sábado, 27 de novembro de 2010

BERARDO DIZ: HÁ ALGO ERRADO EM PORTUGAL SOB A FÓRMULA CGS

Berardo diz que há algo errado em Portugal.
Cavaco pagava para retirar as videiras.
Guterres para as pessoas ficarem em casa.
Sócrates para para liquidar as PME.

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

O DIABO DA PROPAGANDA


Quando a VISÃO, seguindo O DIABO,  fala de "  à beira da revolta" , as causas são perceptíveis.
Para um povo calmo como o Português estar à beira da revolta, só recorrentes motivos como este, demonstrativos de um mau carácter congénito, o podem fazem sair do individualismo e do comodismo reinante. 

Agora, Vieira da Silva para as finanças, outro ministro esgotado e que se arrasta na sua própria consciência, é de rir e só se justifica pela necessidade de Sócrates manter os buracos e as  sombras cinzentas em família.

OS PAPA PORTUGAL

GANHAR DINHEIRO ESTÁ À MÃO DE UMA NOTÍCIA

«Berlim, 26 nov (Lusa) -- O Ministério das Finanças alemão negou hoje que esteja a pressionar Portugal para recorrer ao Fundo Europeu de Estabilização Financeira (FEEF) para proteger a Espanha e afirmou não ver necessidade de que isso aconteça.
"Desmentimos a notícia [do Financial Times Deutschland], não temos explicação para ela. Só podemos dizer que essa não é a nossa opinião e que não vemos necessidade de Portugal recorrer ao Fundo de Estabilização Europeu", declarou à Lusa, em Berlim, Bertrand Benoit, porta-voz para a imprensa estrangeira do Ministério das Finanças.
A edição alemã do Financial Times adiantou hoje que uma maioria de países da zona euro e o Banco Central Europeu (BCE) estão a pressionar Portugal para recorrer ao Fundo Europeu de Estabilização Financeira (FEEF), como fez a Irlanda, para proteger a Espanha.»
Cá, como lá, a mentira e o cinismo reina!
Há mais de 35 anos que a música de José Afonso do, "  eles comem tudo e não deixam nada, não era tão actual ".

OS AMIGOS DE SÓCRATES: ARRANJADINHOS, RICOS E MAUS

Gestão ruinosa no Taguspark

«Rui Pedro Soares, administrador não executivo do Taguspark, foi o interlocutor do escritório de José Miguel Júdice num projecto-fantasma de criação de um grupo de comunicação social que incluía a TVI. Os auditores dizem que o processo está pejado de irregularidades...»

