Ontem disseram-se na SIC Notícias as coisas mais inteligentes que ouvi em Portugal. Cuidado com a privatização da TAP que estrategicamente vai matar a nossa economia de turismo (porque não se despedem as centenas que não permitem o regresso aos lucros da TAP?).
Já algum inteligente deste estado de partidos parou para pensar que o sector da aviação é o mais concorrencial de todos e que se empresas como a Portugália e a AirLuxor não sobreviveram, é porque este sector nunca terá concorrência de interesse nacional em mercado liberalizado. Quando Ibéria, ou outras fizerem, à TAP, o que foi feito à SAAB (tomarem-lhe os mercados e extinguirem-na aos pedaços, para além de obrigarem os Portugueses a deslocarem-se aos seus próprios Hub's) estaremos aqui para criminalizar e perseguir os autores de tamanha façanha antipatriótica e criminosa.
E o que dizer das águas? Privatizar vai ser igual a aumentar os preços!
Tiago Caiado Guerreiro colocou o dedo na ferida do problema nacional ao falar na distribuição que mantêm reféns pequenas e médias empresas e toda a elite parasitária que domina sectores monopólicos como a electricidade, o gás, os combustíveis, ... um verdadeiro feudalismo à Portuguesa que se mantêm há quinhentos anos!
Subir impostos, por outro lado, significa matar mais concorrência e é por isso que a Troika mais inteligente e séria que a partidocracia nacional chancelou o problema maior nacional: a concorrência, ou melhor a falta dela nos sectores que dominam as PME's (essas sujeitas a uma concorrência criminosa aduzida dos custos de contexto ruinosos do estado português). Alguém sabe nos partidos do poder (fora do poder parecem que sabiam) o que significa IVA's acrescidos, aumentos de IMI's ou outros no contexto nacional? O actual ministro das finanças não ouviu a Troika que não quer ouvir falar em aumentos de impostos, mas em aumento da competitividade/concorrência?
Mas srs. políticos: concorrência não é sinónimo de privatizar, mas afastar os entraves à concorrência. Isto faz-se com reguladores não sequestrados por partidos ou interesses monopolistas, não por privatizações - mesmo que impostas pela nossa condição de devedores.
Como gestor de PME's com um MBA que não significa "medíocre but arrogant", não percebo como se tomam medidas sem perceber/estudar o seu impacto. É que muitos destes aumentos de impostos vão ter consequências no nível mais baixo de impostos a médio/longo prazo pela destruição do tecido nacional. A sustentabilidade não se constrói, senão nos manuais, e muito menos num mundo rápido e de necessidade de massa crítica, por uma hipotética destruição criativa.
Será que se quer mostrar serviço imediato não querendo saber das consequências a médio/longo prazo?
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