«A OCDE diz que Portugal deve reduzir a excessiva atenção dada às notas dos alunos.A OCDE diz que Portugal deve melhorar as práticas educativas e reduzir a excessiva atenção dada às notas dos alunos - a avaliação sumativa. Isto porque existe actualmente no sistema educativo um "problemático actual uso excessivo do ‘chumbo' e a desmesurada atenção às notas". Esta é uma das recomendações que vêm no último relatório da OCDE sobre educação "Reviews of Evaluation and Assessment in Education" que analisa as políticas de avaliação no sistema de ensino português e faz uma série de recomendações para melhorar a eficácia dessas políticas.Assim, a OCDE entende que o aluno deve ser o elemento central das políticas de avaliação no sistema de ensino, deve ser tida em conta a sua contribuição para a sua avaliação e deve ter uma atenção individualizada para as suas necessidades e sistemas de apoio em caso de dificuldades específicas. Receita que a OCDE considera como ferramenta para combater os níveis de reprovação.Assim, o refere que uma das prioridades para o sistema educativo português passa pela transformação das práticas docentes, consideradas como sendo ainda muito tradicionais, e de encorajar, na aprendizagem diária na aula, uma maior interacção e um retorno individualizado sobre o desempenho.A OCDE sublinha ainda que o sector educativo tem sido afectado pelas medidas de austeridade, incluindo cortes nos salários dos professores e uma redução do apoio administrativo e de gestão das escolas e que o sistema de avaliação de desempenho dos professores deve contar com uma maior participação da direcção das escolas.»
Infelizmente o actual ministro apesar da sua boa vontade é demasiado tradicionalista, demasiado arreigado à avaliação como se a avaliação fosse a solução para os problemas da escola Portuguesa.
Um dos maiores problemas da escola Portuguesa continua a ser comungar de um dos maiores problemas da sociedade Portuguesa: a falta de democraticidade, flexibilidade e abertura. Há alunos que não progridem em ambientes normalizados, por questões variadas.
Criem-se mais apoios, currículos mais adequados aos interesses dos alunos, mais diversificados, formas mais versáteis de dar as matérias e unidades curriculares com mais aulas práticas.
Ao contrário do que pensa o actual ministro mais do que ensinar matérias estandardizadas, que o ambiente fora da escola veicula melhor que a escola, é preciso educar para o interesse, para a autoaprendizagem e a avaliação não pode rotular, segregar, excluir.
Mas tudo isto só é possível numa escola do século XXI que não seja segregadora, não sendo possível numa escola do século XIX que devia poder estabelecer currículos próprios e corpos docentes próprios - com experiência actualizada do que melhor se faz nas empresas.
Atenção devia o actual ministro tomar às Universidades com professores ultrapassados, acomodados, incapazes de pedagogia e mudança.
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