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

UMA POSSÍVEL DESVANTAGEM DO TELETRABALHO DO PONTO DE VISTA DO EMPREGADOR: A DIMINUIÇÃO DA COESÃO NO SEIO DA EMPRESA



No mundo das relações laborais os conceitos de Teletrabalho, como o Home-Office, abundam. A origem do conceito de Teletrabalho parece remontar a um senhor de seu nome Nilles[1]. Para Maria R. Almeida, remonta, no entanto, à introdução dos termos “Dominetics” e “flexiplace”. Para a autora de O Teletrabalho: levantamento e caracterização” [2] a desagregação do emprego clássico fazem a passagem do modelo “burocrático – mecânico” a um modelo “orgânico – flexível”, assumindo múltiplas formas de relação de trabalho como o dependente e o “free-lancer”, cuja evolução será importante para a compreensão e desvantagem que abordaremos. A flexibilização e exteriorização, que o teletrabalho permite, agregam múltiplas vantagens e desvantagens, seja do ponto de vista do teletrabalhador, da empresa ou mesmo da sociedade.
Há uma desvantagem do ponto de vista da empresa que parece dificultar e prejudicar a denominada cultura de empresa: a “diminuição da coesão no seio empresarial”. Teletrabalhadores dispersos geograficamente com fraca criação de laços sociais e profissionais parecem ter consequências na criação e manutenção de uma cultura empresarial forte. Mas será inevitável? Será que a inevitabilidade da falta de lealdade empresarial não é uma consequência datada, na sua forma de sentimento de não pertença, não passível de se transmudar e acompanhar o ritmo incessante das novas formas de estar à distância? Quando fala de ética, impactos e segurança na implementação das tecnologias de informação, Turban[3] parece responder a essa pergunta: “…o trabalho remoto força os gerentes a administrar por resultados em vez de supervisão” (Turban, R. Kelly Rainer, & Potter, 2003, p. 519). Ana Matias[4] citando por outro lado (Carvalho, 1996)[5] como que reforça a importância dos factores culturais nas (boas) práticas de gestão, “crença no facto da cultura constituir um factor de diferenciação das organizações… sendo a boa cultura da organização um factor explicativo do sucesso económico”.
A essência da cultura de uma organização recheada de características como “a identificação do funcionário mais com a sua empresa no seu todo, do que com a sua profissão ou tarefa específica” (Teixeira, 1998)[6], faz-nos lembrar que a alteração dos tempos e mentalidades, daquilo que era o paradigma há duas dezenas de anos, alterou radicalmente nesta sociedade mais escolarizada do conhecimento, traduzindo-se em novas expectativas face ao trabalho. A maior qualidade de vida, a polivalência e a humanização do trabalho, estão à mão de um “click” ou de uma “Web câmara”.
A lealdade institucional como consequência eventual dessa diminuição da coesão à distância, generalizada ou não datada, parece, assim, poder perder-se ou sustentar-se em bases frágeis, assim como a perda da motivação e produtividade dos teletrabalhadores. Ou à distância é cada vez mais a distância, e “este” até é o lugar próprio para nos certificarmos? Obviamente que a manutenção por omissão de uma cultura empresarial adequada, como afirmado por (Almeida, 2000, p. 11), não pode nem deve fazer esquecer, que para realidades diferentes do enquadramento do teletrabalho, há inevitavelmente respostas diferentes. Diz a autora mais à frente que a experiência Americana trás consigo o sucesso, dada a “existência de um espírito empresarial altamente desenvolvido” (Almeida, 2000, p. 15). Experiências como a Europeia ou a Japonesa, obstaculizam-se em idiossincrasias próprias, como no último caso da “ aversão profunda dos Japoneses a trabalhar longe da empresa” (Almeida, 2000, p. 15). A diminuição da coesão intimamente ligada, também, à possibilidade do multi-emprego, para entidades distintas daquela para a qual foi estabelecida a situação de teletrabalho (DeltaConsultores)[7], permitindo complementos de trabalho, de carácter temporário ou ocasional, nefastos à empresa empregadora, por previsíveis quebras de produtividade, ou quebra de confidencialidade e sigilo. Assunto sério, já que a diminuição da coesão no seio da empresa entronca noutra putativa desvantagem deste modelo, em riscos de segurança e confidencialidade da informação. Obviamente, como diz Filipe Carrera[8], a percepção do trabalho da nova “sensorialidade virtual”, com recurso aos novos meios de comunicação, como a Internet, é visto cada vez mais como uma sensação de presença, “como alguém que no mundo físico entra no espaço onde estamos” (Carrera, 2009, p. 177), pelo que os laços enfraquecidos pelos meios de comunicação terão tendência a serem esbatidos à medida que o “estranhar dê lugar ao entranhar”. O facto dos meios digitais serem cada vez mais visuais, graças às larguras crescentes de banda, levará a uma nova percepção da dimensão do trabalho. Como diz novamente (Carrera, 2009) a informação já não é poder, tendo perdido o seu carácter de recurso escasso e inacessível, sendo hoje o recurso mais escasso e valorizado o tempo de qualidade. As desvantagens como a diminuição da coesão no seio da empresa do teletrabalho “tipo versão 1.0” serão eventualmente diluídas com a afirmação de um novo teletrabalho “tipo Versão 2.0 ou mesmo 3.0”.
No mundo real crescentemente acelerado, sempre dois passos à frente das análises, a “realidade teletrabalho” regressa com as Tele – Escolas séc.XXI, escoradas agora em mais poderosas ferramentas de informação e comunicação. Os “Teleprofessores” actuais são já uma realidade no ensino a distância, sendo cada vez mais uma espécie de “Wikiprofessores” em espaço de “Prosumers”. A percepção das alterações de competência e qualidades na idade abordadas por (Arvola, s.d., p. 7), no seu trabalho de investigação da Universidade de Tallinn sobre “o Telework as a Solution for Senior Workforce”, como a perda da força física, visão e memória, em contraponto com mais fortes competências de comunicação, ética no trabalho e lealdade e independência, dão uma resposta clara (numa U.E. com 35% de previsão em 2025, da sua força de trabalho no escalão etário dos 50-64 anos), da importância do perfil não só etário na adequação ao teletrabalho como também no psicológico.
 A desvantagem da diminuição da coesão no seio da empresa soçobrará, assim, numa sociedade em mudança cada vez mais alicerçada em profissões do conhecimento.

