domingo, 11 de março de 2012

O EIXO DO, VERDADEIRAMENTE, MAL

Nunca perco um Eixo do Mal. 
Não porque pense que todas as opiniões aí veiculadas sejam sempre correctas, mas porque confrontam, levam à reflexão e mostram um "jornalismo" sem peias, debatendo de uma forma livre e chamando estranhamente! (para quem se habituou a uma imprensa pouco transparente) "os bois" pelos seus nomes.
Para o cidadão cujo interesse pela política não se esgota na horrorosa e decadente clubite acéfala das lealdades incompreensíveis (ou talvez não, neste mercado de compra e venda de pouca coluna vertebral) do "ou és por mim ou contra mim" há 3 assuntos, que sobressaíram do Eixo do Mal de ontem, com que concordo totalmente - e que não abonam em favor de uma coligação que se assumiu como querendo fazer diferente dos anteriores, no plano da ética e da verdade na política (uma nova forma, reformista, de fazer política).
  1. O primeiro é a conclusão por um faz de conta reformista no essencial (já o governo conseguiu contrariar os sectores das rendas à custa dos contribuintes e dos consumidores?, embora no acessório se esteja a desestruturar a sociedade em aspectos fundamentais para a sua coesão - por onde anda a social democrata flexi(se)gurança? - a passagem dos direitos sociais, e já agora dos deveres, para o mero assistencialismo de século XIX ) encetado por este governo em diferentes áreas, esquecendo-se da reforma do essencial, a reforma da ética na política (o afastamento dos interesses das clientelas) e a manutenção dos chamados interesses do amiguismo político (como sobressai do caso Lusoponte) - só possíveis num país onde os representantes do povo são coisa nenhuma, já que não são escrutinados e responsabilizados individualmente nos diferentes círculos.
  2.  A segunda é a extrema preocupação por alguma agenda acéfala/ideológica deste governo. Falo do dossier privatizações, nomeadamente a da TAP, empresa de grande qualidade e referência nacional, que estando no perímetro do interesse público tem convivido com a concorrência (a TAP como empresa de referência nacional na captação de receitas; como imagem de Portugal; como espaço de formação de técnicos altamente especializados; ...) - Mesmo para os não adeptos do colectivismo e da liberdade da sociedade civil, custa perceber como se nacionalizam as perdas e se privatizam os lucros (permitindo que as poucas verbas geradas pelos consumidores Portugueses vão alimentar outros espaços económicos ou fujam para paraísos fiscais na própria UE - caso Holandês) sem nos preocuparmos com o essencial: as questões de/a concorrência!    
  3. A terceira, a manutenção de esquemas incompreensíveis para os cidadãos que descredibilizam a política, os políticos e a democracia. É o caso do chamamento às perdas por más políticas e interesses escondidos (como o do BPN, ...);  o atribuir-se dividendos aos novos accionistas da EDP, REN... por um período em que ainda não eram accionistas (verdadeiramente escandaloso, criminoso quando se atiram milhões de Portugueses para a miséria, por exigências já muito para além das suas possibilidades - um atentado e perda para o estado no valor de 150.000.000 de €, que permitiria repor níveis de apoio a desempregados, actualmente sem qualquer apoio). 

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