quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

O SR. VAN ZELLER PATRONO DA SOLIDARIEDADE


Patrão da indústria não se imagina a viver com 450 euros/mês
«...O ainda presidente da Confederação Industrial Portuguesa (CIP), Francisco Van Zeller, que foi contra o aumento do salário mínimo nacional (SMN) dos actuais 450 euros para 475 em 2010, admite que não consegue imaginar-se a viver com apenas 450 euros por mês ... por que foi contra o aumento do salário mínimo - enquanto não existirem condições de produtividade será impossível aumentá-lo.
Defende que este deve ser um projecto nacional, num Portugal que precisa de uma mentalidade internacional, de empreendedores e de elites que puxem pelo país.
Aos 71 anos, Van Zeller prepara-se para deixar a presidência da confederação dos patrões, lamentando a falta de capacidade para influenciar as decisões que podem mudar Portugal.» 

Afirmação de uma hipocrisia não mensurável e representativa da idiota desumanidade de uma sociedade a pedir um Obama. 

O que muitos desconfiam é porque é que se pode pagar valores duplos e triplos na Europa e não se pode pagar em Portugal.
A produtividade tem as costas largas, porque a produtividade não é mera intensidade de trabalho, mas uma conjunção de factores que começa no ambiente empresarial, na capacidade - dinâmica - inovação - ética empresarial e em muitos outros factores que potenciam a mão de obra empregada. 
Salários baixos significam capacidade instalada baixa, fraco mercado interno, numa espiral de pobreza pessoal e empresarial.

Na minha actividade patronal sempre achei que o problema está mais do lado de um patronato retrógrado e ganancioso aditado a um Estado não misericordioso com os agentes económicos. Nesta união de um Estado self parasitário com maus empregadores, gerador de maus empregados, é que está a resposta.

Aplaude-se, assim, a saída do sr. Van Zeller, aplaudindo-se também a verdadeira representação de empregadores autónomos do Estado, verdadeiramente representativos de uma sociedade de pequenas e médias empresas.

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