Bibliografia

Almeida, M. R. (08 de 2000). O Teletrabalho: levantamento e caracterização (Projecto Victoria ADAPT). Obtido em 15 de 11 de 2010, de http://www.apdt.org/victoria/projecto_victoria.pdf
Arvola, R. (S.D.). Telework as a Solution for Senior Workforce (research in...). Tallinn: http://www.telework.ee/public/Vanemaealised_ja_kaugtoo_Rene_Arvola.pdf.
Carrera, F. (2009). Marketing Digital na Versão 2.0. Sílabo.
Carvalho, J. F. (1996). Psicossociologia das Organizações. Alfragide: MacGraw-Hill.
DeltaConsultores. (s.d.). Teletrabalho. Obtido em 15 de 11 de 2010, de DeltaConsultores: http://www.dlt.pt/_serv_teletrabalho.asp
IEFP: A Silva, J. L. (2000). Teletrabalho em Portugal. Lisboa: IEFP.
Jack Nilles em Portugal – I Lisboa uma cidade que tem de se colocar no mapa do Teletrabalho. (2006). Obtido em 15 de 11 de 2010, de Infotil: http://www.janelanaweb.com/reinv/nilles.html
Matias, A. M. (S.D.). Cultura Organizacional. Obtido em 18 de 11 de 2010, de http://www.ipv.pt/forumedia/5/16.htm
Rodrigues, L. V. (01 de 2006). Teletrabalho. Coimbra.
Teixeira, S. (1998). Gestão das Organizações. Alfragide: McGraw Hill.
Turban, E., R. Kelly Rainer, J., & Potter, R. E. (2003). Administração de Tecnologia da Informação. Rio de Janeiro: Editorial Campus.



[1] Ver Jack Nilles em Portugal – I Lisboa uma cidade que tem de se colocar no mapa do Teletrabalho. (2006). Obtido em 15 de 11 de 2010, de Infotil: http://www.janelanaweb.com/reinv/nilles.html
[2] Almeida, M. R. (08 de 2000). O Teletrabalho: levantamento e caracterização (Projecto Victoria ADAPT). Obtido em 15 de 11 de 2010, de http://www.apdt.org/victoria/projecto_victoria.pdf
[3] Turban, E., R. Kelly Rainer, J., & Potter, R. E. (2003). Administração de Tecnologia da Informação. Rio de Janeiro: Editorial Campus.
[4] Matias, A. M. (S.D.). Cultura Organizacional. Obtido em 18 de 11 de 2010, de http://www.ipv.pt/forumedia/5/16.htm
[5] Carvalho, J. F. (1996). Psicossociologia das Organizações. Alfragide: MacGraw-Hill.
[6] Teixeira, S. (1998). Gestão das Organizações. Alfragide: McGraw Hill
[7] DeltaConsultores. (s.d.). Teletrabalho. Obtido em 15 de 11 de 2010, de DeltaConsultores: http://www.dlt.pt/_serv_teletrabalho.asp
[8] Carrera, F. (2009). Marketing Digital na Versão 2.0. Sílabo

DEMISSÃO DO SECRETÁRIO DO ESTADO DO DESPORTO JÁ!

O secretário de Estado do Desporto devia-se demitir já.
Por não ter feito perceber aos seus homólogos que taxar ginásios e piscinas a 23% é dizer aos Portugueses: continuem a ir ao hospital que medidas de profilaxia, de medicina preventiva e desporto saudável é pura ficção. FIZERAM AS CONTAS AOS GANHOS  E PERDAS? NÃO, PORQUE FUNCIONAM EM CIMA DO JOELHO!
Idiotas!

SERÁ QUE TS SE VAI DESPEDIR DOS BANQUEIROS?

