.»
Um dos maiores problemas do jornalismo é a rapidez a que os seus profissionais são obrigados a produzir.
«A reflexão não é uma prioridade do jornalismo»
e devia ser - esta é a minha causa. 2 - Também gostava muito de ver
«os jornalistas a pensarem naquilo que fazem,»
a debaterem o produto do seu trabalho e as consequências que tem. Gostava de ver criada uma associação de jornalistas que começasse a resolver problemas essenciais como o acesso à profissão. O problema é que
«os jornalistas são cada vez menos autónomos»
e o romantismo do ofício passou a mito.
«Hoje em dia, somos todos assalariados, sujeitos a grandes pressões de tempo, presos em filosofias editoriais viradas para a concorrência desenfreada»
e sem condições de dizer "vou sair daqui e fazer jornalismo como realmente quero" (dou um doce a quem puder dizer isto!). Apesar de tudo, tenho esperança na retoma...
E isto ainda foi no tempo dos assalariados. Hoje são jornalistas ... precários!

ARISTOCRACIA DE ESQUERDA

Estou deveras preocupado. Uma nova aliança de seu nome Santa (embora invocada, nem sempre, mas quase sempre, em vão, em nome de outros senhores!), desenvolve-se aqui *a um ritmo sem igual. Mas será ela o prenúncio de uma nova revolução mundial?

Bolas, Chávez, que não "arrastaste"** o teu tempo pelas noites de Lisboa!

* lugar de inúmeras reuniões "conspirativas"
** conjugação blogiana de "arrastão"; sin.=perdestes!



A TÊMPERA DOS NOVOS NUNES

A propósito de um artigo do Activismo de Sofá,

«estará tudo bem com o sr. Bastonário?»

sobre a coerência do nosso Bastonário Nunes, e este recente fadário com os Nunes de b.b., bigode ou barba! (vide o Nunes da ASAE), pelo menos desde Álvares Pereira (será para esconderem o rosado esgar de vergonha das suas nacionais malfeitorias?).

Extraí do livro das linhagens, "cavalagens" e outras Lusitanas malfeitorias desde os tempos arcaicos medievais, a seguinte passagem:

«Assim, Nunes que teve um dor durante o fim de semana, olhou ao seu redor e perguntou-se: e, agora, como é que me vou tratar! Ao longe milhares de jovens estudantes expatriados, da Dominicana à Checa, da Galiza a Londres, soltaram uma estridente e irónica risada.»

«Bem feito, para ti e para os teus ancestrais, pela ganância de a todos quererem tratar, e ... por nos exilarem! Por nós, não recebes a ordem de Cristo!».

A RAPINA INTERNA E MUNDIAL

«If we are attacked, we will defend ourselves until the last one of us dies, Sugule Ali Spokesman for the pirates »

«It is likely that piracy will continue to be a problem off the coast of Somalia as long as the violence and chaos continues on land

Quando se olha para a pirataria actual nos mares, sejam os turbulentos mares salgados, sejam os turbulentos "mares financeiros", só nos ocorre perguntar: qual delas será mais legítima, a rapina em tom de aventura, ou a que se desenvolve com a corrupção, seja rapina de coisa pública, seja a rapina dos mercados financeiros internos ou mundiais ... ou é uma questão de visibilidade?

Que Assembleia Geral das Nações Unidas, ou Assembleia Nacional, pára este Estado de coisas?

domingo, 28 de setembro de 2008

OS QUATRO MAGNÍFICOS DO EIXO DO MAL

Que o jornalista não é um ser amorfo relativamente à realidade que tem diante dos olhos, nós já sabemos! Que o jornalista tem, assim, o direito de focalizar a notícia pelos seus olhos, também já sabemos! Agora que o jornalista seja um incendiário de causas, à socapa, escondido nos mais recônditos cantinhos, parece-me assaz mal.

E tanto pior, quanto hoje os novos, ou os velhos e reciclados leitores, "catequizados" por catadupas de cargas ideológicas e alforjes de pesos, "de 30 anos de consecutivas crises", nos ombros, sentem o incêndio a ser ateado à distância, e a carga ideológica a lhes queimar as "pestanas do nariz"!
É por isso que hoje o "eixo do mal" não está nos jornalistas de partidos, que se assumem, mas na previsibilidade de opinião, que se pretende de isenção, da opinião deste «PROVEDOR NÃO É UM JUIZ DA OPINIÃO», de seu nome de nascença, Mário Bettencourt Resendes.

HOMENAGEM A UMA MULHER DE CORAGEM E LIBERDADE

Ingrid Bettencourt