quarta-feira, 27 de março de 2013

O ESTADO DA «SAÚDE» EUROPEIA

A Comissão, o BCE, o Conselho Europeu são hoje a tradução de uma má europa que se sobrepôs à boa Europa da construção dos pequenos passos anterior, solidária, inclusiva e respeitadora das diferenças e dos pequenos números.
Ora se não vejamos:
«Em países como a Grécia, a Espanha e Portugal, onde os governos adotaram medidas de austeridade, tornaram-se mais comuns os suicídios e surtos de doenças infeciosas. A informação é avançada num estudo publicado esta quarta-feira na revista «Lancet» sobre o estado da saúde na Europa. Em contraste, «a Islândia rejeitou a austeridade em referendo e a crise parece ter tido poucos ou nenhuns efeitos discerníveis na saúde», referem os investigadores.

De acordo com a agência Lusa, a análise dos oito investigadores que escrevem na «Lancet» sugere, por isso, que, embora a recessão comporte riscos para a saúde, é «a interação da austeridade fiscal com o choque económico e uma fraca proteção social» que parece provocar a escalada das crises sociais e na saúde na Europa, refere diretor científico do Observatório Europeu dos Sistemas e Políticas de Saúde, Martin McKee, numa conferência de imprensa em Londres.

A revista acusa os governos e a Comissão Europeia de «explicitamente fecharem os olhos» aos efeitos da crise e da austeridade na saúde das populações, apesar de ser claro o aumento dos suicídios e outras doenças.

«Os governos da Europa e a Comissão Europeia explicitamente fecharam os olhos aos efeitos [da recessão] na saúde», disse McKee.

O investigador, que é também professor de saúde pública na Escola de Higiene e Medicina Tropical de Londres, compara as autoridades europeias à indústria tabaqueira, quando, durante anos, negou os efeitos do tabaco, argumentando que as provas não eram concludentes.» (Fonte: tvi24 / PO    |   2013-03-27 09:48)

O REGRESSO DO SR. ENGENHEIRO

O que me incomoda não é o direito à palavra de um cidadão. 
É mais a movimentação conspirativa do antigo aparelho por detrás de Sócrates a que os cidadãos que ficam sem casa e sem rendimentos tem de assistir.
Num país decente, Sócrates perante os indícios que correm no informalismo das redes, deveria ser sujeito a um escrutínio total da sua vida privada. 
Num país decente, um homem responsável (mesmo que partilhadamente) pelo estado a que fez O País chegar ficaria no seu recato.
Mas não! A falta de vergonha e a perceção de um povo mole e inconsequente, é maior que tudo o resto e o poder atrai, atrai muito.