O desvirtuamento do orçamento já começou. 
Os animais mais iguais que os outros, sejam os hospitais (pobres médicos), sejam os outros iguais que se consideram imprescindíveis já se posicionam. A crise não é financeira, é de valores.
Como num bom marketing num mau produto, o marketing viral já se espalha às múltiplas empresas públicas e derivados.
Será que TS desta vez inocente perante a máquina mafiosa vai entregar os pontos ou avisar que vai assobiar ao FMI?   
Não será que Portugal só lá vai com um regime tipo Khmeres Vermelhos?

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

VOX POPULI

«Manel , | 24/11/10 12:20
A Alemanha e Sra. Merkel estão a tornar-se os coveiros da UE.
O espírito nacionalista sobrepõe-se.»

O NOVO ERRO DE PASSOS

A medida de apoiar a diferença é impensada por Passos?

Penso que sim, porque o vai fazer perder muitos votos.
Porque as empresas que fala são empresas do não transacionável, são empresas que verdadeiramente não vivem na concorrência. 

Uma coisa são empresas privadas em concorrência, outra as que vivem em monopólio.

Tudo o que seja empresa levemente beliscada pelo Estado devia sofrer cortes e profundos. Não concordam?

Fujam à iliteracia económica que tem afundado Portugal, Estudem Economia da Empresa, leiam a parte II de Mercados e empresas, leiam o José Mata, aprendam e mudem de ideias.

O CIVISMO ATÍPICO DO SR. CASTILHO DOS SANTOS

«O secretário de Estado da Administração Pública manifestou, esta quarta-feira, o desejo de que a greve geral decorra com «civismo e no espírito da lei», reiterando ainda que os serviços mínimos em diversos sectores públicos estão a funcionar com normalidade.

«O que importa sublinhar é que o direito à greve seja exercido num ambiente de civismo, de respeito pelo direito das pessoas, quer as que optam por aderir à greve, quer as que não. É isso que penso que num estado direito democrático se pede no respeito pela liberdade de todos», disse Gonçalo Castilho dos Santos, em declarações à agência Lusa.»

São estes indivíduos recrutados nas juventudes em quem nunca votamos, que não possuem a mínima legitimidade democrática, que demonstram um total falta de cuidado com os nossos impostos  que falam em civismo? 

HEIL MERKEL OU A PAGA DA HUMILHAÇÃO EM FORMA DE EUROPA A RASGAR OS TRATADOS

http://wehavekaosinthegarden.blogspot.com/search?q=merkel
«http://wehavekaosinthegarden.blogspot.com
Está a ficar cada vez mais claro: os alemães não querem na “sua” Europa os países do sul. Parece haver uma estratégia concertada para expulsar do Euro os países do sul e a Irlanda. Assim se explicam as sucessivas declarações bombásticas por parte de Angela Merkel e de outros responsáveis franceses. Estes “desabafos” são obviamente concertados e ensaiados e se fossem apenas uma sincera vontade de, a partir de 2013, fazer recair sobre os especuladores uma parte dos prejuízos de eventuais reestruturações das dívidas públicas, então tal opção seria primeiro debatidas nas chancelarias, aperfeiçoada e aplicada de sopetão e nunca “soprada” para os Mercados desta forma lenta e vaga… O desejo de prejudicar as economias do sul é, portanto, evidente.
Se o “diretório dos grandes” não quer junto a si os países do sul (e presume-se que também não queira os do Leste, que estão ainda em pior situação económica) então é a própria base do edifício europeu que está a ser minada pela sua base, impondo-se assim uma severa reconstrução ou mesmo, a sua total demolição… havendo assim a necessidade de encontrar alternativas estratégicas para o rumo de Portugal.»
Realidade ou ficção? Não sabemos! Mas que começa a parecer-se muito com a realidade, parece-se!
E a ingratidão com a compra de dois submarinos é evidente!

Não é altura de procurarmos outras alternativas?

MIGUEL FRASQUILHO:SUBSCREVE-SE

«Irlanda vs. Portugal, ou Sociedade vs. Estado


Depois da Grécia, obrigada a recorrer à ajuda do FMI e do mecanismo de estabilização europeu em Abril último, eis que chegou a vez da Irlanda, que aceitou a criação de um plano de auxílio que decorre das urgen-tes necessidades de refinanciamento e recapitalização do sector bancário.

