A ERC determinou, há uma semana, que os órgãos de informação «deverão suspender» a «participação e a colaboração» regulares com comentadores, analistas e colunistas que são candidatos às eleições legislativas de 27 de Setembro e autárquicas de 11 de Outubro, sempre que não esteja garantido espaço para todas as candidaturas se exprimirem.
Pacheco Pereira e Estrela Serrano trocam acusações
Esta quinta-feira a confederação das empresas de comunicação social considerou a decisão «inadmissível».
Opinião partilhada por Fernando Rosas que defende que «são os órgãos de comunicação social que devem decidir qual a pertinência, o estatuto e a manutenção (ou não) dos seus colaboradores depois de estes se candidatarem a cargos públicos». «Não é um Big Brother exterior que deve ditar as regras», disse o deputado do BE à Agência Financeira.
ERC contra de utilizadores de «chats»
Também Ruben de Carvalho, do PCP, criticou a medida da ERC, declarando-se lesado. «Eu sou jornalista, com carteira profissional há 40 anos, e agora posso vir a ser impedido de colaborar nos órgãos de comunicação social», disse, fazendo referência ao seu programa de música na RDP, assim como às suas colaborações com o «Expresso» e na SIC.
Questionados desde esta manhã, o CDS, PS e PSD não deram, até ao momento, uma opinião oficial sobre este assunto.»
Ao quererem tudo legislar e regular os políticos tornam-se vítimas das suas próprias medidas. Como são afectados gritam contra a medida. É pena é que também não se lembrem de gritar quando medidas de outro teor afectam gravemente a sobrevivência de muitas famílias. Mas, infelizmente, a grande maioria dos políticos está na política por um estranho e muito pessoal serviço cívico.
Sem comentários:
Enviar um comentário