sábado, 30 de janeiro de 2010

ANTÓNIO SERRANO, O BOM MINISTRO

CONSTÂNCIO E A PAIXÃO PELO DINHEIRO OU A ILUSÃO DO ESTADO POLICIAL SOCIALISTA

«Defendo um direito de protecção às testemunhas colaborantes e aos que denunciam desde a origem a existência de ilícitos financeiros e penso que neste casos exige até uma compensação financeira, caso a denúncia resulte em benefícios financeiros para o Estado», disse Vítor Constâncio.»

MENSAGEM DE VITAL MOREIRA. A ESTRANHA FORMA DE TOMAR A PARTE PELO TODO!

«Claramente estamos a viver acima das nossas possibilidades...»

Claramente estamos, não! Estais!

SÓCRATES E ADÃO E EVA NO MUNDO PERFEITO

Depois de mais uma reunião do Conselho Europeu alguns Ministros, para "aliviar" a tensão, resolvem passar pelo Louvre e, alguns deles, param meditativos perante a excelente pintura de Adão e Eva no Paraíso.
Desabafa Angela Merkel :
- Olhem! Que perfeição de corpos. Ela esbelta e esguia, ele com este corpo atlético, os músculos perfilados... são necessariamente estereótipos alemães!
Imediatamente Sarkozy reagiu:
- Não acredito. É evidente o erotismo que se desprende de ambas as figuras... ela tão feminina como Bruna, ele tão masculino e adunco como Nicolas... sabem que em breve chegará a tentação... só poderiam ser franceses!
Movendo negativamente a cabeça, Gordon Brown arrisca :
- Of course not! Notem... a serenidade dos rostos, a altivez da pose, a sobriedade do gesto. Só podem ser ingleses!
Mais alguns segundos depois de contemplação, exclama Sócrates :
- Porreiro... mas não concordo! Reparem bem: não têm roupa, não têm sapatos, não têm casa, só têm uma simples maçã para comer... não protestam e ainda pensam que estão no Paraíso. Não tenham a menor dúvida, são Portugueses!

SERRASQUEIRO, EM NOME DE UM FALSO CONSUMIDOR, MAIS UM CARRASCO DO POVO

Já há muito se tinha percebido que Serrasqueiro não primava pela inteligência. Enquanto o ministro das finanças se apercebe da necessidade de criar empregos para manter uma classe política parasitária, Serrasqueiro com maus alíbis e argumentos, destrói mais um sector, não querendo no seu enorme humanismo, de falso socialista, saber do pão de cada dia dos homens.
Já há muito se tinha percebido que este governo de elementos anti-patriotas, recheado de ignorantes, incompetentes, falsos socialistas, não merecedor de  confiança, cobardes com os fortes e valente com os fracos, é um governo anti-nacional. Salvam-se uma pequena mão cheia, técnicos competentes não pertencentes ao núcleo duro do nosso descontentamento.
Um socialista é pela sua essência um humanista! 
Já há muito se tinha percebido que quando este governo cair de podre, será necessário uma política patriota de salvação nacional... e revisitar todas as contas gerais do Estado e os off-shores para confirmar o que muitos desconfiam e quase todos dizem à porta fechada.
É fácil enchermo-nos de argumentos de falsos moralismos e falsas defesas do consumidor. Mas é necessário saber-se que há um ponto de equilíbrio entre a defesa do consumidor, a realidade e o possível. Criar sistematicamente a todas as actividades profissionais dificuldades constantes fora do razoável e fora da realidade, enquanto se apela à confiança dos agentes económicos, é idiota e criminoso.
E é essa imagem, pela acção de um voluntarismo e de um centralismo "dificultista", que este governo tem dado ao povo. 
A seguir à criação de mais uns milhares de desempregados, o Governo prepara-se através do Instituto do Desporto e a pedido da corporação dos licenciados em educação física, para criar mais um anti-simplex: uma carteira profissional passada por 50€  com validade de 5 anos, mais uma quantidade enorme de exigências, que vão atirar para a miséria e para o desemprego sem rede mais uns milhares de excelentes profissionais habilitados, pelas Federações, para a orientação de actividades desportivas. Profissionais que podem trabalhar na restante Europa incivilizada, mas não no Portugal moderno, arrojado e prá-frentex dos desempregados. A formação anteriormente dada e paga às federações será rasgada, agora substituída por mais um controle centralizado e um direito de exercício de profissão sem ter em conta, passado, direitos adquiridos acrescido de mais custos e burocracia para todos... a troco de uma falsa defesa do consumidor e a troco de uma falsa modernidade.Confunde-se discurso de flexibilidade e simplicidade com realidade?
Chegará por analogia o dia em que teremos de exigir para funções governamentais  de todos os cargos de chefia, já não apenas licenciaturas mas doutoramentos em gestão, para deputados ao parlamento Europeu, já não licenciaturas mas doutoramentos em Estudos Europeus... assim vai o país dos burros e mal intencionados, que não conhece diversidade, transversalidade e transdiciplinariedade, apenas o regresso a impedimentos de exercícios de actividade, sem respeito pela sustentação de vida das pessoas, e corporativismos!   
Assim, e porque é preciso dar uma nova esperança aos Portugueses, é preciso parar este governo antes que pare Portugal! Enquanto isso não acontecer Portugal afundar-se-à em mais má legislação, mais contradições e num inferno de descontentamento, agora não só do povo mais humilde, mas de gente com qualificações, e que não aceita ser capacho dos seus alegados representantes.

