sábado, 23 de maio de 2009

GERAÇÃO SOAP

«Já Zapatero reconheceu estar «muito agradecido e muito contente» por ter Sócrates ao seu lado. «É muito querido em Espanha», disse ainda.»

Ficamos à espera de Sócrates ser muito querido em Portugal. Com a nova geração on-line das novas redes sociais, a apregoada minha geração de Sócrates vive verdadeiramente deslocada no second life!

CAMARADAS

Olhar acampamentos de jogadores de futebol, a quem lhes não pagam há seis meses os modestos ordenados de 600 €, é divisar não só que há um mundo real e maioritário do futebol que tem pouco a ver com o mundo dos notáveis Ronaldo's e outros, mas é acima de tudo ver um País e um Mundo em profunda agonia social a muitas velocidades.
No dia em que o camarada Sócrates debita algumas Espanholadas no comício do seu camarada Zapatero, esperando do mesmo a solidariedade do poder camarada, definha assim o país dos não alinhados numa falta de solidariedade soberanística.
As solidariedades, hoje, produzem-se nas cores políticas, como a produzida também entre camaradas do governo e camaradas do Bdp e tantos outros embustes e desigualdades mediáticas, sendo os povos dispiciendos e apenas chamados em esparsos momentos de renovação de legitimidades.

sexta-feira, 22 de maio de 2009

APLAUSOS PARA CARVALHO DA SILVA

Carvalho da Silva pôs hoje o dedo na ferida daquilo que se passa na AutoEuropa e em grande parte do tecido empresarial Português. A falta de competitividade da economia Portuguesa tem muito mais a ver com a rigidez de preços de banca, telecomunicações ou energia do que com salários de trabalhadores. A acrescentar a este factores os de contexto da responsabilidade do Estado Português, inimigo do empreendedorismo, como a justiça, a burocracia e a carga fiscal desajustada.
«O líder sindical frisou que só se fala do custo dos trabalhadores e nunca se refere o resto, ou seja, os custos com banca, telecomunicações ou energia.
«Não interessa reduzir custos em áreas como as telecomunicações ou energia porque eles [os empresários] também são accionistas destes sectores e ganham com isso». Por isso, «há que sacrificar os trabalhadores».
«O sindicalista estranhou ainda que não se fale de outros custos da produção da unidade da Autoeuropa, onde somente cerca de cinco por cento corresponde a salários dos trabalhadores.»

A ILEGALIDADE DO MAGALHÃES OU O GOVERNO MAGALHÃES

Bruxelas considera que o Magalhães é ilegal, porque foi construído com base em ajustes directos!

Se Bruxelas avaliá-se governos, constataria também que o próprio Governo de Portugal é ilegal, não só pela prática reiterada de ajustes muito directos, como também pela legitimidade construída com base na mentira.

Entretanto, numa altura em que começa a escassear o pão à mesa de muitos Portugueses, os ajustes das obras faraónicas continuam! Com o falso e jeitoso argumento de uma leitura trasvestida de um qualquer santo vidente Keynesiano!

ABRIR A PESTANA

Quando o Estado presidencialista de Primeiro - Ministro se torna autista e a pestana teima em não se abrir, o que infelizmente se processa todos os dias, estamos perante um cataclismo iminente!
A situação da Auto-Europa está no rol desse cataclismo. É verdade que o ministro Pinho se tem desdobrado em avisos de contenção sindical, mas também não é menos verdade que a situação roça o dramático no tecido empresarial à conta disto, dito pela ANJE e que não é mais que a tradução de continuados gritos de alerta de que o sistema instalado tem vindo a desmoralizar e destruir paulatinamente o tecido empresarial Português:

«Portugal está no terceiro mundo do sistema tributário» «ter um imposto sobre um rendimento que não virá então significa que estamos no terceiro mundo do sistema tributário. Se o Governo quer criar um imposto de porta aberta, só por existência de empresa então muito bem, mas que o chame de imposto de existência de empresa»«Não faz sentido que, numa altura em que a taxa de desemprego está a aumentar, querer tributar quem ousa criar um posto de trabalho mesmo que seja a prazo. O Estado cobra mais 3 pontos percentuais porque a empresa por prudência criou esse trabalho a prazo e não sem termo»

