Blog da nossa consciência, do n/ umbigo, da solidariedade, da ética, do egoísmo, da ganância, da corrupção, do faz de conta, do desinteresse, do marketing, das sondagens, da elite do poder, do poder dos sem poder, do abuso do poder, da miscigenação com o poder, da democracia participativa, do igualitarismo, dos interesses, do desprezo pelos excluídos...da política, da democracia de partidos e da classe política Portuguesa séc.XXI! A VOZ DA MAIORIA SILENCIOSA AO SERVIÇO DA CONSCIÊNCIA PÚBLICA!
Posts recentes Causa Vossa:
sexta-feira, 17 de outubro de 2008
A POBREZA DIMINUIU: PUBLIQUE-SE!
quinta-feira, 16 de outubro de 2008
MANIFESTO ANTI-SÓCRATES
ONDE SE LIA AGRAVAMENTO ... DEVE PASSAR A LER-SE APROFUNDAMENTO!
OS ABUTRES
«Se vendeu ou pensa vender casa através de uma agência, saiba que pode e deve deduzir a comissão no cálculo das mais-valias»
INANIDADE MENTAL,
INDIGNIDADE TOTAL
OU O ESTADO DA FORMAÇÃO
INDIGNIDADE TOTAL
OU O ESTADO DA FORMAÇÃO
Que os professores andavam cansados, pelo estado deste Estado, baldas, indisciplinado, de dupla personalidade, esquizofrénico e dirigista ... já todos sabíamos! ... mas que se tenha chegado a este estado de quase compulsão e concertação para a inanidade total ... nem nas clínicas psiquiátricas das piores revoluções culturais, dos piores estados totalitários, dos piores gulags!
Economista Miguel Frasquilho comenta Orçamento de Estado em directo
Outra das causas: a não reforma da administração pública de uma forma muito mais arrojada, tendo-se assistido à asneira de aumentar a idade da reforma em vez de diminuí-la, não se tendo a coragem, e essa sim, de limitar mesmo com efeitos retroactivos os valores da reforma, colocando um plafond máximo de 1500 ou 2000€ para os reformados, suficiente para a sustentação individual e colectiva em situação de reforma, e acabando com a dupla reforma que só privilegia algumas classes profissionais já privilegiadas entre elas a denominada, por Gaetano Mosca, de classe política. Em vez disso ataca-se os desempregados, esquece-se os milhões de pessoas que trabalham a recibos verdes, e que em caso de não emprego são atiradas para a miséria, atira-se a população novamente para os caminhos da emigração. Não se tem a coragem de acabar com o flagelo dos recibos verdes, talvez porque não seja uma questão de coragem, mas de interesse para todos os que vivem da "grand boffe" do orçamento.
Portugal precisa de produzir bens transaccionáveis, precisa de ir pelo caminho da produção. Precisa de incentivar os seus agentes económicos nacionais e os seus grupos económicos a enveredarem pela via da criação de empresas verdadeiramente produtivas, em vez de se manterem apenas nas funções comerciais e de especulação. Aquilo que o PCP diz, é inteiramente verdade! Sem produtos transaccionáveis não poderemos aspirar a mais nada do que ser um quintal ... ainda por cima com graves lacunas, que muitos custos nos trazem, de desordenamento territorial!
Faça-se uma nova democracia, baseada na verdadeira participação, os Portugueses exigem-no, as novas gerações de Portugueses não perdoarão aos seus pais se tal não for o caminho!
PÉROLAS DOS PORCOS
O Executivo espera arrecadar 1100 milhões com o ISV, que se traduz num aumento de 16,9% em relação ao valor que estima cobrar em 2008.»
Intraduzível e criminoso! Numa altura em que era fundamental diminuir custos a todos os níveis, de modo a aumentar a folga das empresas, para manter a sua carga competitiva, e dos cidadãos em geral, o Estado reagindo à quebra de receitas por via do empobrecimento geral da nação, carrega e empobrece mais ainda os cidadãos! Entretanto com a rapina constrói-se nova auto-estrada, para ser percorrida ... por um par de Ferraris, uma junta de bois, e uma parelha de ... burros!