«O descontentamento está na rua…


Colocado por Luís Moreira em 29 de Janeiro de 2010

Os enfermeiros estão em de guerra. Os Sindicatos da Função Pública afiam as facas, na ponte 25 de Abril (de onde se atirou o Cavaco…) há protestos contra o aumento das portagens
Não é possível enganar toda a gente durante o tempo todo, as contas públicas estão aí e estão uma desgraça maior do que a se previa, a despesa aumenta e muito, há que ir buscar dinheiro aos mesmos de sempre, a quem trabalha!
São as portagens, as SCUTs, os combustíveis (o petróleo está ao nível de 2007 mas o preço no consumidor, não baixa…), 60% das margens são receita do Estado, os telefones mais caros que noutro qualquer país da Europa, os serviços bancários…tudo formas encapotadas de “sacar” dinheiro.
Congelar salários e pensões ao mesmo tempo que vamos pagando tudo mais caro!
E diz o Teixeira dos Santos que não há aumento de impostos. Pois não, chamam-lhe outra coisa, como sempre fizeram na sua relação com os contribuintes…
Nós, aqui no Aventar, já tínhamos dito que o acordo na Educação era o abrir “a caixa da Pandora”, e também há muito que vínhamos avisando que as contas públicas estavam num estado deplorável, muito pior do que o  governo admitia.
Acabou a festa para Sócrates…»

sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

O GOVERNO QUE CRIA DELIBERADAMENTE DESEMPREGO

A acusação era grave, se não correspondesse à verdade. Mas a realidade é que este governo parece que se compraz em comprar desemprego, com leis absurdas que só têm esse objectivo. Obviamente que este governo insensível aos seus compatriotas e a quem lhes dá legitimidade, não percebeu que existe e é legitimado para criar e manter a felicidade dos seus cidadãos e não para viver num mundo de conflito político com o outro.
Porque não caiu já este desgoverno para ser substituído por um governo de salvação nacional? O drama é que quando cair, já um terramoto de proporções idênticas ao do Haiti terá varrido muitos Portugueses da sua terra!

A FRONTEX DE AMARO

«Fronteira da segurança de Portugal está no Afeganistão», Luís Amado diz que há uma «batalha a travar»

Maravilha! É mandá-los a eles, estes nossos hoplitas, os nossos melhores. 
À frente Pinto de Sousa, General,  ladeado por Amaro, Tenente General, Teixeira dos Santos, Brigadeiro, Santos Silva, Coronel, Vieira a Tenente-Coronel, Lacão a Major, Assis a Capitão, José Lello a sargento. 
A praça, lá seguirá o Costa , besta de carga suado, a combater pelas virgens, contra a obesidade.
Em caso de baixas, ninguém os chorará, mas a pátria regozijará de se ter visto livre deles, a bem da Outra Nação!

QUANDO AS BESTAS SE JUNTAM: SOL EM RÉ DE JU RIGONI

Quando as bestas se juntam
para avivar as chamas do preconceito
não se reconhecem no animal
irracional…

Nem poderiam!…
Encurralam-se em seus espelhos,
para, em nome de uma pretensa moral
nutrida por seus maus costumes,
tentarem aniquilar
o sentido mais humano
da palavra igual, -
aquele que deveria derramar-se
sobre todos os homens…
O igual que é também o diferente;
ponto de encontro divino,
capaz de transformar em amor
o que deveria ser nada mais
que um significado em oposição,…
um mero antônimo.

Palavras são usadas, sim.
Elas não agem sozinhas.
Há mentes a pensá-las
para todo e qualquer fim.
Mas palavra palavra
não tem preconceito, não.
Têm mais alma
que muitos homens…

Palavra!
ju rigoni (1997)

GOVERNAÇÃO FRACASSADA

Se há algo que meça bem o fracasso de uma governação, e das suas políticas, é o não regresso do imenso número de emigrantes que se deslocam para sítios de maior atractividade de mão de obra.

SUBMARINO AO FUNDO! E NÃO SE PODE LEILOÁ-LO PARA A CARIDADE COM O POVO DE PORTUGAL VÍTIMA DA FOME E DO PINTO?

DN: «Orçamento não inclui 460 milhões dos submarinos»
Governo decidiu não inscrever, na proposta de Orçamento de Estado (OE) para 2010, os cerca de 500 milhões de euros relativos à compra do submarino Tridente, confirmou o DN
O ano de 2010 será inevitavelmente o ano de todos os testes para o putativo submarino Português. 
Testes físicos mas também de engenharia financeira.
Quando cá chegar, já cheirará a velho, incrustado que estará de lapas para mexilhão ver.
Não seria melhor leiloá-lo na Christies's ou na Sothebys's para uma conta de solidariedade com as vítimas da fome 2010 em Portugal?

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

A QUEM NÃO INTERESSA A PUBLICITAÇÃO DA TOMADA DE POSIÇÃO DA SEDES?

Porque não foi mais publicitada a tomada de posição da SEDES? Aquilo que muitos, há muito já escrevem e publicitam está em cima da mesa. Para quem está desempregado e vê o seu País num plano cada vez mais inclinado, matando a economia real com o estado abstracto ao serviço de poucos, é hora de dizer basta. Haja coragem num País onde a coragem existe apenas na razão directa do interesse pessoal imediato.
«Tomada de posição da SEDES
“Um Problema de Todos”
Lisboa, 23 de Janeiro de 2010

A situação das finanças públicas nacionais exige medidas imediatas e uma postura de responsabilização por parte de todos. A situação das finanças públicas nacionais é grave, porque o Estado português, com um nível de endividamento directo de cerca de 80% do PIB, é um Estado excessivamente endividado.
Esta situação, a continuar, conduzirá à necessidade de medidas mais drásticas, no futuro próximo, sob pena de, a largo prazo e qualquer que seja o Governo, se deixar de poder garantir as pensões ou os salários da função pública, para não referir os apoios sociais nas áreas da saúde, desemprego ou educação. A situação das finanças públicas é, pois, um problema que diz respeito a cada português.
Não cabe exclusivamente ao Governo, seja ele qual for e mesmo que acompanhado por uma oposição democrática responsável, a resolução destes problemas. A verdade é que nunca alcançaremos uma criteriosa e prudente gestão dos recursos públicos sem uma auto-responsabilização de todos os cidadãos, num exercício de cidadania esclarecida, exigente, interveniente e escrutinadora.
É nesse sentido que a SEDES pretende dar o seu contributo.
Um Estado Fraco
Um Estado excessivamente endividado é um Estado fraco. Mesmo aos Estados Unidos, nas suas relações com a Ásia, é constantemente recordado que os seus maiores credores estão na China. No caso português, o endividamento do Estado é o problema económico mais grave, na medida em que bloqueie o crescimento e a criação de emprego. E o endividamento externo de toda a economia é também explicado, em larga medida, pelo endividamento pública.

