«O caso mais paradigmático é o do IVA. Neste imposto, diversos produtos passaram, no início do ano, da taxa mínima e intermédia para a máxima, como foi o caso da electricidade e restauração.
Mas, até Fevereiro, a receita do IVA recuou 1,1%, o que contrasta com a estimativa de subida de 12,6% para a totalidade do ano. Os efeitos do aumento dos impostos na restauração poderão ainda não estar totalmente reflectidos nos preços finais aos consumidores, como explicou o ministro das Finanças em entrevista ao SOL. Contudo, o encarecimento da luz e gás já está totalmente integrado nas facturas dos portugueses.»
Teria bastado analisar a sensibilidade dos Portugueses ao aumento das taxas de IVA, para perceber que o seu aumento ia degenerar em diminuição das receitas deste imposto.
Hoje até já há Portugueses a utilizar novamente candeeiros a petróleo, face a uma carteira cada vez mais vazia.
Passos e Gaspar deviam ter percebido que há muito que uma percentagem substancial dos portugueses já não tem margem para adequar aumentos de impostos e portanto ao seu aumento reage com uma contracção maior no consumo.
A confiança sim, baseada no tempo, na alteração dos verdadeiros desequilíbrios , era a base para ajustarmos a nossa economia.
A receita está assim profundamente errada, agrava a crise e só não se altera porque Passos não quer assumir o erro, insensível que é à realidade e ao desespero que grassa em Portugal.
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