sábado, 28 de abril de 2012

CARTA AOS FANÁTICOS

Carlos Abreu é um nome por estes dias muito conhecido em jornais electrónicos. Começa a ser cansativo "ouvi-lo" como apaniguado de serviço. 
Acusa ele todos os que criticam o actual estado de coisas a descambar para o retrocesso de décadas civilizacional de serem Seguristas e invectiva-os à exposição de medidas, como se a expressão da opinião própria nos remetesse para os fanáticos de partido - esses sim, expressão de um bairrismo que extrapolou para o clubismo e agora para o partidarismo incondicional do mais papista que o papa ou como agora se vê  mais Troikista que a Troika. 

Eu posso dizer por onde se pode ir e não falo nem por Seguro, nem por Passos, nem por Louçã, nem por qualquer outro líder político. 
Falo pela minha cabeça, pelos resultados das medidas e pela análise e antevisão das consequências das receitas.
 
Podia começar por exemplo por reverter todas as taxas de IVA e uniformizá-las numa faixa de 15 a 17%. Aumentos do IVA geram destruição económica, falta de confiança, diminuição de receitas fiscais, numa espiral sem fim de aumento de taxas de impostos, esbulho fiscal, desmotivação empreendedora, emigração.
Podia por exemplo não mexer nas tabelas do IMI que criam situações dramáticas de perda do bem mais essencial das famílias, desestruturação social.
Podia por exemplo acelerar a reforma das instituições onde as despesas são despesas de lugares de rotatividade partidárias. Empresas municipais, organismos públicos, órgãos do poder autárquico.
Podia por exemplo poupar na contratação de escritórios de advogados, empresas de comunicação - que bem deve conhecer - e uma mão cheia de outros expedientes de pretensos especialistas e parasitas do estado, que custam os olhos da cara ao estado e que fogem ao escrutínio social e comunitário. 
A bem da administração pública que tem de ser despartidarizada e dos cofres do estado.
Podia por exemplo já ter enfrentado os lobbies que geraram contratos blindados, desblindando-os com argumento de má fé e enriquecimento sem causa, em sectores que não sentem a crise e que repercutem custos nos consumidores - criando verdadeira concorrência. Em caso de tal ser impossível por serem sectores muito concentrados não se deviam vender monopólios do estado ou empresas essenciais à economia nacional lucrativas (por mais que sejamos liberais qualquer asno vê que há sectores cujo valor acrescentado tem de estar ao serviço da comunidade).
Podia enumerar-lhe mais uma enorme lista de medidas sociais democratas e de cariz patriótico e nacional, mas não sei se o não ia enfartar. 
 
De resto um bom dia, e viva Portugal, que não consta que tenha no símbolo a rosa, as setas ou qualquer outro para além das quinas.

1 comentário:

Trufas disse...

ótimo blog, parabéns

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