Quando o Governo negoceia contratos (ou quando renegoceia PPP, concessões ou outros contratos já existentes, como o tem feito nos tempos recentes) está sempre a negociar em estado de necessidade. Isto significa que não está em boas condições financeiras para recusar exigências muito favoráveis para os privados, com prejuízo do interesse geral.
Um Estado Incapaz
Um Estado endividado é um Estado incapaz de realizar adequadamente as funções essenciais que só o Estado pode desempenhar. A provisão de bens públicos, incluindo a redistribuição do rendimento, e a adopção de políticas contra-cíclicas exigem um Estado com finanças públicas sólidas. No nosso caso, o exemplo mais citado é a justiça; mas também poderíamos acrescentar a segurança, tanto interna como externa, cada vez mais importante nos tempos em que vivemos.

Um Estado Injusto
Um Estado endividado é um Estado injusto. Os apoios sociais, nomeadamente aos desempregados, a saúde, o ensino, são exemplos de funções que um Estado excessivamente endividado não pode realizar adequadamente. Para proteger os mais fracos o Estado necessita de capacidade financeira que um Estado endividado não tem.

Um Estado parte do Problema
Um Estado excessivamente endividado é parte do problema e não parte da solução. Um Estado endividado é também um Estado que naturalmente terá de enfrentar condições de financiamento nos mercados mais gravosas do que um Estado pouco endividado. É um Estado que prejudica toda a economia com juros mais altos e menos crédito, para as famílias e empresas.

A SEDES defende…
Por tudo isto, o Conselho Coordenador da SEDES considera que a aprovação do Orçamento de Estado para 2010 e, mais importante, a discussão do Programa de Estabilidade e Crescimento, com um horizonte mais alargado, devem ser um marco para o verdadeiro e credível reequilíbrio das contas públicas.

Qualquer aumento de impostos, no contexto actual, e o crescimento económico previsível não irão alterar de forma relevante a situação das finanças públicas. É, necessariamente, pela redução da despesa que o reequilíbrio das contas públicas se poderá realizar. Para tal é imperioso aprofundar a contenção das despesas correntes e garantir que a decisão sobre o investimento público salvaguarde adequadamente a sustentabilidade económico-financeira dos projectos e a demonstração do seu real e efectivo interesse público.
Os investimentos públicos devem também ser avaliados na sua capacidade para substituir a procura dirigida à actividade económica interna, na rapidez da sua aplicação e, em particular, na sua capacidade directa de serem geradores de emprego.
Mas é também necessário pensar a prazo mais dilatado e fazer uma reavaliação das funções do Estado, bem como determinar os meios necessários para as desempenhar. O Estado tem, antes de mais, de ter a capacidade para realizar as funções que só ele pode realizar. Para tal é preciso não só determinação política mas também uma sólida capacidade financeira.
Do mesmo modo, é necessário discutir alternativas de forma clara e directa e ter a capacidade de fazer opções, sem colocar em causa as funções sociais do Estado e o investimento público adequado.
Os cortes de despesa dependem das opções ideológicas que os partidos representam, mas as funções que só ao Estado cabe realizar, qualquer Governo tem obrigação de as assegurar. Aliás, nessa avaliação das funções de um Estado moderno e orientado para o mercado, deve caber uma avaliação da qualidade dos serviços prestados, para que o Estado não seja um travão mas um facilitador da economia e do crescimento.
De qualquer modo e independentemente de opções ideológicas, parece cristalino que a reforma da Administração Pública, a redução da burocracia, onde já houve avanços claros, bem como a reforma da justiça, ainda não atingiram os resultados indispensáveis a um Estado moderno.
É sintomático que o futuro próximo do País esteja hoje mais dependente do que nunca da notação de empresas de rating, do desenlace da crise grega, ou da eventual falência de um banco estrangeiro, e, aparentemente, menos dependente de nós próprios.
Cabe primeiramente ao Governo a responsabilidade da resolução dos problemas do País. Mas, sendo um problema que a todos diz respeito, mal iríamos, portanto, se pensássemos e agíssemos no pressuposto de que essa responsabilidade exclusivamente sua.
O facto é que o endividamento do sector público não pode continuar, tenha ele origem em políticas governamentais ou em exigências e reivindicações da oposição. E que, sem as medidas adequadas, cada um dos portugueses vai pagar, no futuro, com juros mais altos e mais impostos, e, consequentemente, com menor crescimento e mais desemprego. Cabe, portanto, também à oposição ter em conta este problema, e propor uma política alternativa, clara e concreta, para a sua resolução.
A concluir…
Exige-se, portanto, de todos os agentes políticos, nesta fase de grande importância para o combate aos efeitos sociais da crise e de relançamento da economia, acrescidas responsabilidade e honestidade políticas, no respeito pela sustentabilidade do Estado, a quem cabe preparar, hoje, o amanhã das gerações vindouras. Cabe à sociedade civil assumir também as suas responsabilidades, sendo mais exigente, menos corporativa e socialmente mais activa. A SEDES continuará a ser, com independência, uma voz a chamar a atenção dos problemas da nossa sociedade.

Tudo isto a todos responsabiliza, porque um Estado excessivamente endividado é um Estado dependente, fraco, incapaz e injusto.
O Conselho Coordenador da SEDES
Luís Campos e Cunha (Presidente), Amilcar Theias, Fátima Viegas, Fernando Ribeiro Mendes, Henrique Neto, Luís Barata, Manuel Alves Monteiro, Paulo Sande, Pedro Magalhães, Pedro Pita Barros»

PODIA-Ò CHAMÁ-LO?

Entre a greve dos enfermeiros, a manifestação dos dos carrosséis contra a destruição de mais uns milhares de postos de trabalho e a destruição de mais milhares com as carteiras de 50€ dos técnicos de desporto, atirou o assessor! 

«Acho que está na altura do nosso PM ligar aos responsáveis do bloomberg a pedir explicações e a “sugerir” um permanente e inequívoco afastamento destes jornalistas que mais não fazem que bota-abaixismo, pessimismo e outras teorias negras de conspiração…»



- Está? É da Bloomberg? 
- ?
- Ah, bom dia! Fala aqui José Pinto de Sousa!
- Quem?
- José Pinto de Sousa!
- ?
- Sócra...!
- Ah! Bom dia! Como está!
- Eu estou bem. O País é que não...!
- Sim, sim ...
- ...não, não! Não entendeu! O País está bem, está com saúde económica e financeira. Há para aí 700.000 com fome e sem pão, mas... O que não está nada bem é igualarem-nos à Grécia, esse berço de Atenienses milenares cheios de pó. Isto aqui é diferente. Demos novos mundos aos mundos. Aqui é só políticas de nova geração! Não ouviu falar do Magalhães?
- Sim, sim! O da circum - navegação!

