«Qimonda tirou 150 milhões de Portugal» é o título do «Jornal de Negócios»
A tragédia da Luso-Abruzzo levou a um comentário enviesado e irreflectido de quem não detectou nas entrelinhas o mal estar de uma sociedade em ruptura e fim de linha. A falta de atenção, de uma sociedade em conflito constante, a isso leva.
O título em cima é porém demonstrativo do mau estar que perpassa na nossa sociedade, pelas constantes más políticas delineadas em Portugal e que fazem bom o investimento estrangeiro e mau o investimento nacional. E pior que bom e mau, elegível para uma enormidade de apoios fiscais e outros que não tem tradução na duração dos projectos no tempo.
Enquanto continuarmos pela via da criação constante de obstáculos ao investimento nacional, e no endeusamento dos projectos de vida curta das multinacionais, a via será sempre descendente.
Duas novidades revelam desta política: a resposta à crise na elevação de penalidades de 250 para 25.000€ relativamente à segurança social e o aumento da base tributária dos profissionais independentes. Tudo se parece resolver em Portugal pela via do aumento das coimas e penalidades, criando cada vez mais desincentivos e estrangulamentos ao investimento de risco.
Significativa também, por parte da UGT e outros sindicatos, a cegueira ideológica da divisão e egoísmo de classe ao torcerem o nariz à potencial medida positiva do governo: a extensão e universalidade do subsídio de desemprego para empresários e independentes!
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