É conhecido que sou, desde há muito, um admirador confesso das opções que as autoridades irlandesas tomaram em matéria de política económica desde a segunda metade dos anos 80. Que, no espaço de pouco mais de uma década, guindaram o país para o topo do nível de vida europeu, só com o Luxemburgo acima.

Também não é novidade que, em Portugal, toda a esquerda (PS incluído) sempre viu com desconfiança o sucesso irlandês – pelo que não é surpreendente a mal disfarçada satisfação, e mesmo o sarcasmo, perante as tremendas dificuldades financeiras que desde há cerca de dois anos a chamada “ilha verde” tem vindo a viver crescentemente: “Oh, então a Irlanda não era um sucesso?!... Pois agora até está pior do que Portu-gal!...” – eis, entre outras, duas expressões que alguns, pouco informados e ávidos de mostrar que não esta-vam errados, (me) têm referido, com um sorriso nos lábios, nos últimos tempos.

Desengane-se quem pensa que mudei de opinião sobre a Irlanda. E não mudei por um motivo simples: as origens da crise irlandesa nada têm a ver com as opções de política económica das autoridades do país. O que, por outro lado, faz com que as dificuldades de curto prazo da economia irlandesa não sejam, felizmente para nós, minimamente comparáveis com o que se passa em Portugal. Explico porquê em seguida.

A crise financeira da Irlanda, que levará à intervenção do FMI e da Comissão Europeia tem a ver, única e exclusivamente, com uma gestão imprudente, irresponsável e, por isso, absolutamente condenável, dos ban-queiros e gestores do sector financeiro do país. Sobretudo devido ao desmedido avolumar de uma bolha imobiliária financiada internamente, e a uma elevada exposição ao fenómeno do subprime. Quando a crise conhecida por este nome rebentou nos EUA, originando uma forte quebra nos preços da habitação, começa-ram as dificuldades nos bancos irlandeses: os “buracos” foram sendo conhecidos pela abrupta perda de valor dos activos inscritos – quer os do outro lado do Atlântico, quer os resultantes do rebentamento da bolha imobiliária doméstica – nos balanços. E, quando a recapitalização total necessária no sector financeiro ainda está por apurar, mas se julga poder ascender a próximo de EUR 100 mil milhões (!), ou cerca de 60% do PIB irlandês, percebemos que não há Estado que resista – por mais acertadas que tivessem sido as políticas prosseguidas*. E foram: nos 12 anos entre 1996 (ano em que foi decidido que o projecto do euro se iniciaria em 1999) e 2007 (ano em que foram conhecidos os primeiros efeitos da crise), a Irlanda registou 10 (!) excedentes orçamentais, que em média representaram 1.5% do PIB por ano; a dívida pública média foi de 40% do PIB (25% em 2007); o défice externo (balança corrente) foi, em média, de 1% do PIB por ano e a dívida externa (medida pelas responsabilidades externas líquidas da economia) era pouco superior a 15% do PIB no fim de 2007. No mesmo período, o PIB cresceu a um ritmo médio anual superior a 7%; o nível de vida (PIB per capita corrigido pelas paridades do poder de compra) subiu de 106% da média da UE-27 para 144%; a produtividade cresceu, em média, quase 3% ao ano; a taxa de desemprego média foi de 5.8% da população activa (4.6% em 2007).

Já em Portugal, no mesmo período, em todos os anos existiram défices públicos e externos que, em média, representaram 3.6% e 8.8% do PIB, respectivamente; a dívida pública média anual foi de 57% do PIB (mais de 62% em 2007) e, em 2007, a dívida externa atingia mais de 90% do PIB (10% em 1996). O crescimento médio anual do PIB foi de 2.3% (abaixo da média europeia de 2.5%); o nível de vida desceu de 80.5% para 75.3% da média da UE-27; a produtividade cresceu, em média, 1.3% ao ano; a taxa de desemprego média foi de 6.1% (8.1% em 2007). Creio que os números falam por si, tornando notórias as diferenças…

Felizmente que em Portugal o sector bancário não foi gerido como na Irlanda (onde estaríamos agora se tivesse sido?...), o que faz com que a situação financeira não seja, nem de perto nem de longe, tão aflitiva como a irlandesa. Só para se ter uma ideia, a dívida pública celta deverá, em 2010, rondar 100% do PIB (recorde-se, 25% em 2007) e o défice público subirá, ainda que pontualmente, é certo, para cerca de 32% do PIB!... Tudo para evitar o colapso do sector financeiro (só o salvamento do Anglo Irish Bank será respon-sável pela deterioração do défice de 2010 em quase 20 pontos percentuais do PIB…).