- Não é nada disso homem. Esse é passado! Então, homem! Suba-me mas é lá esse rating. Olhe que não fica bem visto por cá se não o fizer!
- Ah, ah, ah!
- Quem é que está aqui também na linha ...?
- Ah, sou eu sr. Engenheiro. O Teixeira!
- Ah, Teixeira, desligue lá isso, homem! Então que o deficit estava controlado, heim? 5%, heim! Ainda há quem acredite em si, homem?
- Ah, eu também fiquei surpreso! Foi a receita fiscal!
- Ah, Teixeira, tanto apertou, tanto apertou, que estrangulou a galinha! Se não fosse o nunca me engano e raramente tenho dúvidas, não sei, não. Não gosto de ser contrariado! Mas desligue lá, homem. Já não tem idade para aventuras. E aqui o amigo da Bloomberg não se vai esquecer de nós, que nós também não nos esquecemos deles! E olhe lá,Teixeira, o que é que foi aquela de diminuirmos o salário? Está louco, homem, o Constante já me telefonou a pedir explicações! Olhe que lhe lanço os tansos do BPP e do BPN! Saloio!

CADÊ O EXEMPLO E A CRIATIVIDADE NO ORÇAMENTO?

Sell Euro on Concern Over Greek, Portuguese Deficits, UBS Says 

Vender Euros ou comprar a ilusão da semântica do ministro das Finanças Portuguesas? 

Cadê os cortes nos salários altos da administração, o fim das consultadorias extra - função pública, o corte nos investimentos  em infraestruturas dispiciendas que só beneficiam os espanhóis.
Cadê a reorganização do tecido administrativo ao nível das autarquias?
Cadê o fim dos excendentários governadores civis? 
Cadê um orçamento com criatividade? 
Cadê um orçamento de base zero?
Cadê o exemplo honesto para a criação de um verdadeiro élan nacional? 

BAPTISTA BASTOS LEVANTOU-SE E DISSE: EIS A TRADUÇÃO DO PENSAMENTO DA MAIORIA DOS CORDEIROS LUSITANOS

A crónica do DN de Baptista Bastos, no dia em que Teixeira dos Santos afirmou - no mesmo espaço tempo onde os cordeiros depositantes do BPN foram degolados - que se fosse preciso baixava o seu ordenado em 10% (sorte a dele poder ser o mandante do seu próprio salário), como o de Constâncio - que acha o salário alto, mas não foi ele que o estipulou! -  merece ser lançada às feras da blogoesfera.
Hoje somos todos Baptistas Bastos! Eles não passarão de ser as Bestas que proliferam, os dissimulados que imperam neste desgraçado Portugal!


«O caso (noticiado pelo DN) das reformas, privilégios, regalias, mordomias, prebendas retirados a ex-administradores do BCP promove a indignação daqueles que, embora sabendo-o, não possuíam a verdadeira extensão do escândalo. Porque de escândalo se trata. Os particularismos do "mercado" criaram novas visões do mundo e desviaram, do seu sentido verdadeiro, padrões e valores que fundamentaram o essencial das nossas sociedades. Parece que tudo é permitido e, pior, admitido como normalidade o que constitui aberração e indecência.
O modelo saído da globalização trouxe inesperadas formas de violência, vulgarizou-as, simplificou- -as, através de uma bem urdida manipulação das consciências que propunha a relatividade e o anacronismo dos valores até então vigentes. Quase nenhuma força política se opôs a esta ideologia da exclusão. A grande aventura do espírito humano, que se criou e desenvolveu com as contribuições dos esforços partilhados e das experiências culturais variadas e diferentes, parece ter entrado num denso período crepuscular - de que apenas tiram proveito os "escolhidos" e os "eleitos".
E quem são estes? Que sinais distintivos os definem e notabilizam? Pouco ou nada diferem de todos nós. No entanto, a medida das suas intenções e a capacidade de metamorfose que revelam, além da sua quase inverosímil habilitação para a mentira e para a dissimulação, tornam-os os vencedores do momento. O "domínio da presença" manifesta-se, sem equívoco, como demonstração de força e de poder.
Porém, essa força e esse poder são ilusórios, por momentâneos. Eles não têm uma fortíssima crença em si mesmos. As fragilidades e temores emergem logo que as suas actividades são postas em causa. Não só é relevante o caso de Jardim Gonçalves, o todo-poderoso banqueiro dos vencimentos faraónicos, dos jactos particulares, dos não sei-quantos guarda-costas; significativo tem sido o aluir das aparências, quando a mentira é desmascarada e a pequenez do mentiroso é exposta.
O nosso desenvolvimento moral também depende muito da exemplaridade das relações entre pessoas e instituições. Há muito que perdemos a confiança nas estruturas e nas organizações do sistema. A cedência à tentação da irresponsabilidade nasceu na crença da impunidade dos prevaricadores. Cabe à educação, à Imprensa, à sociedade a tarefa de reabilitar o espírito público.
Este episódio não põe fim às desigualdades afrontosas, mas pode iluminar as obscuridades arrogantes. E, eventualmente, despertar as consciências para a revelação de que, afinal, tudo isto anda ligado, sendo a disjunção privado e público a pura hipótese de uma mistificação.»

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

SE FOSSE PRECISO

«Confrontado com o corte de 20% do rendimento do primeiro-ministro irlandês e questionado se faria o mesmo, o responsável respondeu: «Sim. Estaria disposto a abdicar de parte do meu salário se fosse preciso».
Pois é preciso sr.ministro, pois é preciso. Ou 13.000 milhões de Euros não o apoquentam?

QUAL É A CÂMARA, QUAL É ELA QUE BAIXOU OS SALÁRIOS DO PRESIDENTE E VEREADORES E AUMENTOU A DOS TRABALHADORES COM SALÁRIOS NO LIMIAR DA POBREZA

Ainda há exemplos assim: a Câmara da Vidigueira optou por baixar em 10% os salários de Presidente e vereadores, com a justiça e justeza da contrapartida de 15% aos trabalhadores com salários abaixo do limiar de pobreza. Exemplo de consciência, de bom senso, de justiça, de solidariedade e coesão nacional.
Uma medalha para estes senhores, já, e que sirvam de exemplo à restante classe política e gestores públicos e privados, nomeadamente ao mais Constante exemplo da escandaleira nacional: o  querido e bem amado Victor... Constante!

