quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

AINDA SOBRE O SERMÃO DE JPP AOS PEIXES

Como a bloggiana barbearia do sr. Luís, sítio onde se aparam cabelos e barbas, como é bom afastarmos a espuma que nos encobre a todos um pouco. E quando isso acontece descobrimos que afinal é muito mais aquilo que nos une daquilo que nos separa e do excelente e concordante post de André Barata destaco aquilo que especialmente me toca: «da ética pública; aproximar o senso comum do bom senso; lei como único regulador aceitável! ... ; o fundamento ético, e a coragem do pensamento de Hannah Arendt». É que colocar a crise na tónica meramente economicista é esquecer que por detrás dela estão homens com motivações e valores e é aos valores que temos que dar cada vez mais atenção. Refugiando-me vezes sem conta num enorme chapéu de chuva do intenso snobismo Pachequiano, como me comove o sermão de JPP aos peixes, recuperados excertos dos textos do Padre António Vieira (e perdoem-me a extensão dos excertos)!

E é por isto que considero que o jogo do monopólio foi e é um dos jogos mais perniciosos da minha e da actual juventude: porque compram-se e vendem-se propriedades mas esquece-se a dimensão dos homens e as consequências que isso vai ter nos outros homens! E é isso que distingue um tecnocrata de um estadista!

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