“Tudo começa no programa de concurso. Já falámos das privatizações, razão pela qual é indispensável uma atenção muito especial relativamente aos programas dos concursos. Relativamente aos concursos em geral devo dizer que o nosso balanço relativamente ao novo código de contratação pública é globalmente positivo, ainda que consideremos que podem ser introduzidos aperfeiçoamentos ditados pela própria experiência”, considera Guilherme Oliveira Martins.»
Mais vale acordar tarde que nunca na denúncia do espaço público. Porque na percepção já há muito a tinham. Não a denunciam porque não têm dados precisos, o que beneficia o infractor; não o denunciam porque não querem fazer ondas, porque as ondas pagam-se em espaço de não conforto.
Cândida Almeida e Guilherme de Oliverira Martins dizem que há concursos que já tem destinatários fixos.
Acordaram tarde ou olharam demasiado tempo para o ar, porque isso acontece há muito em quase todo o sector público. O estabelecimento dos cadernos de encargo são previamente acordados com os putativos adjudicatários.
Numa sociedade onde todos são tios e primos isso sabe-se no informalismo, apesar de muitos pensarem que estão a fazer a jogada do espertismo.
A única condição positiva de uma sociedade despida do estado é que a corrupção passa a ser uma condição do espaço privado e não do espaço construído por todos nós. Nesse aspecto o liberalismo de Passos é positivo.