Novos critérios contabilísticos no Orçamento ocultam subida da despesa pública para 47,8 por cento do PIB. O défice não é afectado»
quarta-feira, 15 de outubro de 2008
DIA MUNDIAL DO PROFESSOR
O que é que a declaração universal dos direitos do homem tem a ver com o dia mundial consagrado aos professores? Se calhar em alguns países, tem quase tudo!
terça-feira, 14 de outubro de 2008
AINDA HÁ DISTO NESTE MUNDO?
Há coisas que nos tiram do sério, há coisas que nos dão a volta ao estômago, mas tamanho seguidismo e idolatria, já não cheiram a ranço, cheiram a ... nacional-porreirismo?
«Vencer duas crises
Se, com as medidas anunciadas, o sector financeiro recuperar da crise em que está mergulhado e a economia portuguesa sair relativamente incólume da mesma, sem entrar em recessão, então Sócrates poderá reclamar que conseguiu vencer duas crises, ou seja, primeiro a crise orçamental que herdou do anterior governo e, agora, a crise financeira que veio dos Estados Unidos.
Isso torna-lo-á praticamente imbatível nas eleições de 2009. Por mérito próprio.»
VIVER E PERDER EM REIQUEJAVIQUE
Excelente blog de mais um expatriado Brasileiro em terras do sol da meia noite, clicar na imagem para sentir a diferença, viver na Islândia , dá-nos a dimensão da crise do consumismo e do erro da Krona solitária face ao Euro.
segunda-feira, 13 de outubro de 2008
QUE REVIVA EM VIDA HERBERTO HELDER
e seu arbusto de sangue. Com ela
encantarei a noite.
Dai-me uma folha viva de erva, uma mulher.
Seus ombros beijarei, a pedra pequena
do sorriso de um momento.
Mulher quase incriada, mas com a gravidade
de dois seios, com o peso lúbrico e triste
da boca. Seus ombros beijarei.
Cantar? Longamente cantar,
Uma mulher com quem beber e morrer.
Quando fora se abrir o instinto da noite e uma ave
o atravessar trespassada por um grito marítimo
e o pão for invadido pelas ondas,
seu corpo arderá mansamente sob os meus olhos palpitantes
ele - imagem inacessível e casta de um certo pensamento
de alegria e de impudor.
Seu corpo arderá para mim
sobre um lençol mordido por flores com água.
Ah! em cada mulher existe uma morte silenciosa;
e enquanto o dorso imagina, sob nossos dedos,
os bordões da melodia,
a morte sobe pelos dedos, navega o sangue,
desfaz-se em embriaguez dentro do coração faminto.
- Ó cabra no vento e na urze, mulher nua sob
as mãos, mulher de ventre escarlate onde o sal põe o espírito,
mulher de pés no branco, transportadora
da morte e da alegria.
Dai-me uma mulher tão nova como a resina
e o cheiro da terra.
Com uma flecha em meu flanco, cantarei.
E enquanto manar de minha carne uma videira de sangue,
cantarei seu sorriso ardendo,
suas mamas de pura substância,
a curva quente dos cabelos.
Beberei sua boca, para depois cantar a morte
e a alegria da morte.
Dai-me um torso dobrado pela música, um ligeiro
pescoço de planta,
onde uma chama comece a florir o espírito.
À tona da sua face se moverão as águas,
dentro da sua face estará a pedra da noite.
- Então cantarei a exaltante alegria da morte.
Nem sempre me incendeiam o acordar das ervas e a estrela
despenhada de sua órbita viva.
- Porém, tu sempre me incendeias.
Esqueço o arbusto impregnado de silêncio diurno, a noite
imagem pungente
com seu deus esmagado e ascendido.
- Porém, não te esquecem meus corações de sal e de brandura.
Entontece meu hálito com a sombra,
tua boca penetra a minha voz como a espada
se perde no arco.
E quando gela a mãe em sua distância amarga, a lua
estiola, a paisagem regressa ao ventre, o tempo
se desfibra - invento para ti a música, a loucura
e o mar.
