Carta a Pinho Cardão
Considerando o tempo de Cavaco um dos melhores da democracia, dou de barato que não o tenha sido para muitos, como dou de barato que o aumento da carga de impostos e desproporcionado de salários desequilibrou a distribuição de riqueza, dando vigor aos não transaccionáveis e a uma economia baseada no impedimento e na regulação de interesses. Terá começado em Cavaco o descalabrado das finaças públicas? Talvez, o futuro e a análise no futuro o dirá!
De qualquer modo a falta de vigor e ardor permitiu a miséria dos últimos anos, com os Portugueses com ethos mínimo a "vomitarem" pelos olhos o estado moral e ético da nação, que leva ao empobrecimento de todos os dias.
Não bastam homens que se agarram à espuma dos dias, é preciso homens cujo objectivo e coragem os definam como estadistas. Cavaco está velho e gasto! Já não é uma reserva da nação, porque Portugal já há muito entrou na reserva. A sua gestão de silêncios, o seu horror ao contacto com o homem da rua (gaffe também de Alegre: «que horror esse homem que nos sustenta a impostos!»), a necessidade da sociedade civil se impor, fazem-me votar em Nobre.
Não sendo político, não sendo mesmo um homem da palavra, tem a virtude de ser um homem de palavra e de humanidade, a quem não enoja o braço dado com o homem da rua, afinal fim Nobre e último da política. Muita desta geração dita elitária precisa. encontrar-se com o Portugal da palavra e da humanidade!
Entretanto 40.000 negócios que sustentavam outras tantas dezenas de milhar de famílias desapareceram no actual ano, vergadas por novos códigos contributivos, por aumentos de preços dos transaccionáveis, por novas taxas da administração fiscal,... aconselho todos os presentes e colegas economistas e gestores, a relerem Economia da Empresa de Mata, e a relembrarem os mecanismos da perda de valor e bem estar para os consumidores, em detrimento das grandes empresas monopolistas da nossa praça - de mão dada com os seus simbióticos tutores: os políticos sapos que querem ser bois!