Estou fulo com Passos apesar de lhe ter dado idiotamente uma oportunidade. E de oportunidade em oportunidade alimentamos ambições políticas que nos vão devorando todos os dias.
Há em Portugal uma enorme confusão no que diz respeito ao conceito de liberal.
Para mim liberal significa liberdade: a liberdade da capa do livro de Milton Friedman. Liberdade de escolher, de criar, de trabalhar, de optar, liberdade de me debater apenas com a minha consciência respeitando o espaço do outro.
Para outros, no entanto, liberal é o que privatiza tudo, afasta tudo do controlo da sociedade organizada, do estado, o que pensa que o mercado é o nosso melhor amigo.
E aí, não sou liberal, porque esse normalmente cria uma estado mais inimigo do cidadão, mais autoritário e totalitário (distribuir coimas por falta de pagamento de taxas moderadoras que muitas vezes nem chegam a casa dos Portugueses por ineficácia dos sistemas?).
Porque o mercado não é o nosso melhor amigo em todas as ocasiões. Há ocasiões que fazem o ladrão, seja na futura lei do arrendamento que deixará os inquilinos nas mãos gananciosas dos senhorios, seja na privatização dos monopólios que sorriem cinicamente para nós, seja na substituição de um estado social por um estado assistencialista.
Sem efectiva concorrência, não há liberalismo. Logo o liberal não é o que tudo privatiza, mas o que afasta os vícios tanto do estado como dos privados e que com a justificação de diminuir o peso do estado, totaliza inversamente utilizando a arrogância do estado, a nossa vida.
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