quinta-feira, 30 de outubro de 2008

TEATRINHO BUFO DE PORTUGAL

Do dono do cavalo não nos haveremos de esquecer.
Quando menos esperar, espera-o um valente coice, pois quem trata mal os seus animais, ao reino dos mesmos não merece pertencer!


Arre, arre meu burrinho
que as costas vou-te alforjar,
quanto menos dinheirinho,
maior a leveza no andar!

Dou-te há vinte, trinta anos
mais três, quatro ou cinco,
mas tiras de cima dos manos
por conta, os mesmo cinco.

Não vês que fico indignado
com o patrão do moinho,
porque eu não sou o zangado
sou amigo do pequenininho.

Por conta da tua jactância
quando nada te fizer esperar,
com enorme elegância
valente coice te vou dar.

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