Vindo da SEDES o rapto:
«Quando as eleições despertam no horizonte em Portugal, logo os partidos políticos mais importantes tratam de reivindicar uma parte daquilo a que erradamente chamam “sociedade civil”: personalidades com destaque nas respectivas profissões ou actividades são convidadas a integrar grupos, grupinhos, movimentos, missões e quejandos; neles reflectem e opinam sobre o futuro da governação e o destino das estrelas.»
É verdade! O rapto dos cidadãos não é muito diferente do rapto da Europa, uma espécie de rapto iluminado e voluptuoso, onde se congregam mitos e forjam incertezas e demasiadas certezas identitárias.
E essa é a originalidade Portuguesa! A sociedade da angústia identitária, é angustiada porque é frágil de pequena, muralhada e não partilhada.
Porque não somos uma sociedade e muito menos uma comunidade, somos um conjunto de esparsas, desconfiadas e fechadas tribos de Lusitanos, sedentos e orgulhosos de si e esquecidos dos outros, ordenadas por pequenos e astutos Viriatos, sempre com medo do partilhar da gamela e da traição dos seus também pequenos e astutos lugares tenentes.
Abra-se a sociedade à sociedade e talvez de lá saia uma inevitável e estrondosa surpresa ... a verdadeira comunidade Portuguesa!
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