quarta-feira, 28 de março de 2012

O SALÁRIO MÍNIMO COMO REFERENCIAL DE MODERAÇÃO SALARIAL

«O Governo reconhece que o Salário Mínimo Nacional (SMN) é baixo, mas há outras prioridades ¿ designadamente o emprego. O secretário de Estado do Emprego argumenta que esta remuneração está a funcionar como referencial de moderação salarial e o seu aumento poderia levar ao crescimento do
desemprego.»
Argumentar com um salário mínimo, que se reconhece baixo, como referencial de moderação salarial e como "o emprego como prioridade", é uma visão redutora que cabe na teoria de um modelo de emprego desqualificado  e incapaz de motivação e de produtividade.

Acresce a isto que com a dimensão dos aumentos de todos os custos de contexto operados pelo governo, aumentos de impostos com efeito nos produtos essenciais, transportes, electricidade, gás, água, ... é de uma total cegueira não perceber a impossibilidade real superveniente por efeito da medida (a não ser que o governo seja a favor do esclavagismo ou de mendigos no trabalho) e o impulso único dado à emigração. 

Para além disto o governo cujos membros parecem estar hoje em aprendizagem com um modelo real (cujo sujeito é o povo Português) esquece-se do efeito dos estabilizadores automáticos de alguma "despesa" (nem tudo o custo tem a dimensão que se lhe pretende dar!). 

SE O GOVERNO QUERIA MODERAR OS CUSTOS COMO FORMA DE AUMENTAR A COMPETITIVIDADE DA ECONOMIA NACIONAL, QUE DIMINUÍSSE OS CUSTOS DE CONTEXTO E NÃO O SEU CONTRÁRIO. A CONTRADIÇÃO É TOTAL, A IMPOSSIBILIDADE POR ESTA VIA IGUAL.      

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