sábado, 11 de setembro de 2010

A CORRELAÇÃO ENTRE O CRESCIMENTO E A CLASSE MÉDIA

Brasil: classe média representa metade da população
Cerca de 29 milhões de brasileiros saíram da pobreza entre 2003 e 2009 e integraram a classe média, que representa metade da população do Brasil, de acordo com um estudo da Fundação Getúlio Vargas (FGV), divulgado este sábado, citado pela agência Lusa.
Cerca de 94,9 milhões de pessoas, ou seja 50,5 por cento dos brasileiros, fazem parte desta classe social, cujos salários vão dos 1126 aos 4854 reais mensais (dos 512 aos 2210 euros).
«Nunca a classe média foi tão importante neste país», congratulou-se Marcelo Neri, autor do estudo que foi feito com base em dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD).
Em 1992, a classe média representava apenas um terço da população, sublinhou este investigador do Centro de Políticas Sociais da FGV, acrescentando que as desigualdades sociais «diminuíram desde 2001».
A chave da sustentabilidade social e do desenvolvimento sempre esteve na classe média. 
País que a encolhe tem o devido merecimento! 
E isso não tenhamos dúvidas foi o que aconteceu nestes últimos seis anos!

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

O.M.C., ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DO COMÉRCIO

Gatt'ei a prova dos pobres
quando a tal me abalancei.
Esmoreci à sombra dos povos
quando em OMC me tornei.

À escravidão digo nada,
às peles dos cães,digo fava,
que a hora é de entretém.

Comerciar é preciso
trocar milho, por siso,
(faz-nos mais fortes porém),
que a sageza das trocas
está na riqueza de alguém.

Proteccionismo esquecido,
desregulado por bem,
comerciar é preciso,
mesmo que se afronte também.

Upa, upa, que se faz tarde,
chegou uma carga do além,
trás dentro suor alarve,
de povos tristes, porém.

O PORTUGAL SOCIALISTA

«Quatro bombas de gasolina assaltadas e um funcionário esfaqueado»
 Se há algo que já nos desabituamos de ver é polícia na rua. Ao contrário de outros países Europeus onde a polícia anda na rua, funcionando como dissuasor, a polícia em Portugal  teima em ficar nas esquadras ou em não sair à rua.
Hoje e amanhã já sabemos que se montarão umas operações de fachada, que autuarão condutores tentando mostrar serviço.
Mas e o dia a dia, pá?

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

O CAVALO DE LOUÇÃ

por Luís Naves
Há cem anos, por estes mesmos dias, Portugal afundava-se num declínio manso. Como hoje.
Tenho andado a ler jornais da época e curiosamente encontra-se muita prosápia e conversa, mas nem sequer uma discussão sobre a crise que se agigantava.
O contexto europeu de 1910 era algo diferente: Portugal encontrava-se ligado à superpotência da época, a Grã-Bretanha, que a burguesia urbana detestava, tentando associar o rei a essa aliança; havia um regime monárquico que parecia incapaz de enfrentar a sociedade. Popular nas zonas rurais, era certo, mas politicamente inepto, indeciso e sem soluções. A sua acção era um deixar andar, que logo se veria: nem rupturas nem sequer reformas ousadas. O rei e quem o rodeava pareciam paralisados e sonolentos, no desespero de tentarem não abanar muito o barco.
A democracia era imperfeita e reinavam os caciques locais. O país estava altamente endividado (pode até fazer-se um paralelo quase exacto com o que se passa hoje) e o frágil sector industrial, o mais avançado da economia, mergulhara num período de grande agitação operária. A maior parte da população, 70%, era de analfabetos. E, nas cidades, fervilhava a conspiração política. Tornar-se um radical era a única forma de ascender socialmente. 
Aquele era um regime autista, demasiado preocupado com as colónias e à beira de as perder. Acho que se poderia tentar provar a tese de sobrextensão imperial, talvez uma das causas da nossa pobreza. E se Portugal tivesse então perdido as colónias africanas talvez se tivesse poupado a mais 65 anos de ilusões imperiais (enfim, mas essa é a minha especulação).
Não se percebe, na leitura desses jornais, como foi possível a revolução e a mudança de regime. Mas havia sinais de intranquilidade.  Histórias de violência, loucos à solta, pancadaria sem razão, distúrbios populares que começavam sem motivo aparente. Também crimes bárbaros. Uma indisciplina geral, que alguns aproveitaram.