O desenvolvimento económico só se dará quando uma inversão da percepção de que, é o Estado que está ao serviço das empresas e não o seu contrário!

quinta-feira, 21 de maio de 2009

FÓRMULA RESOLVENTE

Há quem ache que esta fórmula não resolve nada X= impostos cada vez mais altos! ... porque ocasionam menos actividade económica e logo menor valor absoluto de impostos, como aliás se comprova pela queda brutal, expectável, das receitas fiscais. Desde que as receitas fiscais se tornaram não um meio para mas um fim para sustentar a existência de falsos organismos de modernidade, que o resultado é mais decadência e menos economia produtiva.
Para mim a fórmula resolvente é muito simples e resume-se no X= - impostos indirectos. Para quem acha que isto é utópico pela rigidez da despesa ainda se poderia optar por isto. X= - impostos indirectos + impostos directos (os dos escalões mais altos).
O resultado seria neutro, não porque não pudesse até ser positivo, mas para isso era preciso que Teixeira dos Santos e todos os notáveis comilões do orçamento, quisessem abdicar de serem fautores de grande desigualdade, ou quisessem estes notáveis (quais administradores que apresentam resultados negativos há trinta anos, a necessitarem de despedimento) perceber que há vida para além do déficit e que o controle em ambiente de depressão mata feroz e rapidamente a vida à sua volta!
De outro modo, a sua ilimitada gula há-de os deixar tão à míngua como aqueles a quem se habituaram, em ambiente pouco simbiótico, a parasitar!

O CANTAR VITÓRIA DO LIBERAL POR DENTRO SOCIALIZANTE POR FORA


« ... competitividade portuguesa subiu no ranking feito por uma universidade suíça. RTP Portugal conseguiu recuperar em termos de competitividade e tornar-se no país mais competitivo do Sul da Europa. Os dados são de um estudo do Institute for Managment Development (IMD), uma universidade suíça, que colocou o nosso país três lugares acima no ranking em relação ao ano passado.»

Num tempo em que um Escudo já foi um Escudo e um Euro são duzentos dele, a melhoria no ranking da competitividade pode ter algum interesse para o País do que uma mera adulação política?

Poderá, com efeito, na percepção exterior da nossa modernidade, mas poderá também ser sintoma de um país cada vez mais insuportavelmente precário, de uma competitividade feita de slums urbanos e de cada vez mais dramas humanos. Ou seja, da vitória de um neo-liberalismo travestido de socialismo hipócrita pouco piedoso. Afinal onde está a rede de subsídios sociais das centenas de milhares de Portugueses sem emprego?

quarta-feira, 20 de maio de 2009

VOTO, ARMA DE BRINQUEDO?



Há quem ache que o voto pode ser uma arma!
O que me assusta é que a bala disparada PELO VOTO já vive num cenário de MATRIX, onde a bala corre virtualmente cansada, desviada pelos inúmeros torsos que a evitam com um esgar irónico.

A ÉTICA OU A BOLSA

«Empresários: subornar e mentir é aceitável em tempo de crise»«Cerca de 25% dos gestores de empresas consultados um pouco por toda a Europa consideraram que seria aceitável subornar clientes para manter-se no negócio e superar a recessão.

Pior, cerca de metade dos executivos questionados, que pertencem a grandes empresas em 22 países europeus, consideraram aceitável ter um ou mais comportamentos empresariais contrários à ética.»

Não só é alarmante com vem na linha directa da verdadeira e principal crise mundial: a ética das consciências!

Bom tempo para o resgaste das igrejas! Será que se posiciona já um novo regresso à espiritualidade?

ACHO, LOGO INSISTO!

posts assim, que nos estimulam o pensamento!



