segunda-feira, 16 de abril de 2012

JÁ NÃO BASTA FALAR, É PRECISO NÃO NOS CONTRADIZERMOS NA OBRA

(Sobre a diversificação das geografias do comércio externo e o seu aumento quantitativo).
É interessante verificar como as crises e o instinto de sobrevivência trás à tona novas forças até agora aparentemente adormecidas (não se percebia realmente como muitas das nossas empresas, com produtos e serviços de excelência pareciam temer, ou estavam acomodados à globalização).
Falo dos agentes económicos, não dos políticos profissionais ou à procura de profissionalização em exercício, que estes parecem continuar estranhamente adormecidos nas suas cátedras de medidas incongruentes, muitas vezes contraditórias na prática e no discurso. 
Nesse aspecto Passos que têm virtudes e defeitos diferentes do senhor anterior (esperemos que o saldo esteja a seu favor, mas esse só o veremos pela resultante final do índice de felicidade Português) devia pelo menos assumir para si uma (das poucas?) virtudes (públicas) do senhor anterior: a sua capacidade para agregar e peneirar com uma pequena task force todas as medidas, de molde a evitar-se contradições de medidas incongruentes com o discurso.

É que custa muito ouvir Passos falar nos rentistas e depois ver que estes continuam incólumes, enquanto os atomizados vão dando à costa afogados pela maré de um estado cada vez mais castrador e que resolve todos os problemas com aumentos e proibições. 
É que a libertação da sociedade civil que Passos propõe através de um novo paradigma de "economia mecânica", não pode ter como consequência uma sociedade só liberta do Estado no topo e cada vez mais estrangulada na base.

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