Toco o peso da tua vida: a carne que fulge, o sorriso,
a inspiração.
E eu sei que cercaste os pensamentos com mesa e harpa.
Vou para ti com a beleza oculta,
o corpo iluminado pelas luzes longas.
Digo: eu sou a beleza, seu rosto e seu durar. Teus olhos
transfiguram-se, tuas mãos descobrem
a sombra da minha face. Agarro tua cabeça
áspera e luminosa, e digo: ouves, meu amor?, eu sou
aquilo que se espera para as coisas, para o tempo -
eu sou a beleza.
Inteira, tua vida o deseja. Para mim se erguem
teus olhos de longe. Tu própria me duras em minha velada beleza.
Então sento-me à tua mesa. Porque é de ti
que me vem o fogo.
Não há gesto ou verdade onde não dormissem
tua noite e loucura,
não há vindima ou água
em que não estivesses pousando o silêncio criador.
Digo: olha, é o mar e a ilha dos mitos
originais.
Tu dás-me a tua mesa, descerras na vastidão da terra
a carne transcendente. E em ti
principiam o mar e o mundo.
Minha memória perde em sua espuma
o sinal e a vinha.
Plantas, bichos, águas cresceram como religião
sobre a vida - e eu nisso demorei
meu frágil instante. Porém
teu silêncio de fogo e leite repõe
a força maternal, e tudo circula entre teu sopro
e teu amor. As coisas nascem de ti
como as luas nascem dos campos fecundos,
os instantes começam da tua oferenda
como as guitarras tiram seu início da música nocturna.
Mais inocente que as árvores, mais vasta
que a pedra e a morte,
a carne cresce em seu espírito cego e abstracto,
tinge a aurora pobre,
insiste de violência a imobilidade aquática.
E os astros quebram-se em luz sobre
as casas, a cidade arrebata-se,
os bichos erguem seus olhos dementes,
arde a madeira - para que tudo cante
pelo teu poder fechado.
Com minha face cheia de teu espanto e beleza,
eu sei quanto és o íntimo pudor
e a água inicial de outros sentidos.
Começa o tempo onde a mulher começa,
é sua carne que do minuto obscuro e morto
se devolve à luz.
Na morte referve o vinho, e a promessa tinge as pálpebras
com uma imagem.
Espero o tempo com a face espantada junto ao teu peito
de sal e de silêncio, concebo para minha serenidade
uma ideia de pedra e de brancura.
És tu que me aceitas em teu sorriso, que ouves,
que te alimentas de desejos puros.
E une-se ao vento o espírito, rarefaz-se a auréola,
a sombra canta baixo.
Começa o tempo onde a boca se desfaz na lua,
onde a beleza que transportas como um peso árduo
se quebra em glória junto ao meu flanco
martirizado e vivo.
- Para consagração da noite erguerei um violino,
beijarei tuas mãos fecundas, e à madrugada
darei minha voz confundida com a tua.
Oh teoria de instintos, dom de inocência,
taça para beber junto à perturbada intimidade
em que me acolhes.
Começa o tempo na insuportável ternura
com que te adivinho, o tempo onde
a vária dor envolve o barro e a estrela, onde
o encanto liga a ave ao trevo. E em sua medida
ingénua e cara, o que pressente o coração
engasta seu contorno de lume ao longe.
Bom será o tempo, bom será o espírito,
boa será nossa carne presa e morosa.
- Começa o tempo onde se une a vida
à nossa vida breve.
Estás profundamente na pedra e a pedra em mim, ó urna
salina, imagem fechada em sua força e pungência.
E o que se perde de ti, como espírito de música estiolado
em torno das violas, a morte que não beijo,
a erva incendiada que se derrama na íntima noite
- o que se perde de ti, minha voz o renova
num estilo de prata viva.
Quando o fruto empolga um instante a eternidade
inteira, eu estou no fruto como sol
e desfeita pedra, e tu és o silêncio, a cerrada
matriz de sumo e vivo gosto.