Mas não tenhamos ilusões: se a curto prazo a situação portuguesa é financeiramente bem menos dramática do que a irlandesa, já a médio e longo prazo, estamos… pior. Uma vez salvos os bancos na Irlanda e coloca-das as contas públicas em ordem (num plano a 4 anos), aquele país tem todas as condições para recuperar o dinamismo que ainda recentemente o caracterizava. Já em Portugal… o problema é estrutural e prende-se com (falta de) competitividade, como os números atrás referidos bem mostram.

Essencialmente, porque o trabalho de casa – impopular, é certo, mas com repercussões positivas a médio prazo – não tem sido feito como devia pelos decisores políticos em múltiplas áreas que já muitas vezes apontei em escritos anteriores.

De forma simplista, creio não ser descabido concluir-se que na Irlanda foi a sociedade que tramou o Estado; já em Portugal, tem sido o Estado a tramar a sociedade. Uma diferença elucidativa que, felizmente, nos é favorável no imediato – mas cujas implicações a médio e longo prazo não podem deixar de nos preocupar.


* Claro que se pode sempre falar em falhas de supervisão e regulação na área financeira – mas deve recordar-se que elas não foram um exclusivo da Irlanda (muito pelo contrário) e têm mais a ver com a actuação das entidades reguladoras do sector (nomeadamente o banco central) do que propriamente com o Governo. E que dizer quando os dois bancos irlandeses (Bank of Ireland e Allied Irish Bank) submetidos aos stress tests realizados pelo Comité das Autoridades Europeias de Supervisão Bancária em conjunto com o Banco Central Europeu em Julho último cumpriram os requisitos mínimos exigidos?...

Nota: Este texto foi publicado no Jornal de Negócios em Novembro 23, 2010
posted by Miguel Frasquilho @ 22:47»

PS: PARTIDO DE CRIMINOSOS?

 «A geração mais qualificada de sempre está a deixar o país» Retrato de uma geração sem saída: um em cada 10 licenciados emigra»
Com a geração menos qualificada no poder, ignorante e "  Greedy"  , cometendo todos os dias erros de palmatória, Portugal continua a afundar-se.

JN: «Empresas do Estado fogem a corte salarial»
PS aprova regime de excepção para evitar fuga de quadros da Caixa Geral. Medida pode ser adoptada pela TAP, CTT, CP, Refer e ANA, entre outras
Esta medida do PS é mais uma medida criminosa que protege apenas os apaniguados do Partido, discriminatória, anti-democrática e anti-económica.

Passando por cima de todas as outras, o sector não transaccionável QUE SE CONFUNDE EM GRANDE MEDIDA COM AS EMPRESAS DO ESTADO OU COM MONOPÓLIOS NATURAIS PRIVATIZADOS, ao não diminuir os custos, e impor custos irreais a montante ao tecido que emprega, estrangulará o resto da economia nacional. 
Quando tiverem 30% de desempregados não se queixem.
Idiotas! 
É preciso criminalizar os idiotas que tomam estas medidas!


terça-feira, 23 de novembro de 2010

OS REGIMES DE EXCEPÇÃO

Já começou a caça ao regimes de excepção. 
Durante quanto tempo mais aguentaremos este gentinha?

