«De nada! Ainda estou para ver um político a andar a pé, a prescindir de (quase) todas as mordomias, ou a limita-las (como os telemóveis), a emagrecer gabinetes, a prescindir de cartão de crédito, etc. O mesmo quanto a outras figuras, como gestores públicos e presidentes de organismos, ou institutos estatais. Noutros países, este tipo de comportamentos faz parte da ética política. Na Suíça, aqui há uns tempos, uma ministra, por ter utilizado o helicóptero para a transportar a casa, acabou por ter de se demitir. O aparelho servira, exclusivamente, para a transportar para uma cerimónia oficial. Uma vez concluída e terminado o dia de trabalho, era suposto regressar a casa pelos seus próprios meios. Ao ter enveredado pela “boleia” de helicóptero, caiu-lhe “o Carmo e a Trindade” em cima, ou seja, o clamor do público…contribuinte, sempre muito exigente por aquelas paragens. Em Portugal, tal seria impensável e nem mesmo o público se importaria, tão distanciado está de determinadas condutas e procedimentos éticos dos seus governantes. Que até acha normal! E há muitos mais exemplos. O monarca norueguês anda, muita das vezes, de bicicleta, e os ministros britânicos aceitaram perder muitas das suas mordomias, como a viatura, na maior parte dos casos.Nem todos por certo caiem neste epíteto pouco agradável.
Enfim, são estas as diferenças, estas as indiferenças, estas as atitudes que nos distinguem de outros povos, de outras democracias, que nutrem um profundo respeito pelo erário público…e por quem para ele contribui! Como a autora deste Blogue uma vez referi - e bem! há comportamentos que se deveriam reger por uma “coisa simples”: Ética. Acima de tudo em política! Esta ausência de ética, todavia, é, infelizmente, transversal na Política do nosso país.
P.Rufino»
Mas se caiem, caiem por omissão e por não terem coragem de não dizer basta a tanta desvergonha, falta de ética e incompetência!
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