sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

A CORAGEM DOS INTRANSIGENTES!

«Há situações em que é preciso mais coragem para ceder do que para manter a intransigência. Às vezes é preciso mais coragem para fazer a paz do que para manter a intransigência».

Chapa 10 (em 10) para Manuel Alegre! O que é que se ganha com a intransigência? Quem ganha com ela? Não seremos todos perdedores?

A PRESSÃO DAS ARMAS OU
COM AS ARMAS QUE TEMOS NAS MÃOS!

Nos últimos dias temos assistido à contínua pressão das Forças Armadas para repor a sua condição, fruto da política suicidária do governo dos últimos anos de não reposição de poderes de compra, daquilo que é designado como a contrapartida da condição singular das "Forças em Parada".

Temos assistido também, nos últimos dias, a alguma abertura do Governo, com o "r. entre as pernas", fruto de algum receio de acção não contida e desesperada de alguns mais aventureiros, dos "com as armas que temos nas mãos!".

Obviamente que alguma pressão efectuada por Loureiro dos Santos, tolerável e perceptível para uns, intolerável para outros, levará a que os governos repensem no futuro a dimensão das Forças Armadas a fim de evitar serem postas em sentido por elas.

Se parece tolerável que os militares advoguem a reposição de algum poder de compra, é intolerável viverem com os olhos postos na relação remuneratória entre outras classes profissionais, até porque a situação pós-guerra colonial não parece implicar o mesmo tipo de risco.

O Portugal das corporações debate-se, assim, no palco dos interesses mesquinhos, enquanto o interesse geral e igualitário de classes sem poder reivindicativo continua alegremente a minar esta nação cada vez mais exígua!

"GOVERNANCE" À LA LETTRE? ... OU ESTADO POUCO ÉTICO DA EX-NAÇÃO!

Destaque de um excelente artigo publicado no blosedes, da autoria de José Girão, podendo ser visto aqui, que mete o dedo na ferida daquilo que inviabiliza uma boa "governance!".

Do excelente toque nas feridas do seu artigo destaca-se ... perspectiva institucional e organizacional assente numa cultura individualista ( ou de grupo corporativo)... maioria dos membros do CC representem maioritariamente os interesses dos “corpos internos”, em lugar de representarem o conjunto dos interesses mais globais (”constituencies” ) ...os “membros externos” do CC são co-optados pelos “membros internos, para já não falar dos casos em que a tutela da instituição reserva para si o direito de nomear alguns deles...Não admira, assim, que a qualidade da “governance” (pública e privada) seja em Portugal tão pouco eficaz, tão estática, tão pouco motivadora e tão pouco conducente à inovação e melhoria do bem-estar.

O ESTADO DA NAÇÃO:DEZ. 2008

«Solidariedade: Presidente da União das Misericórdias assinala aumento da pobreza envergonhada»


Será só reflexo da crise Internacional? Ou será reflexo do esvaziar económico-financeiro dos últimos anos, operado pela fixação da correcção do deficit da poupança , a qualquer custo, de muitas famílias e empresas?

quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

GOVERNANTES DE PARADIGMAS PASSADOS

Sobre um interessante artigo de Fernando Adão da Fonseca postado aqui no espaço BlogSedes.

«A avaliação de desempenho dos professores, com reflexos salariais e de progressão na carreira, só faz sentido num sistema educativo em que as escolas têm uma forte autonomia no domínio da gestão pedagógica, financeira e, sobretudo, dos recursos humanos.»


A escola hoje é o recreio, escola da vida, espaço social ... a aprendizagem, a diversidade, o conhecimento estão a um click! A diversidade não se compadece com a normalização e a difusão única do conhecimento!

Afinal, quem é quem tem medo da autonomia e da diversidade no espaço da unidade na diversidade? Os professores? Parece-me bem que não!

Como em outros múltiplos palcos há que dar o protagonismo aos verdadeiros actores e saber ouvir, ouvindo, porque o tempo das elites criadoras, alheias ao mundo alargado já finou!

E não ouvir apenas o umbigo, neste novo espaço mundo, é tão bonito, criador e motivador!

