Já sabíamos disto porque há no ar um irrazoável cheiro a porcaria, que se nos entranha pelos olhos, pelos ouvidos e pela ... boca! Mas é sempre bom ver que há quem não se politize ou monetarize, neste vírus mutante jornalístico, que começou não com os suínos mas com os ... políticos! E como há tantos que se ofendem por dizerem conhecer bons políticos que praticam serviço público. Mas a esses pedimos: monitarizem a política, e do mesmo modo que a boa moeda afasta a má moeda, que os bons políticos afastem os maus e virulentos políticos, políticos suínos, que já fizeram chegar ao jornalismo a mexicanização das ... notícias!
«...Ainda hoje me lembro dessa frase sem sobressaltos mas estou cada vez mais só. Ao longo destes anos o ambiente mudou: a regra tornou-se excepção. A maioria das notícias, hoje em dia, são o que alguém quer que se saiba. Até se fazem manchetes de grandes jornais que não são novidade, não são notícia, pela simples razão de que alguém quer muito que se saiba.Esse alguém não é o povo (já quase soa estranha, este palavra) consumidor de jornais. O jornalismo institucionalizou-se. Os jornalistas arranjam empregos com os políticos, comem à mesa dos banqueiros, frequentam as mesmas lojas, realizam-se com ascensões sociais estranhas à profissão. Muitos jornalistas começaram a fazer parte daquela entidade a que o povo (não tenhamos medo dela) chama "eles".Ao mesmo tempo, os factos foram substituídos por uma sofisticada retórica de "objectividade" e "equilíbrio" - totalitária - e por um processo de intenções ao menor desvio. As notícias já não são julgadas por serem verdadeiras ou falsas, mas por serem "a favor" ou "contra". A realidade foi disciplinada como a classe: não investigarás, dirás o que eu te digo; quando, por azar, não tiver sido eu a dizer-te, escreverás "alegadamente"»
Sem comentários:
Enviar um comentário