«O ex-secretário de Estado da Cultura prometeu mandar o fisco «tomar no cu» caso um dia venha a ser abordado sobre a obrigatoriedade de pedir fatura.Qualquer indivíduo minimamente inteligente percebe que a esquizofrenia fiscal a que estamos a assistir, tem como consequência a destruição económica. O fisco é uma formatação da sociedade com vista à redistribuição. Mas essa «soberania institucional» cedida pelo povo, tem limites. Os limites da própria sustentabilidade dos indivíduos e o seu real interesse para a sociedade.
O post de Francisco José Viegas é dirigido ao secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, Paulo Núncio, e a sua autoria foi confirmada pelo próprio à TVI24.
«Queria apenas avisar que, se por acaso, algum senhor da Autoridade Tributária e Aduaneira tentar "fiscalizar-me" à saída de uma loja, um café, um restaurante ou um bordel (quando forem legalizados) com o simpático objectivo de ver se eu pedi factura das despesas realizadas, lhe responderei que, com pena minha pela evidente má criação, terei de lhe pedir para ir tomar no cu, ou, em alternativa, que peça a minha detenção por desobediência», escreveu Viegas no blog «A Origem das Espécies».
O ex-governante acrescentou ainda que o «pobre funcionário» do fisco «não tem culpa nenhuma». «Mas se a Autoridade Tributária e Aduaneira quiser cruzar informações sobre a vida dos cidadãos, primeiro que verifique se a C. N. de Proteção de Dados já deu o aval, depois que pague pela informação a quem quiser dá-la», acrescentou.
O Governo recordou na quarta-feira que todos os consumidores estão obrigados a pedir fatura no ato de qualquer compra. Quem não o fizer arrisca uma multa do fisco, que varia entre 75 euros e 2.000 euros.»
Obviamente que não se podia pedir a estes governantes da cantera da loucura Gaspariana, como Paulo Núncio, dotação de inteligência e percepção de limites.
Uma sociedade é isso mesmo: uma congregação de vontades. E para ela funcionar tem de ser nessa congregação e não numa atitude meramente de esbulho, de estado policial para benefício de poucos, sem contrapartidas reais para a generalidade da população.
Como se destroem países pala falta sistemática de inteligência, pela vaidade de alguns e pelo fundamentalismo de outros!
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