Quando se vê empresas como a Jerónimo Martins, do sector da distribuição alimentar, a subir lucros em quase 50%, em época de pobreza cavalgante, perguntamo-nos: para onde caminha este mundo?
Não porque seja obsceno uma empresa tentar maximizar os lucros, mas porque os lucros não podem ser um fim em si mesmo.
Actividades como a distribuição e as actividades empresariais, em geral, têm de caminhar inexoravelmente para limites e fins sociais.
Ser-se empresário deveria ser cada vez mais um contrato que a sociedade fazia com alguns dos seus membros, os mais capazes de gerar riqueza, para a distribuir irmãmente e não para um aproveitamento escabroso de um bem social de um enriquecimento, sem limites, de uma forma obscena.
A história económica e social do mundo, do absolutismo, ao liberalismo, ao intervencionismo e a novas formas recauchutadas de liberalismo parece hoje não querer sair dessa reprodução circular do passado.
Há que definitivamente romper com esse imobilismo social que sangra as sociedades, e estabelecer um novo contrato social que inclua as empresas e a reprodução de riqueza!
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