«Um fosso» entre ricos e pobres ... Sublinhando que em Portugal «existe um desnível, um fosso, entre ricos e pobres dos mais altos da Europa», D. António Marto criticou um sistema financeiro «que vive da avidez do lucro imediato» e que faz sobressair a «necessidade de criação de instituições nacionais e internacionais de orientação e regulação dos mercados financeiros». É curioso que seja a Igreja a apelar ao racionalismo de Emanuel Kant quando diz que
«as coisas têm um preço, mas os homens têm dignidade».
É curioso, também, que seja a Igreja a criticar o sistema financeiro e a avidez do lucro imediato, num regresso à condenação medieval da usura.
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De qualquer modo numa altura em que o Estado exige dos
eclesiásticos que cumpram as suas obrigações fiscais em maior paridade com os restantes cidadãos, deveria a Igreja Nacional olhar para dentro e
repensar a governação de alguma das suas instituições onde prolifera a usura, o incumprimento de regras de legislação fiscal e laboral e o enriquecimento sem causa.
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