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

ESTÍMULOS PARA OS PORTUGUESES

Caro Egas Salgueiro "enligt-me" se estou errado! Abaixamento do IVA durante 1 ano, não, mas exemplo 1: diminuição da carga fiscal, sim!
Nem mesmo colocarmo-nos ao nível das taxas de Espanha para deixarmos de financiar o orçamento Espanhol? Será que não devíamos por uma vez experimentar receitas novas? É que as antigas já provaram que não promovem take-off's? Afinal continuamos a queixarmo-nos todos passados 34 anos!
E permita-me que lhe exponha algumas hipóteses de voltarmos a colocar Portugal no bom trilho!

Hipótese 1: diminuir os custos de contexto, e como eles sobem todos os dias mesmo em ambiente de recessão! Aliás é desporto nacional! Meter a mão no orçamento de todos, irra, que metermos a mão na verdadeira massa é bom para o outro!

Hipótese 2: diminuir fortemente as desigualdades sociais, tipo ordenado mínimo para 750€ (obviamente dizendo aos de cima, que o facto de aumentar o ordenado mínimo não significa reajustar tudo por aí acima; afinal, são os Portugueses solidários ou uns tremendos de uns individualistas gananciosos? E olhai para o Brasil: no dia em que diminuiu ligeiramente as desigualdades, o crescimento disparou! Além disso, caro Egas, enquanto houver Portugueses a ganhar 450€ por mês, que nos devia envergonhar, o "jeitinho" vai continuar a pulular ... ou queriam que os homens alimentassem as famílias, como? É por isso caro Egas, que tenho uma curva de Lorenz e um índice de Gini na porta do meu frigorífico! Para todos os dias me penitenciar de como somos a-sociais e des-solidários!

Hipótese 3: substituir importações, puxar as orelhas aos governos, mandá-los de férias mais os deputados com férias graciosas e dizer-lhes: deixem-nos trabalhar, voltem daqui a uns anos!Mas esta hipótese 3, só mesmo puxando também orelhas em Bruxelas!

De resto estou convencido que esta crise, aponta já para um brilhante mundo novo, lá para 2010, quando a visão de Sócrates se cumprir: carros eléctricos a perder de vista numa cidade repleta de tomadas monofásicas produzidas em fábricas de Portugal e aerogeradores desde o arco da Rua Augusta às torres das Amoreiras! Nesse dia o silêncio imperará em Portugal e multidões de Portugueses, formados nas novas oportunidades serão aliciados à porta dos centros de emprego para que não se feche mais um importante instituto público de importância capital para Portugal e para o erário público (e olhe que já por lá andei!).

Mas para isso caro Egas, para isso, é preciso tirar de lá a srª Ministra, que nos anda a deprimir!
De resto concordo, em quase tudo, consigo!

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

ELEFANTES SOBRE RODAS

«A segunda para referir, embora não tenha tido meios de o confirmar pessoalmente, que alguém bem informado sobre os estudos do TGV me disse que os passageiros previstos naqueles estudos eram o equivalente a uma ponte aérea, com aviões de 7 em 7 minutos…», comentário de VB postado aqui.

À cause dos TGV e de um artigo "Sedeano" avisado de Luís Campos e Cunha.

Caro VB acabei de puxar da minha calculadora ex-post integrada, de qualidade muito superior a qualquer folha de cálculo do Magalhães e tumba: um TGV para Madrid com capacidade digamos para 500 pessoas a 7 mns., multiplica-se por … perdão, perdão que não sou engenheiro … enfim … 24 horas x 60 mns = 1440 ms/dia … enfim 200 TGV por dia para Madrid x .. ai está 100.000 Portugueses todos os dias para Madrid … qq. coisa como 3.000.000 por mês … mas, mas atenção eis que não voltam, fizeram agulha para França, Suiça … aí que desgraçamos o País, ou talvez não, que assim já temos um superavit na Balança Comercial … e muitos … muitos menos Portugueses! Ó Seguro, ó Seguro, fecha lá o TGV se não daqui a trinta e três dias já só cá estamos nós e o Aníbal!

Só para dizer que eu aceito tudo: um povo brilhante, políticos brilhantes … só que como nem tudo o que brilha é oiro, o que sofro à míngua é um português (ou um político? também já não sei!) com uma dose mínima de bom … senso!

Ah, e entretanto fechem a Tap e enfeitem as capitais de distrito com um avião na rotunda e nos fontanários das entradas!

Não há por aí ninguém que queira é ordenar o território?