«A Alemanha vai alterar a estratégia de combate à crise europeia e complementar as imposições de austeridade com medidas de crescimento para os países endividados, a par de uma maior coordenação das políticas económicas, noticiou o «Handelsblatt».
Berlim está agora a planear um programa de crescimento para dinamizar a economia na União Europeia, refere o matutino económico, que cita um documento do Governo de Angela Merkel intitulado «Mais Crescimento para a Europa: Emprego, Investimentos e Inovação».
O plano em questão terá sido alvo de um acordo na sexta-feira passada entre os Ministérios das Finanças, da Economia e dos Negócios Estrangeiros, garante o «Handelsblatt», citado pela Lusa.
Aumento de capital do BEI e redistribuição de fundos estruturais
Entre as medidas previstas inclui-se o aumento de capital do Banco Europeu de Investimentos (BEI) em 10 mil milhões de euros, que permitiria conceder empréstimos de 15 mil milhões de euros por ano a países em dificuldades, segundo cálculos da Comissão Europeia.
Além disso, propõem-se uma reforma da atribuição dos fundos estruturais para beneficiar o crescimento e o emprego, a emissão de obrigações com aval da UE para levar a cabo projetos europeus, e ainda um plano de combate ao desemprego juvenil com recurso a 7,3 mil milhões de euros do orçamento comunitário, adianta o «Handelsblatt».
Reformas e consolidação orçamental são para continuar
Berlim continuará, no entanto, a exigir que os países que recorram ao Fundo de Estabilidade Financeira (FEEF) ou ao futuro Mecanismo de Europeu de Estabilidade (MEE) cumpram os compromissos financeiros assumidos e levem a cabo reformas estruturais, refere-se também no documento do Governo alemão.
«A zona euro tem de coordenar mais estreitamente as suas políticas económica e financeira, porque só assim poderá evitar que a união económica e monetária se desintegre, e, por isso, o Conselho Europeu deve estudar formas de melhorar a coordenação das políticas económicas nacionais e de as interligar mais», cita ainda o jornal alemão.
O documento contém igualmente, segundo o jornal de Dusseldorf, uma série de propostas para fomentar o crescimento e o emprego na zona euro, como exigem o presidente francês François Hollande e a própria oposição alemã, para votar a favor do Tratado Orçamental no parlamento germânico».
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União Europeia
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