quinta-feira, 20 de junho de 2013

PIRES DE LIMA

«O processo de «ajustamento económico» tinha, «de alguma maneira, de funcionar de acordo com as regras» definidas pela troika, «dado que perdemos a soberania, ao nos deixarmos cair na armadilha do endividamento do país», afirmou Pires de Lima, advogando que Portugal «não tinha muita margem de manobra para não deixar de executar o memorando» de entendimento e as suas «sucessivas avaliações».

Mas «é preciso retirar ilações daquilo que não correu bem ao longo destes dois anos porque, de facto, o regime de austeridade a que estamos a ser sujeitos, nomeadamente quando já se percebeu os resultados que traz, por [ser] excessiva, acaba por ser um registo de austeridade pouco inteligente, não construtiva».

Essa austeridade, sublinhou, «não nos ajuda a criar uma solução» para «os problemas com que estamos confrontados», sobretudo de «elevados níveis desemprego», acentuada quebra do consumo e «queda do investimento, que será em 2013 cerca de metade» do registado em 2000/2001.

«Há um conjunto de prioridades que deviam ser agarradas a fundo por este Governo», de modo a que o «segundo ciclo da governação» ¿ últimos meses de 2013, 2014 e 2015 ¿ possa «corrigir a trajetória» nas «matérias onde as coisas não estão a correr a bem», salientou.»

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