sábado, 4 de outubro de 2008

HOMENAGEM A DINIS ... "MOLERO"

... que me desculpe Dinis Machado lá no étereo onde resiste, mas a minha homenagem é mais a Molero, o pobre "soundbit" do Lusitano Fado!

«Há vida depois desta vida?

Há uma possível “vida - via electrónica participativa”, uma espécie de bionismo molecular, de bits electrónicos participativos, destronados os quarks, entronizados os bytes, padrinhos mais velhos dos bits, campeões democráticos mundiais: a discussão e o referendo "in situ" e on-line. A partir de agora, os bytes representam-te em cada pixel, pixel soldado democrático armado da baioneta electrónica molecular.»

... mas a ti não te bastam os bytes ou os soundbytes, aí onde resistes, relembras...

«Os ricos e os pobres. Pobre de quem é pobre, pobre de quem é rico. Nasce-se pobre e nasce-se rico, mas o rico não é mais que o pobre e o pobre mais que o rico. Ambos são ricos pobres e pobres ricos. Ambos são uma ilusão de palhaço pobre e de palhaço rico, ambos são a solidão natural do cosmos, a constelação do palhaço humano em órbita, atraídos pela igualdade, corpos humanos que se atraem e repelem. »

Até sempre, Dinis ... alexandrino, marialva ... Dinis... Molero!

1 comentário:

Eloah Borda disse...

À propósito...

II Soneto para Cesário

Se te encontrasse, agora, na paisagem
Nocturna dos fantasmas da cidade
Contava-te dos nossos pobres versos
No teu rasto de sombra e claridade.

Contava-te do frio que há em medir
A distância entre as mãos e as estrelas
Com lágrimas de pedra nos sapatos
E um cansaço impossível de escondê-las.

Contava-te – sei lá – desta rotina
De embalarmos a morte nas paredes
De tecermos o destino nas valetas.

De uma história de luas e de esquinas
Com retratos e flores da madrugada
A boiarem na água das sarjetas.

Dinis Machado.

Fonte: Blog Aspirina B, por José do Carmo Francisco.

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