Preocupa-o o ACHISMO?
A mim não me preocupa o achismo, desde que o achismo seja apenas uma janela arejada do nosso pensamento.
Infelizmente, pensar ouvindo autonomamente em Portugal, cansa!
Excelente post que resume, acho ... talvez!, muito mais rapidamente a nossa decadência do que a inexistência dos sectores transaccionáveis!

AS PERGUNTAS DOS INOCENTES

«Anónimo disse...
Então o senhor Pinto de Sousa que explique porque é que no IPO se evita o tratamento a pessoas com mais de 65 anos. Ou que justifique porque é que em troca de uns genéricos gratuitos para os idosos exige o historial económico dos descendentes.Ou ainda que esclareça como é que multa pensionistas - que por vezes nem metade do equivalente ao ordenado mínimo recebem ou que nem ler e escrever sabem - por não declarem os seus rendimentos, quando nem ele, personagem com tamanha consciência civil e social, o faz.»

PENSAR PORTUGAL OU O PORTUGAL CAMPEÃO DA HIPOCRISIA?

O mais estupefactante em Portugal é verificar que as coisas nunca são o que são, mas vivem reféns no limbo das parcas e titubeantes palavras e nos interesses do poder.

Em Portugal nunca se diz o que se pensa de uma forma escorreita, porque nada é inocente. Vive-se, assim, deste jogo e neste patamar de hipocrisia e de MEIAS PALAVRAS como meio de sobrevivência que a todos, e principalmente aos mais rectos, afecta.

Afinal, para que serviu sempre em Portugal o beija mão à Igreja, senão ganhar nos céus o que não se ganhou em terra?
Há quem chame a isto o Portugal hipócrita, outros o Portugal dos pequeninos!

PRESTIDIGITAÇÃO DOS NÚMEROS OU O CIRCO DO EMPREGO/DESEMPREGO

Especialistas em manipulação de números, ou apenas acomodadores de consciências?
O problema dos números do IEFP não é novo!
Já quando ajustava e auditava neste Instituto, um dos motivos que me auto apontou a porta da rua, era a movimentação subtil e o segredo à volta dos números do suply and demand de empregos.
Afinal, a má estatística do IEFP esconde o seu segredo de não ser verdadeiramente estatística, mas um verdadeiro número do circo mediato no poder!

CORPORATIVISMO DE PRIVILÉGIO

Em pleno século XIX, pós 1ª Revolução Industrial, os antepassados dos Conservadores Britânicos face aos slum urbanos e à degradação resultante do cash-nexus do utilitarismo Britânico, solidarizaram-se com as classes trabalhadoras operárias, em movimentos como o das elites de Oxford e os Young England, promovendo uma nova consciência social de integração da sociedade Britânica, que permitiu uma não implosão social de graves dimensões.

Tudo muito contrário, às elites, leia-se aos detentores por todas as formas do poder e por via disso do dinheiro, que afecta a nossa sociedade, em muito enfermada de espírito feudal, com a agravante do individualismo reinante e da falta de sentido comunitário.

«Quiosque: Mais impostos para premiar gestores não passa (DE)»

terça-feira, 19 de maio de 2009

OS TRÊS TRISTES TIGRES DA POLÍTICA À PORTUGUESA

«Aliás, com as leis de financiamento dos partidos e dos cargos da alta administração, aprovadas por todos, um bloco central ou uma coligação nada virá a alterar. O que é hoje feito somente em benefício de um partido terá de ser repartido por dois. A corrupção não aumentará, será dividida em dois. O favoritismo, o nepotismo e a partidarização não aumentarão, serão distribuídos por dois.» de Álvaro Barreto.
Cada vez mais nos convencemos que na política à Portuguesa vigora o princípio matemático do terceiro excluído. Logo, como assevera A. Barreto, melhor que um governo de coligação a dois, seria um governo de coligação a 13, tudo bem divididinho, porque para o Português aplica-se a máxima estendida de que, assegurado é não só a morte e os impostos, mas os três tristes tigres apontados por Álvaro Barreto: o favoritismo, o nepotismo e a partidarização.