Nesta época de puro encolhimento, encolhimento das verbas, das esperanças, das almas e possibilidade de estouro das manadas,a verve funciona em sentido oposto.
Assim, estes comentários elevados a posts pela sua inspiração e sageza de uma nova história trágico-marítima que se avizinha.
Que se cuidem mestres e capitães quando as vagas afundarem tal navio que os remos dos escaleres servirão mais como matracas do que como braços de salvação.
De simplesmente joao para Tavares Moreira:
Na época dos Descobrimentos, o capitão embarcava sempre um cartógrafo, um prático e um cronista.
Na gesta, económica, do capitão Sócrates, ao zarpar levava apenas o cartógrafo e o cronista. Ainda nem sequer tinham torneado o Cabo Espichel e já se tinha desentendido com o cartógrafo, pelo que, em Sines, embarcou um prático, desembarcando o cartógrafo.
Até ao Cabo das Tormentas, o prático serviu, conhecia as correntes, os ventos e os sabores das diferentes águas, mas não lia as estrelas pelo que calculava mal a latitude e não sabia estimar a longitude, porque não sabia afinar o relógio. Mas tínhamos vento de feição e comida e água com fartura e nas escalas que tinham realizado o capitão tinha conseguido negociar e bem, os mantimentos frescos necessários(Ah claro, os nativos tinham informado que estava na rota certa).
Agora que estamos no meio da tempestade, o prático guia-se pelas estrelas que não conhece, estima uma longitude para a qual não tem referência e anda às voltas com umas águas das quais não tem ideia do grau de salinidade e as correntes não vão na direcção que esperava.
A tripulação desconfia, já por três vezes lhe foi afiançado que nas próximas 48 horas avistariam terra firme e poderiam capear a tormenta, sem que ainda tenha sido avistada.
A sorte da tripulação desta estória é que o barco ainda não meteu água e os mantimentos ainda estão secos, se bem que os animais vivos já quase foram todos consumidos; claro que nesta estória aquela (tripulação) é completamente analfabeta, pelo que não se dá conta do chorrilho de asneiras que o cronista escreve e anuncia. O capitão espera que a tripulação acredite que a água que entra por causa das vagas é obra do demónio, que a perca dos mantimentos é obra dos ratos e aquilo que os marinheiros mais velhos andam a dizer é porque não sabem ler e, por isso não percebem o que o cronista lhes escreve.
Deixo-lhe à sua imaginação encontrar um seguimento, mas acho que ajudei a entender a rota da nau.
Cumprimentos
João
De Manuel Brás ...
A derrapagem é brutal
embora seja negada, o descalabro governamental
deixará a economia estragada.
Um terceiro
orçamento
torna-se imprescindível,
o estrondoso desmoronamento
é
mais do que audível!
Ao escutar estas informações
o mexilhão fica
preocupado,
para agravar temos as afirmações
deste (des)Governo
sincopado!
II Parte
A inconsciência governativa
aliada à sua
natural incompetência,
resulta numa política pouco efectiva
baseada numa
ridícula prepotência!
Pelas estrelas orientado
na elaboração de
fantasias,
este (des)Governo desorientado
propagandeia hipocrisias!
O mexilhão prevenido
não acredita neste orçamento,
o
(des)Governo deve ser banido
para acabar com este tormento!
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