Até agora pensei que o Sr. representasse quem desde a revolução encontra na social-democracia a melhor forma de compatibilizar a defesa da economia real com a economia social.
Lastimo no entanto a vossa posição de ontem na abstenção relativa aos recibos verdes. Ontem fizeram mais dezenas de milhares de desempregados e mais uma centena de milhares de revoltados com o esbulho que significa para os recibos verdes esta alteração das taxas do Código Contributivo. Na luta política não vale tudo, quando o que está em causa é a justiça das posições. E o povo em geral sabe distinguir a hipocrisia e o desprezo da representatividade, com a honestidade das posições. Manter uma enormidade detectada no Código Contributivo só por se ter medo de abrir revisões de outras putativas enormidades é já não saber discernir entre o que é justo e aquilo que é necessário. E o povo sabe-o, saibam os senhores ter essa capacidade que se exige a um defensor do povo, não se transformando no inimigo do mesmo. São estes actos que conduzem a nossa mão no acto infelizmente pouco respeitado do voto.
Infelizmente, ao contrário do que muitos pensam, conheço a realidade dos recibos verdes em "jovens" da faixa dos 40 anos e 50 anos, sem direito a qualquer tipo de apoio no desemprego, na doença, nas férias, até no Natal. E estou a falar em gente experiente e qualificada com licenciatura e mestrados. Infelizmente sei bem o que é uma minha familiar estar a trabalhar "hoje" com uma pneumonia, apenas porque uma semana de recobro significa uma semana sem qualquer tipo de rendimento até para pagar o esbulho de 29,5% de contribuição do seu rendimento, fora os 21,5% de retenção de IRS ou os seguros obrigatórios - e os 11 meses a terem de esticar para mais um mês de putativa férias sem rendimento.
Com este tipo de atitudes estão a abrir a porta da convulsão social de segmentos e gerações que não vos perdoarão, nem mesmo os vossos filhos, porque sabem distinguir o que é justo do injusto. A destruição da classe média agora a abarcar já licenciados e mestres não serve a democracia a gente que começa a ver na vossa representatividade apenas injustiça e interesse de representação meramente pessoal.
Todos são chamados a contribuir para a crise mesmo aqueles que para ela não contribuíram, mas dentro de parâmetros mínimos de equidade. E equidade é algo que não existe nesta medida porque até o PS, que se tem assumido como o monstro da insensibilidade social, teve o cuidado de não afectar em sede de IRS rendimentos inferiores, a mais ou menos 1000€.
Gostaria de acrescentar que estas entidades que exigem recibos verde aos seus funcionários já avisaram que, quem tem mais de 80% de rendimento exclusivo com a entidade, ou procura outras entidades para trabalhar ou está dispensado. O que pensam que farão funcionários com 40 e 50 anos face à conjuntura?
Ficaria grato se obtivesse uma resposta a este preocupação justa. Ou então terei de pensar que a 3ª República já não tem solução porque é composta de homens sem ponta de justiça, de dignidade, de carácter e que despreza os seus representados.
A bem de Portugal e dos Portugueses.»
Lastimo no entanto a vossa posição de ontem na abstenção relativa aos recibos verdes. Ontem fizeram mais dezenas de milhares de desempregados e mais uma centena de milhares de revoltados com o esbulho que significa para os recibos verdes esta alteração das taxas do Código Contributivo. Na luta política não vale tudo, quando o que está em causa é a justiça das posições. E o povo em geral sabe distinguir a hipocrisia e o desprezo da representatividade, com a honestidade das posições. Manter uma enormidade detectada no Código Contributivo só por se ter medo de abrir revisões de outras putativas enormidades é já não saber discernir entre o que é justo e aquilo que é necessário. E o povo sabe-o, saibam os senhores ter essa capacidade que se exige a um defensor do povo, não se transformando no inimigo do mesmo. São estes actos que conduzem a nossa mão no acto infelizmente pouco respeitado do voto.
Infelizmente, ao contrário do que muitos pensam, conheço a realidade dos recibos verdes em "jovens" da faixa dos 40 anos e 50 anos, sem direito a qualquer tipo de apoio no desemprego, na doença, nas férias, até no Natal. E estou a falar em gente experiente e qualificada com licenciatura e mestrados. Infelizmente sei bem o que é uma minha familiar estar a trabalhar "hoje" com uma pneumonia, apenas porque uma semana de recobro significa uma semana sem qualquer tipo de rendimento até para pagar o esbulho de 29,5% de contribuição do seu rendimento, fora os 21,5% de retenção de IRS ou os seguros obrigatórios - e os 11 meses a terem de esticar para mais um mês de putativa férias sem rendimento.
Com este tipo de atitudes estão a abrir a porta da convulsão social de segmentos e gerações que não vos perdoarão, nem mesmo os vossos filhos, porque sabem distinguir o que é justo do injusto. A destruição da classe média agora a abarcar já licenciados e mestres não serve a democracia a gente que começa a ver na vossa representatividade apenas injustiça e interesse de representação meramente pessoal.
Todos são chamados a contribuir para a crise mesmo aqueles que para ela não contribuíram, mas dentro de parâmetros mínimos de equidade. E equidade é algo que não existe nesta medida porque até o PS, que se tem assumido como o monstro da insensibilidade social, teve o cuidado de não afectar em sede de IRS rendimentos inferiores, a mais ou menos 1000€.
Gostaria de acrescentar que estas entidades que exigem recibos verde aos seus funcionários já avisaram que, quem tem mais de 80% de rendimento exclusivo com a entidade, ou procura outras entidades para trabalhar ou está dispensado. O que pensam que farão funcionários com 40 e 50 anos face à conjuntura?
Ficaria grato se obtivesse uma resposta a este preocupação justa. Ou então terei de pensar que a 3ª República já não tem solução porque é composta de homens sem ponta de justiça, de dignidade, de carácter e que despreza os seus representados.
A bem de Portugal e dos Portugueses.»
PSD IGUAL AO PS?
ESTÃO A TRABALHAR PARA O DEMONSTRAR!
Sem comentários:
Enviar um comentário