Este ano de 2010 é diferente, mas há elementos que não mudaram: a nossa elite continua cega e surda aos sinais de crise. O país afunda-se e só se ouve propaganda seráfica. Continuamos atrasados, irrelevantes, contentes com o nosso destino. Somos sempre os maiores, os mais sábios, os mais doutores; se preferem a metáfora futebolística, basta ouvir os comentadores a dizerem, antes da derrota, que os nossos jogadores são os mais hábeis tecnicamente.
A economia não cresce, excepto na dívida e no desemprego. Os trabalhadores que restam trabalham mais por menos salário. As estatísticas da educação melhoram porque se chumba menos, não porque se saiba mais. O que havia de escolas especiais fecha por que se poupa. Os serviços pioram enquanto se paga mais por eles, mas alguns insistem em que devem ser gratuitos.
E não há discussões ponderadas, só berratas, onde alguns usam um discurso cheio de veneno, repleto de soberba estúpida, que lembra a fé cega dos beatos.
Há outra semelhança: os partidos, que são agências de emprego de uma aristocracia de snobs, ignorante e pomposa, que nunca trabalhou nem jamais quererá trabalhar.
Os intelectuais, esses falam para uma casta de iluminados, no intervalo dos discursos para o umbigo. Sentem-se das classes superiores, estão lá nas suas cátedras de cristal, a filosofar sobre os numerosos problemas da Albânia e do Arkansas, com o conhecimento de causa de quem dá lições ao mundo.

Julgo que está na hora deste país acordar. Não somos os melhores nem os piores, mas temos de ter mais ambição e afastar de vez esta mediocridade geral que toma conta da vontade, que privilegia quem não tem qualidades e facilita este viver bem português que consiste em ir afundando devagarinho num pântano de mentiras.»
Ontem Francisco Louçã, a deshoras, foi convidado de um programa inteligente da nossa televisão. 
De sapatilhas casual   e aquele ar desempoeirado de quem vai de transporte público para o Parlamento, genuíno,  embora tímido e já com os tiques de defesa dos pares,  Louçã pareceu-me também descrente nas soluções. 
Radicalmente correcto no apontar de inúmeros desmandos do nosso regime, sacos de dinheiro a sair dos cofres, os nossos cofres, Louçã tem no entanto esse paradoxo de defender as PME's defendendo o aumento dos gastos públicos com unhas e dentes, gastos que se apresentam sob a forma de facturas aos seus clientes, as PME's!
Pobre país, assim, que querendo dar uma no cravo e outra na ferradura, faz mancar o cavalo e albarda-o até à exaustão! 

TUDO BEM, QUARTEL GENERAL EM BELÉM!

Em Macau, território de boa memória para muitos Portugueses, Teixeira dos Santos emite: tudo bem, quartel general em Belém!
Entretanto para os Portugueses que sabem fazer contas, um dado que compara com o que se passa nas nossas casas: A Alemanha paga juros da sua dívida abaixo 3,7% que Portugal, Portugal já pagou 5,9%, 0,6% acima da colocação de dívida do mês passado.
Nada de pânico, pois, seus pessimistas militantes! Já pensou o leitor que trabalhamos já, só para pagar os juros da dívida?

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

A RESULTANTE DO SR. PROPAGANDA: UM MILHÃO DE EMIGRANTES!

Se um milhão de emigrantes é grave para um país de alta natalidade, para um país de baixa natalidade como Portugal é muito, muito grave.
A política de Sócrates de reposição de gente nova e dinâmica passará por trocar os nossos emigrantes por imigrantes do sul do Saara? 
Seria uma hipótese, a Africanização e terceiro mundialização de Portugal. Mas mesmo para isso era preciso que os imigrantes não debandassem para países com crescimentos assinaláveis como Angola, Brasil e tantos outros, que comparam, e bem pela positiva, com o país negativo da desenvolvida ASAE e penhoras do Estado! Pensamento negativo, nós? Não! Realidade negativa, sim!

OS DOIS D'S: DESILUSÃO E DECADÊNCIA!

«Eu perdi um pouco de tempo a ler os comentários que aqui se encontram presentes e tirei algumas conclusões. A mais importante para mim é que vejo que existe um grande amor pelo futebol e pela nossa selecção, pois só assim poderiam sentir uma raiva tão grande com tudo o que se está a passar. é verdade, também a sinto. passei o jogo inteiro a roer-me por dentro, a imaginar o que irá na cabeça de jogadores, técnicos, do queiróz e de mais não sei quem. a roer-me porque vejo a enorme capacidade que temos a ser completamente desaproveitada por algo que vai muito mais além que um problema de colocação dos jogadores nos lugares certos... é o problema de um povo inteiro!! porque o que se passou dentro do campo, é o que se passa em todos os pequenos campos onde entramos todos os dias! perdoem-me se estiver enganado, mas o que vejo na nossa selecção é o reflexo do nosso país! cada vez mais débil e doente... porque não existe alguém que assuma uma responsabilidade, alguém que não minta, alguém que de uma vez por todas chegue à frente e diga 'vamos fazer disto um país melhor!'
Toda esta palhaçada a que assistimos continuamente, casas pias, apitos dourados, pts-tvis, freeports, xxx, zzz... o que é isto realmente? eu não sei dizer! sei que gostava de fazer parte e contribuir para um país bom e justo, de passar pela rua e ver as pessoas felizes... De não ficar desiludido com uma derrota, porque é disso que se trata!! talvez não seja aqui o espaço certo para falar sobre isto, peço novamente desculpa a todos, mas infelizmente sinto-me triste, revoltado e inútil perante tudo o que vejo acontecer... infelizmente a selecção acaba por ser por um lado o rastilho que acende tudo o resto e ao mesmo tempo o saco onde todos batem quando o problema é bem maior que isso...»
Este comentário na bloga reflecte o que muitos sentem, sob o actual estado da nação.
Um país sob a batuta de um grande mentiroso e seus acólitos, um país que vê nos pequenos campos deste país, a miséria a proliferar sob o manto da decadência que se acentua.
Quando mais de 150 engenheiros Portugueses nos "campos" petrolíferos da Noruega, são apenas o minúsculo icebergue de um país  que se exila arrastado para a lama por uma click de energúmenos legais com rosto, mesmo que com cara de "pau", que futuro para Portugal? 