O ORÇAMENTO DO NOSSO DESCONTENTAMENTO

Teixeira, ministro nulo! O plano inclinado do rating mantêm-se. CDS e PSD fazem mal em deixar passar o orçamento. Mais uma vez não percebem os sinais da sociedade civil. Que está cansada. De tanta tropelia. De tanta mediocridade, de tanto engano, de tanta falta de vergonha. A paz podre continua. Este é mais um dos nossos orçamentos do nosso descontentamento. O cinto continua apertado, para quase todos, menos para alguns, os chico-espertos como Teixeira e Constâncio que sabem bem como viver com o esforço e o dinheiro dos outros!

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

UM TIRO NO CARRO ELÉCTRICO: CARRO ELÉCTRICO AO FUNDO

«OE 2010: incentivo para carros eléctricos limitado . Só as primeiras cinco mil unidades terão bonificação de 5 mil euros»

PAÍS DE SÓCRATES

«Saúde: seis em cada 10 famílias «fogem» de tratamentos
Inquérito da DECO revela que motivos económicos afastam portugueses do médico»

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

A PORCA DA BULIMUNDA OU O LEITÃO À TEIXEIRA DOS SANTOS










“O GOVERNO PORTUGUÊS ANDA MENDIGANDO EM LONDRES UM NOVO EMPRÉSTIMO. OS NOSSOS CHARLATÃES FINANCEIROS NÃO SABEM SENÃO ESTES DOIS MÉTODOS DE GOVERNO: EMPRÉSTIMOS E IMPOSTOS…È DINHEIRO EMPRESTADO E DINHEIRO ESPOLIADO…E POR FIM NÃO É DINHEIRO APLICADO A NENHUM MELHORAMENTO PÚBLICO DIGNO DESSE NOME; É SÓ DINHEIRO PARA PAGAR JUROS DA DIVÍDA E ENDIVIDAR-NOS CADA VEZ MAIS E MAIS….É A DIVIDA A MULTIPLICAR-SE PARA NÃO FALTAREM Á CORTE BANQUETES, FESTAS, CAÇADAS E FOLIAS.”


in Jornal a lanterna 17/12/1870 -ADAPTADO

TEIXEIRA DOS SANTOS: A VITÓRIA DAS MÁS PRÁTICAS!

CDS-PP e PSD preparam-se, ao absterem-se, para VIABILIZAR o orçamento. Fazem mal. Porque ficam conotados com um mau orçamento feito de más e continuadas práticas e que tenta desesperadamente salvar as más práticas do Estado Português em detrimento daquilo que verdadeiramente importa: a sobrevivência do tecido empresarial Português! 


Razão tem AJJ!

ALBERTO JOÃO REPOSITÓRIO DA VERDADE

O presidente do Governo Regional da Madeira pediu a todos os «candidatos-almofadinhas» que «não tenham ilusões»: «Não invoquem o interesse de Estado, porque o interesse nacional é estes senhores se irem embora e passarmos adiante a uma alternativa credível.»

«Se quer aumentar os impostos e continuar a somar asneiras monumentais, arranje um pretexto mais sério, tenha coragem de, no Parlamento, explicar aos portugueses e levar à votação dos deputados»

A realidade é só uma. E embora aparentemente desbocado, não lhe falta a coragem nem a reposição da verdade, ao contrário de outros, os cínicos e cobardes pragmáticos dos regimes.

O ESTADO, COMATOSO, PESSOA DE MAL, AO SERVIÇO DE ALGUNS POUCOS

«Obras públicas: 97% dos contratos foram ajustes directos. Dos 10.057 contratos celebrados até sexta-feira, em 9.811 houve ajuste directo»

A FORTUNA DAS 2 PESSOAS MAIS RICAS DO MUNDO É MAIOR QUE A SOMA DO PIB DOS 45 PAÍSES MAIS POBRES

Sabia que "A fortuna das 2 pessoas mais ricas do mundo é maior que a soma do PIB dos 45 países mais pobres".

O que é que pensa fazer para contrariar isto? Recriar uma nova utopia agora sob a forma de um comunismo democrático?

PEIXES DE PLÁSTICO

A vantagem de ver alguns canais Franceses em vez dos canais nacionais é que ali pensa-se e informa-se, em contraponto com os canais Portugueses, que salvo raros programas se quedam pelo lixo das novelas e pela informação das tricas doentias da política e do futebol.
Um dos últimos programas versava sobre o problema gravíssimo da contaminação do mar pelos plásticos, num claro contraponto entre as vantagens imediatas dos plásticos para os humanos e as desvantagens mediatas.
O envenenamento de todo o tipo de seres marinhos através dos plásticos é bem visível no sistema digestivo de uma percentagem brutal destes seres, sendo também gravíssimo a quantidade de partículas de plástico na própria água do mar.
Que futuro o homem se reserva com um mar de plástico, recheado de peixes de plástico?

O TGV, O MAU COMBOIO QUE EXPULSA OS BONS COMBOIOS



Viajar de comboio pelo país pode dar muito trabalho e a culpa é da manta de retalhos em que a transportadora ferroviária se transformou. CP Lisboa, CP Porto, CP Regional e CP Longo Curso trabalham com tarifários e horários que nem sempre são integrados. Imaginámos diferentes viagens para mostrar as dificuldades dos passageiros. Por Carlos Cipriano


O senhor Manuel foi emigrante e quis reviver com a neta a viagem de dez horas que fez do Bombarral para Vilar Formoso, quando tentou o "salto" para a França em 1968. Pensando que hoje a coisa era mais rápida, nem consultou horários e apresentou-se na estação do Bombarral para o comboio das oito da manhã.


Aventurou-se e demorou 14 horas. A viagem que, 40 anos antes, realizara com um único transbordo teve de ser feita agora com - pasme-se! - cinco comboios.


