«Acabaram as eleições e muitas elações já foram retiradas. Há, no entanto, um aspecto que não vi referido: estou a falar dos debates entre candidatos.
A campanha foi feita de casos sem conteúdo político; a campanha das eleições para as autarquias foi muito fraca, mas a campanha para o Parlamento foi, particularmente, pobre. Mas os debates não!
O formato dos debates na pré-campanha para a Assembleia da República foi muito criticado, mas injustamente. De facto, com as regras em vigor, os candidatos não podiam usar da oratória vazia para fugir aos problemas. Pelo contrário, porque tinham um pequeno número de minutos para mostrarem o que valiam sobre um problema específico —justiça, orçamento e impostos, segurança, combate à pobreza…— não podiam fugir a responder.
O povo agradeceu e as televisões tiveram audiências surpreendentemente elevadas. Só foi pena não terem existido mais debates nas autarquicas, ficaríamos todos a ganhar.
Em conclusão: para melhorar a qualidade do debate político devemos ter (mais) dabates e o formato foi, genericamente, adequado. Poderíamos, aliás, ter debates na TV mesmo fora dos períodos eleitorais. Porque não?»
Todos somos poucos para dar uma nova face à qualidade da nossa democracia e é isso que faz acima Luís Campos e Cunha.
Sem dúvida que a democracia tem de ser posta em prática e isso passa pela interacção entre os actores passivos e activos a todos os dias e a todas as horas.
Sem isso a vitória será sempre e cada vez mais da abstenção, modo sábio dos cidadãos (e não povo na sua acepção minorizante e conotante elitista designação) para evitar o cheque em branco!
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