domingo, 14 de junho de 2009

A REPÚBLICA DOS DESEQUILÍBRIOS

A avaliação da positividade ou negatividade da adesão e manutenção de Portugal no seio da Comunidade económica Europeia, actual União europeia, está por fazer.
A percepção que faz caminho é o da positividade da adesão, mas será a actual manutenção provida de uma verdadeira dimensão positiva? Poderá fazer-se uma análise quantitativa dos ganhos e perdas da adesão, não limitado às transferências entre Portugal e a União? Qual o verdadeiro peso dos regulamentos comunitários na vida da nação? Não será a idiosincrassia perdida a par com o desmantelamento da auto-sustentabilidade um factor altamente negativo para a qualidade de vida da grande maioria dos cidadãos? Será que as vantagens competitivas funcionam num mercado de excesso de oferta? Será que similarmente à França dos desequilíbrios internos dos finais do século XIX e da macrocefalia Parisiense, não falta a componente mais importante de reequilíbrio, a regionalização, ou pelo menos para não ofensa dos que pensam com esplendor radical a unidade territorial, uma importante revisão do quadro administrativo? O que se tem feito em Portugal pelo reordenamento do território e pela correcção dos desequilíbrios litoral-interior e zonas macrocéfalas de Lisboa-Porto? Onde estão as chamadas metrópoles de equilíbrio e os tecnopólos geradores de nova riqueza e equilíbrio nacional? Para quando, à semelhança da 5ª República Gaullista, os actores desta 3ª República vão perceber que sem regionalização ou alteração do quadro administrativo, sem as óbvias sobreposições de estruturas do Estado de partidos, Portugal tem o seu futuro empenhado pelo empobrecente equilíbrio migratório? Os verdadeiros patriotas desinteressados de interesses próprios que respondam ... se puderem!

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