Eis a aventura: primeiro, um comboio para as Caldas da Rainha, onde mudou para outra composição que o deixou no meio dos arrozais do Mondego num apeadeiro chamado Bifurcação de Lares. Ali apanhou um suburbano vindo da Figueira da Foz para Coimbra e depois outro comboio para a Guarda onde, pela última vez, mudou para o regional para Vilar Formoso. E, como se não bastasse o tempo de viagem e os transbordos, o bilhete vendido pela CP foi mais caro, porque resultou do somatório de todas estas viagens: 23,65 euros. Mais do que os 20 euros de uma viagem de Lisboa para Vilar Formoso em comboio directo. Ou seja: na CP viajar 220 quilómetros em vários regionais (por falta de alternativa) é mais dispendioso do que uma viagem directa de 434 quilómetros.


O senhor Silva vive em Queluz e quis visitar um colega em Torres Vedras. Há anos que não viajava de comboio em Portugal, mas pareceu-lhe esta a melhor opção, já que a tinha logo ali, bem perto de casa. A primeira surpresa foi logo na estação de Queluz. Que não podia comprar um bilhete directo para Torres, dizem-lhe na bilheteira. Que desembolsasse primeiro 1,20 euros até ao Cacém e que comprasse lá o bilhete para o outro comboio (mais 3,15 euros) para Torres Vedras.


Mas afinal isto é só uma viagem de 50 quilómetros, pensou. Era seu desejo comprar o bilhete de ida e volta, mas lá teve de adquirir novo título para o seu destino. Já no regresso perguntou se lhe podiam vender os dois bilhetes em Torres Vedras, mas o ferroviário perguntou-lhe para quê, se podia vender um único bilhete directo. O senhor Silva espantou-se: para a ida teve de comprar dois bilhetes, mas para a volta já podia fazer a viagem com um só?


Que confusão. Como se não bastasse demorar uma hora e meia para fazer 50 quilómetros a passo de caracol, ainda teve de ouvir uma explicação sobre as "unidades de negócio" da CP. Que ali em Torres, aquilo era a CP Regional, mas que em Queluz era a CP Lisboa.


E é esta a história que teria para contar, se o senhor Silva existisse. A personagem, como todas as que viajam em comboio neste texto, não é real. Ao contrário da esquizofrenia a que os passageiros da CP estão sujeitos, que é bem real e a razão destas viagens que imaginámos.


O casal Gonçalves vive em Lisboa e resolveu passar o fim-de-semana em Beja. Optou pelo comboio. De Entrecampos ao destino foram só 2h10 de viagem, num Intercidades ao preço de 11,50 euros por pessoa. Mas já o regresso foi uma verdadeira surpresa: uma automotora desconfortável a tremelicar pela planície até Casa Branca, onde o casal apanhou, aliviado, o Intercidades vindo de Évora para Lisboa. Ao todo demorou mais tempo do que na ida, viajou num comboio de categoria inferior e teve um transbordo. Por isso pagou 14,40 euros, ou seja, mais 2,90 euros do que na ida.


Tarifa não quilométrica


A Rute, que queria ir de Coimbra ao Porto, também se surpreendeu quando o revisor do comboio regional lhe pediu mais 3,50 euros para revalidar o bilhete. A Rute estava em Coimbra e o Alfa Pendular estava atrasado devido a um problema com um passageiro. Encontrou uma amiga que ia apanhar o regional para Aveiro e nem pensou duas vezes, julgando que o seu bilhete era mais do que suficiente para viajar no vagaroso regional até à Invicta. Na Suíça, um país com a dimensão de Portugal onde estivera, podia-se apanhar um comboio a qualquer hora porque as tarifas são quilométricas e não é preciso marcação de lugar.


Mas não. Na CP um bilhete de 15 euros não permite viajar num comboio onde só se paga 8,10 euros.


Também o Vítor ficou espantado quando descobriu que para viajar de Guimarães para Lisboa pagaria 21,65 euros, quando em sentido contrário tinha pago 20,50 euros. Com a diferença de que agora tinha de apanhar um comboio que parava em todo o lado até Campanhã e demorava mais uma hora na vinda no que na ida. E o João, que queria ir de Estarreja para Azambuja (ambas estações da linha do Norte), teve de se aventurar em três comboios porque, apesar de viajar no principal eixo ferroviário do país, não tinha ligações directas.


Paremos então com as personagens fictícias com dificuldades que qualquer passageiro real pode sentir e passemos ao mundo que existe. Viajar de comboio pelo país pode dar muito trabalho e a culpa é da manta de retalhos em que a transportadora ferroviária de Portugal se transformou, quando foi dividida em quatro unidades de negócio - CP Lisboa, CP Porto, CP Regional e CP Longo Curso. Há bilheteiras diferentes nas estações e os gabinetes de apoio ao cliente rejeitam reclamações ou pedidos de informação que não sejam da sua unidade de negócios.


"A lógica da CP em unidades de negócios era no sentido da privatização. Essa situação originou que as unidades trabalhassem de forma autónoma e as forças integradoras não conseguiram vencer essa força autónoma", diz o presidente da CP, Cardoso dos Reis.


A verdade é que cada unidade de negócios funciona como uma "mini CP" e tem a sua própria frota de material circulante e quadro de pessoal (maquinistas e revisores). José Rafael Nascimento, professor de Marketing no Instituto Superior de Comunicação Empresarial, diz que estas situações vividas pelos passageiros da CP contrariam o paradigma da conveniência, em que as empresas procuram prestar serviços completos e integrados aos seus clientes, o que não é o caso do transporte ferroviário em Portugal, com um tarifário incompreensível e uma exploração baseada em percursos.


Incompreensível? Há razões - às quais os clientes da CP são alheios - que podem explicar esta forma de gestão. A transportadora pública, ao contrário do que acontece com as suas congéneres europeias, não tem um contrato de prestação de serviços com o Estado. Em cada ano, o governo atribui verbas residuais a título de indemnizações compensatórias para a empresa. Como o serviço regional é o que dá mais prejuízo, a CP prefere vender percursos a aplicar uma tarifação quilométrica, mais justa e mais compreensível para os passageiros. É por isso que uma viagem com diversos transbordos (e são tantos num país tão pequeno como Portugal) um cliente da CP está a pagar uma nova viagem sempre que muda de um comboio para outro. Desde Dezembro de 2009, por exemplo, a CP acabou com os comboios directos desde o Barreiro para o Algarve e obriga os passageiros a apanhar duas composições e a pagar mais caro.


