O problema actual do mundo e do capitalismo deriva do facto do capital se ter deslocado para a China. Não teria sido problema se esse desequilíbrio tivesse sido sanado numa economia de mercado perfeita. A China estaria hoje com uma moeda muito valorizada e o equilíbrio do capital far-se-ia com muitas empresas a voltarem aos seus anteriores hospedeiros.
Mas a China não é uma verdadeira democracia e tem controlado o sobreaquecimento da economia, mantendo preços baixos, mão de obra barata e entesourando e exportando o seu excesso de capital em dólares.
A estratégia da China é, assim, manter o seu poder de atracção dos capitais estrangeiros, fortalecer o seu estado autoritário (ou pensam que os ciberataques de desvio de informação e tecnologia vêm de onde?), preparar-se Confucianamente para dominar economicamente (e talvez não só) o mundo.
A queda do império Americano joga-se assim nos ingredientes busca do capital por custos mais baratos versus uma grande potência não democrática e autoritária com uma agenda escondida. A Europa segue os passos dos EUA, sendo que o mundo irá nos próximos 50 anos assistir a um domínio mundial cada vez mais orientalizado.
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