quarta-feira, 11 de março de 2009

LIBERDADE DE CRIAR

O problema da legislação laboral é que temos e tivemos desde sempre dois graves problemas por resolver: adequar os funcionários à necessidade de manutenção das empresas acima da linha de água com a necessidade de não permitir abusos de remunerações (a tender para o infinito) de accionistas, gestores, em detrimento do tecido social produtivo (vulgo funcionários ou cooperantes das empresas).
A separação que faz dos sectores é real e enferma de um dos maiores dramas: a falta de liberdade económica, verdadeiro paradoxo, dado todos concordarmos que a falta de mecanismos de regulação parece ter sido a causa da actual crise de confiança.

Aquilo que lanço para reflexão é: o que sucederia se as economias voltassem a estar mais libertas? Porque será que as economias emergentes, não estão a ser tão afectadas como as economias mais desenvolvidas?
Será que a camisa de forças que criámos nas economias Ocidentais, com a constante regulação de "tudo", abafou a iniciativa e a criatividade! Porque não assistimos ao abaixamento dos impostos e assistimos sim ao estrangulamento da liberdade de criar? Garanto-vos que (e muitas vezes me engano! e pensando que muitos estão demasiado espartilhados em modelos velhos e obsoletos, com pouca criatividade) tudo mudaria para melhor! Os crescimentos de 7 e 8% pertenceram a sociedades com liberdade de criar (saudades de M.Friedman), não a estas sociedades do "PROIBICIONISMO"! LIBERALISMO E INTERVENCIONISMO ESTÃO CADA VEZ MAIS MISCIGENADOS: O SEGREDO ESTÁ NAS DOSES!

Voltando um pouco atrás e abstraindo-nos da actual crise, e no quadro Europeu, o que é facto é que uma larga margem dos funcionários em Portugal ganha mal e faz com que uma parte substancial da nossa população não seja verdadeiro actor do circuito económico. A sociedade produtiva Portuguesa não é de 10.600.000 de consumidores activos (já não falando dos 5.000.000 de expatriados) mas de 2.000.000 ou 3.000.000. Os restantes vivem ainda na economia de antigo regime, de subsistência!

E ganha mal, com as necessárias excepções, não só porque há empresas pouco produtivas no quadro internacional mas porque há uma enorme tendência para a não partilha de benefícios. Acresce a isto um Estado demasiado presente e interveniente, em vez de corrector - agravador dos problemas. Assim, vivemos ideologicamente um paradoxo: precisamos de simultaneamente mais e menos Estado. Mais Estado porque sistematicamente deixámos de fora uma parte substancial da nossa população, menos Estado porque precisamos de um País mais livre.
A resolução passava pelos intervenientes do processo político, quisessem e pensassem eles nos outros e não em si próprios, mas de facto os tempos não são de VERDADEIROS ESTADISTAS mas estão carregados de INDIVIDUALISMOS!

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