Algo que, como refere Nélson Oliveira, engenheiro com pós-graduação em caminhos-de-ferro, "não acontece noutras redes estrangeiras de referência [SNCF em França, RENFE em Espanha, DB na Alemanha e Trenitália] onde os horários dos comboios mais lentos são conjugados com os dos rápidos para assegurar a função de recolectores e distribuidores".


Para este especialista, também presidente da Associação Portuguesa dos Amigos dos Caminhos de Ferro, "as unidades de negócios centram-se na procura dos melhores resultados financeiros, o que nem sempre resulta em favor de um melhor serviço, pois numa exploração conjunta os benefícios de uns compensavam os prejuízos de outros". Um exemplo: como os regionais dão prejuízo, cada vez há menos oferta, "mas se os horários destes fossem conjugados com os dos comboios rápidos, como eram dantes, os regionais traziam passageiros para os serviços de longo curso, e o prejuízo era compensado".


Nélson Oliveira,


engenheiro

domingo, 24 de janeiro de 2010

EMPRESAS DE TRABALHO TEMPORÁRIO: A PRAGA!

Oferecemos:
Vencimento base (550 euros/mês);
Subsídio de Refeição (6.41 euros/dia);
Horário:
Horário por turnos: 7h30/16h00, 10h30/19h00, 15h30/24h00 e 23h30/8h00h;

CHÁVEZ, O REFINAMENTO TOTALITÁRIO

Chávez encerra canal que não transmitia os seus discursos

Presidente da Venezuela volta a investir contras os media

A EUROPA EM RESPOSTA A ZAPATERO

Porque Portugal também se faz lá fora, vale a pena ler algumas intervenções dos grupos políticos Europeus, resposta à intervenção de Zapatero no Parlamento europeu.

Intervenção dos grupos políticos
O debate incentivado por Zapatero sobre um possível governo económico europeu é algo que Joseph Daul (PPE, FR) diz ver com bons olhos "Não devemos recear os grandes debates, a economia social é uma das questões que mais preocupa os nossos cidadãos e é uma questão de sobrevivência para a Europa e para o seu modelo social", sublinhou. "A criação de mais postos de trabalho não deve passar por mais despesas públicas", defendeu o líder do PPE, mas pela criação de melhores condições para as empresas, em especial para as PME.

Para Martin Schulz (S&D, DE), as cimeiras não resolvem os problemas. "O que precisamos é de soluções que sejam depois implementadas a nível dos Estados-Membros", frisou, atribuindo a falta de resultados da Estratégia de Lisboa à inacção por parte dos países. Precisamos de "transferir o governo espanhol para a Europa", defendeu o líder dos socialistas, não poupando elogios a Zapatero: "o governo espanhol é um bom governo e temos um enorme orgulho naquilo que conseguiu fazer". A abordagem espanhola é "cheia de esperança" e pode contar com o apoio do grupo S&D, concluiu.

Guy Verhofstadt (ALDE, BE) destacou duas prioridades: a Estratégia pós-Lisboa (Estratégia "UE 2020") e uma nova estratégia pós-Copenhaga. O eurodeputado afirmou que "o método de coordenação aberta falhou para a Estratégia de Lisboa" e que "precisamos de mudança, de debate e, se necessário, de sanções". Quanto ao dossier das alterações climáticas, defendeu que deve haver uma pessoa na UE responsável pela sua negociação no âmbito das Nações Unidas: "alguém deve ser responsável e negociar em nome de todos" para se obterem resultados. O eurodeputado propôs um acordo trilateral entre a UE, EUA e China e não "sonhar reunir não sei quantos países em torno de um mesmo programa".

Daniel Cohn-Bendit (Verdes/ALE, FR) defendeu um pacto europeu de economias de energia (com um aumento de 20% para 30% na economia de energia até 2020), comboios eléctricos e a aposta nas renováveis para a criação de postos de trabalho. A educação e o processo de Bolonha foram outros dos aspectos abordados pelo eurodeputado francês: "Se quiser dar um novo ímpeto ao processo de Bolonha tem de pôr em questão todos os currículos", disse, lembrando a Zapatero que os estudantes protestam nas ruas "contra a degradação do ensino superior".

Segundo Timothy Kirkhope (ECR, UK), "a sugestão de apenas coordenar os planos para a recuperação económica não é suficiente, precisamos de sanções" contra os países que não respeitem as regras. Em relação à política externa, o eurodeputado destacou a situação no Irão, pedindo à Espanha que se mantenha atenta à questão do programa nuclear.

Para Willy Meyer (CEUE/EVN, ES), o programa de Zapatero "não resolve o fundamental". O eurodeputado criticou a falta de intervenção no mercado, em especial no sector financeiro, e o facto de estar a "ser desmantelado o modelo social europeu". O parlamentar defendeu ainda uma cimeira europeia sobre a situação no Saara Ocidental e o seu direito à autodeterminação.

Marta Andreasen (EFD, UK) abordou a questão dos reformados que encontram sérios problemas no mercado imobiliário espanhol. "Queremos que as pessoas possam viver nas casas que compraram" ou que então sejam ressarcidas.

Segundo Francisco Sosa Wagner (NI, ES), "a Espanha quer desempenhar um papel determinante na Europa". A "união de Estados é a única maneira de enfrentar os problemas no mundo", adiantou, bem como a solidariedade. O eurodeputado pediu a Espanha que não convoque a cimeira com Marrocos enquanto não for decidida a questão do Saara Ocidental, lembrando que "os direitos são a alma europeia".

Intervenção de eurodeputados portugueses no debate
Ilda Figueiredo (CEUE/EVN): "O momento que estamos a viver deveria implicar uma mudança de fundo nas políticas e prioridades da União Europeia, quando o desemprego atinge números alarmantes, com mais de 24 milhões de desempregados e um aumento superior a 5 milhões, apenas durante o último ano, o que também contribuiu para o agravamento da pobreza, que hoje atinge mais de 80 milhões de pessoas. Impunha-se um pacto de desenvolvimento e o progresso social que aposte na produção, designadamente agrícola e industrial, no emprego com direitos e na inclusão social, em vez de voltar a insistir no Pacto de Estabilidade, como fez o Sr. Presidente do Conselho, e nas liberalizações e receitas neoliberais. Já vimos, foram elas que contribuíram para aumentar as desigualdades, para favorecer os ganhos e lucros dos grupos económicos e financeiros enquanto, em média, mais de 21% dos jovens não conseguem um emprego na União Europeia, uma em cada 5 crianças vivem uma situação de pobreza e as discriminações das mulheres voltam a aumentar. Por isso, o desafio que se impõe é uma ruptura com estas políticas actuais".

