As últimas palavras de Sócrates ao partido, agora que estamos todos a habituar-nos à sua orfandade, enquanto não chegam as revoltas nas ruas pelo programa que vai mexer Portugal da pior maneira, EU ADORO-VOS, parece um agradecimento compungido de quem teve toda a protecção e carta branca para cometer a maior barbaridade que se pode fazer a um país: colocar Portugal na bancarrota.
Nada de muito destoante com o paroxismo, quase delirante, de quem no dia da renúncia ouvia uns gritos pungidos e uns choros nervosos e miudinhos de quem via o querido e amado líder a prometer uma longa travessia do deserto.
- Voltarei! terá bradado baixinho, Sócrates, para consigo, logo que tenha assentado a espuma das iras. É que o povo é soberano e ele e eu somos demiurgos de memória curta!
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