O MERCADO DA BAIXA DO MINISTRO TS: NA ECONOMIA PRIVADA MANDAM OS QUE LÁ ANDAM

«Quando Sócrates decidiu cortar nos rendimentos à alta burguesia da Administração Pública, considerando como tal todos os que ganhem mais de 1.500 euros brutos, uma autêntica fortuna nos tempos que correm, o primeiro-ministro não deu grandes explicações, exibindo grande sofrimento explicou que esta era a última das medidas que ele decidiria.
Mas, Teixeira dos Santos, um economista reconhecido pelo seus dotes para as contas e previsões económicas, decidiu melhorar a sua imagem e transformou a excepção em exemplo. Afinal, o corte nos vencimentos não foi a última das medidas, como explicou Sócrates com um ar pesaroso, Teixeira dos Santos considerou-a como uma política de exemplo, um exemplo dado pelo Estado para que o sector privado lhe siga o exemplo, assegurando a contenção salarial.
Enfim, Teixeira dos Santos vingou-se de Vieira da Silva, o ministro da Economia deu o dito pelo não dito quanto a ir à pedincha do FMI e o Teixeira dos Santos vingou-se, decidiu entrar pela política salarial sugerindo aos patrões que façam como ele, cortem nos vencimentos dos seus empregados sem lhes dar explicações, mais ainda, aplicando cortes de forma discricionária e sem qualquer negociação.
É este o exemplo miserável que um Teixeira dos Santos desesperado pela queda da sua imagem decidiu dar ao sector privado, um exemplo de desrespeito pelas mais elementares regras da negociação laboral... em Câmara dos Comuns»
É tão certo como jogar à corda que a posição de TS, não confundir com TS de tarado sexual, não é brilhante. 
Não é brilhante porque imiscuir-se em gestões de empresas privadas é esquecer que nem todos são profissionais do amadorismo.

É que na economia privada mandam os que lá andam, e este ministro das finanças, uma verdadeira nulidade nacional, muito mais responsável que Sócrates que lhe venerou a (in)competência soberana, terá definitivamente um lugar no caixote de lixo da história da letra I do Guiness: incompetente!

Infelizmente saído também da pobre academia, que tais jumentos cria, o ministro Mendonça, louco de protagonismo, tenta tirar-lhe os louros!


SÓCRATES NA SOCIEDADE DAS NAÇÕES

Estando bem, ontem, inicialmente tenso, pois Sócrates sabe que Nuno Rogeiro é um entrevistador inteligente, informado e sem peias, foi interessante ver a melhor qualidade de Sócrates a vir ao de cima: a sua capacidade de resiliência e inteligência esperta, infelizmente anulada e negativada por uma incapacidade de abertura ao outro, que manifestamente lhe falta. 

A construção inteligente do mundo de Sócrates, mundo fechado, mundo onde sobressai a sua excelente capacidade de gestão das fraquezas próprias contrasta, infelizmente, com um excesso de narcisismo e incapacidade de empatia com o outro. 
 
Como dizia um amigo, Sócrates ficou (mal) marcado por muita coisa que lhe deve ter acontecido quando pequenino. 
E nós é que pagamos com isso?

O VÍTOR BAPTISTA, OS BLINDADOS PARA FAZER FACE AOS POPULARES, O FMI E A DEMOCRACIA

A festa na Assembleia da República continua. 
Por entre o cinismo de deputados como Vítor Baptista e Afonso Candal, o orçamento que aniquilará definitivamente Portugal não é nem minimamente retocado. A dita ""   democracia"   Portuguesa no seu melhor. Nenhuma alteração é feita quando proposta pelo(s) outro(s).
Repugnantes e de vómito, só havia um lugar para muitos destes personagens: o Campo Pequeno, onde o povo zangado os pudesse assobiar e vaiar como animais ferozes e insensíveis.

Talvez por antecipar revolta popular os blindados - e os 5.000.000 sem concurso público, verba pequena para os parasitas do sistema - estejam a chegar a Portugal. Serão utilizados amanhã na greve geral como antestreia?
Quanto terá havido de luvas para alguma desta gente de vómito e de náusea?

Numa democracia autêntica o fim dos ajustes directos estaria já há muito consagrado, e qualquer ajuste directo de verdadeira situação de emergência, teria de passar devidamente documentado por órgãos como o Tribunal de Contas e a própria AR. 
A democracia, no entanto, em Portugal, é um lugar muito mal frequentado. 
O FMI espreita, mas como Sócrates ontem disse na Sociedade das Nações, Portugal é diferente da Irlanda!
Obviamente que convêm ficar fora de olhares alheios! Obviamente para pior!

Pior não na qualidade de muitos quadros, que o demonstraram na organização da Cimeira da Nato e cujos frutos  são tirados por  homens como Sócrates - demonstrativos que há muita qualidade em muitos sectores em Portugal .
Pior, sim, mas na qualidade da democracia!