terça-feira, 7 de setembro de 2010

EMEL, O MUNDO DO EMPREGO PARASITA

«EMEL vai subir preço do estacionamento no centro de Lisboa»

Estamos com problemas financeiros? Utilize-se a solução governamental! Aumente-se tudo, até ao estoiro final! 

Demita-se presidente da EMEL, o que Portugal precisa é de empregos produtivos, não de empregos e soluções parasitárias que replicam a ilusão e a crise!

 

MAIS OU MELHOR EUROPA: INTERVENÇÃO DE ALGUNS DEPUTADOS!

Mais Europa, ou melhor Europa?
Ambiente jurídico simplificado, burocracia?
Reformas até mais tarde? 
Mas como manter o emprego dos mais velhos até chegarem às reformas.
Ou pretende-se criar uma faixa de alguns anos em que os trabalhadores não divisam emprego nem reforma?

A LUTA DE BARROSO OU O ESTADO OU FALTA DELE NA UNIÃO

Muito bem a resposta de Barroso sobre os ciganos, o tratamento em pinças deste problema de duas ou mais pontas, que obviamente não necessitam de soluções populistas.
Muito bem também a resposta sobre a necessidade de um orçamento Europeu melhorado. 
Algumas dúvidas se poderão colocar na Europa sobre se esse dinheiro será mais bem aproveitado ao nível Europeu, ou ao nível da multiplicação dos países.
A resolução do problema está no entanto obviamente no papel dos deputados Europeus na sua própria opinião pública! 

SESSÃO PARLAMENTAR DO PE DIA 7 DE SETEMBRO: QUO VADIS EUROPA?

O que faria Paulo Rangel na sessão do PE de caneta na boca e bocejo aberto, na sessão plenária de 7 de Setembro? 
Noite mal passada ou enfado por uma sessão parlamentar em tudo igual aos trabalhos no parlamento Português?
Barroso apelidado por Cohen presidente dos Verdes Europeus, de o mais bonito palavroso do mundo, e o menos inoperante na prática, também ele vítima dos confrontos e paradoxos políticos de grupos políticos que querem simultaneamente desenvolvimento e sustentabilidade ambiental imediata, estará já saudoso do parlamento Português? 
A Europa parece seguir dentro de momentos refém de uma crise que acentua divergências e egoísmos!

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

ATÉ TU BRUTUS

Nesta coisa da política escondida com rabo inscrutado de fora, onde não se percebe se a coisa é apenas um icebergue, ou uma miragem dos que se dizem jornalistas, a verdade está sempre muito perto e muito longe, matizada  de cinza e nunca  a preto e branco... quanto mais a cores!
Quando se olha para a posição de Cavaco relativamente ao orçamento, no seu modo titubeante de quem já só se quer manter à tona, percebe-se bem que a agenda de Cavaco é a sua própria agenda.
Talvez (talvez!) o melhor primeiro ministro de Portugal depois do 25 de Abril, embora não haja ainda distância suficiente para se perceber se o despesismo é seu filho ou enteado, Cavaco está no entanto out of date, amparado na sua bengala, a sua Maria. Arrasta-se como um passarinho perdido, já tudo demasiado  demodé, esforçado e perceptível.
Fazia-nos a todos um favor: o de sair airosamente como o vento, já que o Portugal de 2010 é um Portugal diferente, escavacado por fora e por dentro.
Batem leve, levemente, como quem chama por nós!
Reforme-se, pois, sr. Presidente, e dê o lugar aos mais novos, mesmo que leve uma bengalada da sua Maria! É que não se pode contrariar o tempo! Conselho amigo de Brutus!

domingo, 5 de setembro de 2010

O BALLET ROSAMENTE PIO

Quando Gama é sujeito à imagem de um deputado presidente esfaimado, a pedir pizzas com extra queijo para obviamente forrar o estômago, que não a luxúria, não esperaria esta figura parda, do regime atipicamente democrático existente em Portugal, ser novamente chamado à liça pelo castiço advogado José Maria Martins?
Defesa de socialistas, apoio da maçonaria, não é estranho nem Ferro Rodrigues, nem Jaime Gama, não terem processado em praça pública quem lhes fez tal insinuação no processo?