- E as aves morrem para nós, os luminosos cálices
das nuvens florescem, a resina tinge
a estrela, o aroma distancia o barro vermelho da manhã.
E estás em mim como a flor na ideia
e o livro no espaço triste.
Se te apreendessem minhas mãos, forma do vento
na cevada pura, de ti viriam cheias
minhas mãos sem nada. Se uma vida dormisses
em minha espuma,
que frescura indecisa ficaria no meu sorriso?
- No entanto és tu que te moverás na matéria
da minha boca, e serás uma árvore
dormindo e acordando onde existe o meu sangue.
Beijar teus olhos será morrer pela esperança.
Ver no aro de fogo de uma entrega
tua carne de vinho roçada pelo espírito de Deus
será criar-te para luz dos meus pulsos e instante
do meu perpétuo instante.
- Eu devo rasgar minha face para que a tua face
se encha de um minuto sobrenatural,
devo murmurar cada coisa do mundo
até que sejas o incêndio da minha voz.
As águas que um dia nasceram onde marcaste o peso
jovem da carne aspiram longamente
a nossa vida. As sombras que rodeiam
o êxtase, os bichos que levam ao fim do instinto
seu bárbaro fulgor, o rosto divino
impresso no lodo, a casa morta, a montanha
inspirada, o mar, os centauros do crepúsculo
- aspiram longamente a nossa vida.
Por isso é que estamos morrendo na boca
um do outro. Por isso é que
nos desfazemos no arco do verão, no pensamento
da brisa, no sorriso, no peixe,
no cubo, no linho, no mosto aberto
- no amor mais terrível do que a vida.
Beijo o degrau e o espaço. O meu desejo traz
o perfume da tua noite.
Murmuro os teus cabelos e o teu ventre, ó mais nua
e branca das mulheres. Correm em mim o lacre
e a cânfora, descubro tuas mãos, ergue-se tua boca
ao círculo de meu ardente pensamento.
Onde está o mar? Aves bêbedas e puras que voam
sobre o teu sorriso imenso.
Em cada espasmo eu morrerei contigo.
E peço ao vento: traz do espaço a luz inocente
das urzes, um silêncio, uma palavra;
traz da montanha um pássaro de resina, uma lua
vermelha.
Oh amados cavalos com flor de giesta nos olhos novos,
casa de madeira do planalto,
rios imaginados,
espadas, danças, superstições, cânticos, coisas
maravilhosas da noite. Ó meu amor,
em cada espasmo eu morrerei contigo.
De meu recente coração a vida inteira sobe,
o povo renasce,
o tempo ganha a alma. Meu desejo devora
a flor do vinho, envolve tuas ancas com uma espuma
de crepúsculos e crateras.
Ó pensada corola de linho, mulher que a fome
encanta pela noite equilibrada, imponderável -
em cada espasmo eu morrerei contigo.
E à alegria diurna descerro as mãos. Perde-se
entre a nuvem e o arbusto o cheiro acre e puro
da tua entrega. Bichos inclinam-se
para dentro do sono, levantam-se rosas respirando
contra o ar. Tua voz canta
o horto e a água - e eu caminho pelas ruas frias com
o lento desejo do teu corpo.
Beijarei em ti a vida enorme, e em cada espasmo
eu morrerei contigo.
Herberto Helder
O BURRO DE BURIDAN
*P>
O MAESTRO SEM PÚBLICO
CÃES DE FILA
Assim, alguns dos cães de fila da nossa praça que exercitam o ódio monocolor, por dá cá aquela palha, servindo a um só dono, sempre no mesmo doentio sentido, sem querer saber do interesse do seu País, dos apelos à unidade, à razão , interesse geral ou humanidade ... que a sanha radical que os norteia, é o seu traço-universo distintivo de ADN ... político-animal!
«AS COISAS TÊM UM PREÇO, MAS OS HOMENS TÊM DIGNIDADE»
É curioso que seja a Igreja a apelar ao racionalismo de Emanuel Kant quando diz que «as coisas têm um preço, mas os homens têm dignidade».