Miguel Portas (CEUE/EVN): "Sr. Zapatero, creio que sabe tão bem como eu que o crescimento da produção na Europa vai ser lento e medíocre durante os próximos anos. É por isso que eu não consigo perceber porque é que é a sua insistência no regresso do Pacto de Estabilidade em versão ortodoxa, ou seja, como comparação do investimento público e da despesa social. Gostava também de lhe perguntar sobre os silêncios da sua intervenção. Por que é que não houve uma palavra sobre os paraísos fiscais? Por que é que não houve uma palavra sobre a resistência de alguns Estados-Membros ao fim do segredo bancário? Por que é que não houve uma palavra para uma verdadeira iniciativa europeia, para a taxação das transacções financeiras? No fundo, a pergunta que eu lhe coloco é: porque é que a justiça na economia, um mínimo de justiça na economia, fica sempre de fora dos vossos compromissos?".

Paulo Rangel (PPE): "Eu queria deixar claro que na intervenção que aqui fez, designadamente no plano económico, há algumas ambiguidades. As intenções e as declarações de intenções são boas, mas há algumas ambiguidades, designadamente não há medidas concretas no combate ao desemprego. Mas, apesar desta reserva, eu gostava de centrar o meu discurso no plano institucional. A presidência espanhola fala muito na questão da iniciativa popular, fala na instalação rápida e breve do sistema do Serviço de Acção Externa. Ora, no plano institucional eu penso que era também importante, uma vez que estamos no arranque do Tratado de Lisboa, alguma pronúncia sobre a relação com as restantes instituições e o que acho que seria muito importante é que houvesse da parte do Conselho e da parte da presidência espanhola, por um lado, uma clara vontade de colaboração com a Comissão e com o Parlamento, uma tentativa de clarificar como que é que as relações entre a Comissão e o Parlamento vão decorrer no contexto do Tratado de Lisboa, porque a presidência espanhola tem aqui uma oportunidade única que é a oportunidade de criar precedentes. Aquilo que fizer a presidência espanhola no conjunto das relações articuladas, por um lado com a Comissão, por outro lado com o Parlamento e mesmo com o Presidente do Conselho Europeu, aquilo que fizer pode marcar de forma decisiva aquele que vai ser o sucesso do Tratado de Lisboa, e por isso gostava de o ouvir de uma forma mais clara sobre o modo como vê a articulação das relações entre presidência rotativa, Comissão, Parlamento e presidência do Conselho".

Edite Estrela (S&D) falando em castelhano: É com muito gosto que aproveito esta oportunidade para afirmar que José Luis Zapatero continua a surpreender as mulheres europeias com medidas muito inovadoras e progressistas. Desde logo, com a formação de um governo verdadeiramente paritário, mas também pela forma determinada como introduziu na agenda política nacional e europeia os temas da igualdade de género e o respeito pelo outro. Senhor Presidente, felicito-o calorosamente pelo seu ambicioso programa de acção, mais concretamente no que diz respeito à violência de género que é uma chaga social. A criação de um Observatório Europeu sobre Violência de Género é uma proposta vanguardista que as mulheres europeias apoiam e aplaudem. As mulheres estão com Zapatero! Senhor Presidente, em nome dos socialistas portugueses, desejo-lhe boa sorte. Pode contar com a nossa solidariedade.

José Manuel Fernandes (PPE), por escrito: "Quero desejar os maiores sucessos à presidência espanhola. É o primeiro Estado-Membro a dar forma ao novo modelo institucional resultante da entrada em vigor do Tratado de Lisboa. Espera-se que a prioridade já afirmada pelo primeiro-ministro José Luis Rodríguez Zapatero – tirar a Europa da crise e consolidar a retoma do crescimento económico – seja concretizada, e se prossiga com o combate às alterações climáticas e a defesa da segurança energética. É ainda importante que se adopte uma política florestal integrada e uma melhor eficiência na gestão da água.  Neste Ano Europeu de Combate à Pobreza e neste momento de crise económica, esperam-se políticas reforçadas para as camadas mais vulneráveis. Faço votos que os Estados-Membros e as instituições europeias cooperem, de modo a que a UE seja mais próspera, solidária, e que intensifique a sua voz na cena internacional. Espero ainda que as relações entre Portugal e Espanha se reforcem com esta presidência. Todos conhecemos a interdependência e inter-conectividade entre as nossas economias. Um bom sinal de união de esforços é por exemplo o centro ibérico de nanotecnologia, em Braga, que permitirá o desenvolvimento da investigação científica, da inovação e conhecimento e que levará ao reforço da competitividade das nossas empresas".

Nuno Teixeira (PPE), por escrito: "A presidência espanhola surge num momento estratégico para a Europa. A sua coincidência cronológica com a entrada em vigor do Tratado de Lisboa eleva a exigência quanto à responsabilidade na aplicação efectiva do novo Tratado, condição essencial para o desenvolvimento das linhas do seu programa. É com expectativa que aguardo a promoção do debate sobre o futuro da política de coesão, procurando aí incluir a coesão territorial. Como deputado ao Parlamento Europeu, oriundo de uma região ultraperiférica, centro as minhas atenções na acção da nova presidência quanto à política de desenvolvimento das regiões insulares. A cimeira UE-Marrocos será indubitavelmente um fórum privilegiado para a dinamização do espaço Atlântico Euroafricano, nomeadamente através da cooperação entre a Madeira, os Açores, as Canárias e os países vizinhos, o qual receberá todo o meu empenho. Pela proximidade histórica e geográfica, Portugal e, em particular, as suas regiões ultraperiféricas, como a Madeira, vêem com entusiasmo as intenções da presidência espanhola de implementar e de desenvolver uma estratégia europeia renovada em favor destas regiões. Neste contexto, a linha de acção da presidência na aplicação das recomendações da Comissão As Regiões Ultraperiféricas: um trunfo para a Europa e na discussão das futuras Perspectivas Financeiras são temas que acompanharei de perto".