segunda-feira, 8 de novembro de 2010

UMA REALIDADE CHAMADA ANGLEX

«Tal como a maioria dos trabalhadores da fábrica da Anglex no Barreiro, Júlia, 47 anos, pouco mais sabe fazer. A funcionária disse à TSF que a partir de agora a vida «vai ser difícil», sobretudo tendo em conta a sua idade.
Lídia, com 65 anos, vai directa para a reforma, enquanto Mendes, de 60 anos, vai para o fundo de desemprego e a partir daí pensa ir para a reforma. «Trabalho de certeza que não vou ter com esta idade», confessou.
Criada em 1991, a Anglex tem tido prejuízo há mais de dois anos. «A área da comercialização está muito mal, já apareceram novos concorrentes no mercado e não temos capacidade para aguentar mais», disse à TSF o porta-voz da administração.
Juan Gonzalez acrescentou que em 21 anos de casa nunca houve ajudas do Estado para nada.
«O Ministério da Economia devia ter um telefone de emergência para o empresário (...) Nunca tivemos ajuda do Estado porque não temos a consciência de ser subsidiodependentes, nem temos experiência em angariar subsídios em jantares ou almoços, nós gostamos é de trabalhar», afirmou.
Perante este cenário, o encerramento da fábrica é a única solução. Os 15 funcionários vão ser indemnizados e até ao final do ano toda a produção vai para stock em Espanha.»

- Está, lá! A verba dos subsídios à produção que foi toda para a empresa dos seus amigos financiadores...
E ainda há quem ache que o problema de Portugal não é um problema ético!

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