A GESTÃO DO COSTA E OS CUSTOS DE OPORTUNIDADE

«Dívida da Câmara de Lisboa acima dos 2 mil milhões
Derrapagem de 275 milhões só este ano
A Câmara Municipal de Lisboa deverá encerrar este ano com um passivo acumulado de cerca de 2,2 mil milhões de euros, avança o «Público».
Só este ano, o passivo anual deverá ser de 353,2 milhões de euros, mais 275 milhões do que o orçamentado para 2010, que não ia além de 77,9 milhões de euros. Este era o valor inscrito na proposta de Orçamento de 2010, que não chegou a ser aprovada.
O jornal escreve ainda que, no final do ano, o capital em dívida às instituições financeiras rondará os 464,7 milhões de euros, menos de 20 milhões do que no início de 2010.»

Uma avaliação de 4 em 4 anos é insuficiente para a manutenção da democracia. 
O Costa que foi a banhos para Cancun, é o exemplo perfeito do homem de Direito que invade o espaço do homem de gestão.
Curiosamente nalgumas áreas, como a do ensino desportivo este governo incongruente fechou as portas a outras formações com excepção dos licenciados em educação física. 
Porque não se faz o mesmo também na área da gestão? Talvez porque não convêm! 
É que o elemento custo de oportunidade, é um elemento económico fundamental para a gestão, irrelevante para o direito!

O CRIME TEM VÁRIOS ROSTOS

Qual a diferença entre um criminoso que comete um crime baseado no engodo do abuso de confiança, e um alegado legitimário que o é por enganar com falsidades e promessas?

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

XÔ FMI, XÔ FMI


«Sócrates diz que há quem deseje o FMI, mas garante Portugal não precisa»

Precisar, precisava. Mas não convêm que ninguém ponha as mãos nas contas, não é?

Antes foi o Desapareça de Soares. Agora o Xô de Sócrates.

Que mais irá acontecer?

 

UMA FRAUDE CHAMADA GOVERNO OU O SOCIALISMO DOS RICOS

«Mestrados em Portugal chegam a passar os 30 mil euros»

É por esta e outras que Sócrates e o seu governo não passam de fraudes.

RUI PEREIRA:O CRIME ECONÓMICO

O gasto de 5.000.000 em ambiente de crise brutal feito pela administração interna é criminoso!

Numa altura em que muitos Portugueses estão desempregados e já nem dinheiro para comer têm, este senhor demonstra como merece ser chutado de funções que exigem senso e responsabilidade.
A não ser que a ideia seja bater nos pobres e desempregados que irão começar a pulular à procura de alimento nos caixotes.

Vergonhoso!

domingo, 21 de novembro de 2010

INSIDE SOLIDÁRIO

Não há definitivamente dúvida que na vida há sempre pelo menos dois olhares, olhares que todos os dias se renovam. A política tem esse lado perverso de não nos deixar olhar neutralmente, quanto possível, os vários olhares da vida.

O bom político será com certeza aquele que se consiga libertar da box, e consiga viver em constante estado de empatia e humildade. Não é fácil, porque a luta de trincheiras e as lealdades afagam todos os dias o nosso o ego. O nosso porque somos todos políticos. Por isso o socialismo, a social democracia ou a democracia popular são apenas diferentes na ousadia dos putativos líderes.

Sendo um quase velho novo ou um novo quase velho para a vida e para o emprego, tenho ainda  a ambição de ver um mundo novo na política, com gente que sirva q.b., gente que faça da política e dos lugares públicos apenas mais uma profissão e se crie um novo paradigma de felicidade de vida.

Afinal não são a grande maioria dos políticos pobres alminhas infelizes, gente muito triste, sempre amarrada a um ego e a um anel de Frodo que os catapulta para as catacumbas de uma inside vida.

Não pudesse alguém aprender consigo! Eles são uma parte da sua aprendizagem, a mais feliz e a mais humanista!

PORTUGUESES SÃO DOS QUE FAZEM MENOS GREVE. PORQUE SERÁ?

Será bom, será mau?
É pelo menos indiciador de um país de gente consciente, mas simultaneamente descrente e em sobrevivência.