segunda-feira, 13 de outubro de 2008

«AS COISAS TÊM UM PREÇO, MAS OS HOMENS TÊM DIGNIDADE»

«Um fosso» entre ricos e pobres ... Sublinhando que em Portugal «existe um desnível, um fosso, entre ricos e pobres dos mais altos da Europa», D. António Marto criticou um sistema financeiro «que vive da avidez do lucro imediato» e que faz sobressair a «necessidade de criação de instituições nacionais e internacionais de orientação e regulação dos mercados financeiros».

É curioso que seja a Igreja a apelar ao racionalismo de Emanuel Kant quando diz que «as coisas têm um preço, mas os homens têm dignidade».

É curioso, também, que seja a Igreja a criticar o sistema financeiro e a avidez do lucro imediato, num regresso à condenação medieval da usura.
De qualquer modo numa altura em que o Estado exige dos eclesiásticos que cumpram as suas obrigações fiscais em maior paridade com os restantes cidadãos, deveria a Igreja Nacional olhar para dentro e repensar a governação de alguma das suas instituições onde prolifera a usura, o incumprimento de regras de legislação fiscal e laboral e o enriquecimento sem causa.


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