segunda-feira, 22 de junho de 2009

O ESTADO DO ESTADO

«"Não estão a beneficiar todos os que poderiam, o que tem a ver com questões de informação", refere João Vieira Lopes, da Confederação do Comércio e Serviços de Portugal. "Mas a responsabilidade maior, neste caso, é das empresas. Com gestores pouco qualificados, não estão atentas à informação oficial. Ou dependem de apoios administrativos exteriores que não são suficientemente activos. Há alguma iliteracia de gestão". "Mais de mil" técnicos oficiais de contas participaram em duas acções de esclarecimento, diz o Governo.»

A função das empresas é criar riqueza. A função do Estado é apoiar os seus cidadãos, sejam eles pessoas individuais ou pessoas colectivas.

Se o governo em vez de apoiar, aponta agulhas à iliteracia de gestão das empresas é porque das duas uma: ou não passa a informação de um modo universal e simplificado (informação aqui não privilegiada!) ou vive num patamar de irrealidade tipo nomenclatura face ao quadro real do país. Querer mudar a realidade, assacando responsabilidades aos Portugueses, é que parece estranho.

Em qualquer dos casos não fica bem na fotografia, num país onde a iliteracia é muitas vezes usada como álibi para a manutenção de privilégios e separações de cidadãos pouco consentâneo com um regime dito democrático representativo.

Afinal, haverá alguma iliteracia de gestão em empresas como a J.P.Sá Couto, Mota-Engil ... ? ou é o Governo ele próprio um case - study de iliteracia sobre o seu próprio País?


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