terça-feira, 27 de julho de 2010

AMAR O MUNDO TODO

Se há algo que me ainda toca neste mundo, é o verdadeiro amor entre dois seres. Um amor cúmplice, simples e humilde, a capacidade de um para o outro, um encontro de almas mais do que de corpos.
Os últimos anos da humanidade tem demonstrado que a humanidade caminha para um vazio de emoções, uma espécie de mar de lixo desprovido de sentimentos, onde se acumulam interesses mesquinhos, ciúmes, ódios, materialismos da pior espécie, uma espécie de mar de plástico que polui a nossa espécie.
A verdade, no entanto, é que em todos os tempos como em todos os elementos, se encontram verdadeiros amantes, não aqueles que se encavalitam querendo demonstrar à saciedade serem perfeitos maníacos e experts da arte de cavalgar em toda a sala, mas aqueles para quem um simples olhar é sinónimo de paz e infinitude, estranhamente entranhados  e entrelaçados na serenidade do espaço das estrelas.
Pilar e Saramago faziam-me lembrar um desses casais que não precisavam de casa para se casar. Uma espécie muito rara, feita de sombras e olhares, feita de pequenos trejeitos e sorrisos, a que a vinda de Pilar para Portugal porá o dedo na ferida aos menos distraídos: serão Pilar e Saramago, reencarnações de Inês e Pedro?

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