Roubar é feio, com o beneplácito do 31 da Armada: subscrevia tudo, não pedia é desculpa porque quem tem de ser desculpar é o infractor, não os pobrezinhos das migalhas!
«Reza a lenda que Robin Hood roubava aos ricos para dar aos pobres. É verdade que o nosso suposto “Estado Robin Hood” também rouba. No entanto, não dá aos pobres. Rouba para alimentar uma enorme máquina ineficiente, cheia de vícios e privilégios insustentáveis, que vive, em larga medida, à custa do produto do roubo. No fundo, depois da apropriação pela máquina pública, pouco mais sobra do que umas migalhas para os pobres, para fingir que temos um Estado social.
Peço desculpa por utilizar o verbo “roubar”, mas parece-me que quando o Estado exige que alguns dos seus cidadãos entreguem quase metade do rendimento lícito do seu trabalho a um monstro ingovernável, sem contrapartidas à altura (leia-se, pelo menos, Educação, Saúde e Justiça de qualidade) e ainda se atreve a dizer que é pouco, é difícil encontrar outro verbo para caracterizar a situação.
Não tenhamos dúvidas: um Estado só pode ser verdadeiramente social se centrar o seu objecto precisamente nesta componente e não nas mais variadas que absorvem o produto da receita fiscal. Ou seja, um Estado liberal mais facilmente é, realmente, social, do que o suposto Estado social em que nos querem convencer que vivemos.
Talvez assim, o Estado possa deixar de roubar para, com critério, passar, de facto, a ajudar quem necessita da sua solidariedade.
publicado por Francisco Proença de Carvalho às 09:17»
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