Os ideólogos do regime são a pior espécie de gente que a política fabrica, porque normalmente mimetizam e ampliam a radicalidade e a intolerância. Abraçando com radicalidade os Mein Kampf, muitas vezes pior que os leaders são normalmente estes sinistras figuras, normalmente vindas de fileiras de extrema qualquer coisa e que perdem rapidamente o contacto com a realidade na sua ânsia de se colarem e agradarem.
Se o regime nazi criou figuras sinistras como Joseph Goebbels , arrastando consigo para as áreas democráticas as sua endémicas cargas totalitárias, outras culturas e regimes ditos democráticos arrastam também consigo gente pequenina em bicos de pés, pouco consentânea com propaladas ideologias onde devia campear a democraticidade e a tolerância.
Está provado que a cobardia e a falta de carácter é algo endémico na sociedade Portuguesa. O tempo dos Martins Moniz, das Padeiras de Aljubarrota, os Albuquerques e os Mouzinhos já ficaram para sempre na história. Hoje o tempo já não se compraz com epopeias, com grandiloquências, com gestos heróicos, hoje o tempo é o tempo do desfrute imediato, do egoísmo mesquinho e encapotado, do interesse, do remunerado.
E é assim que obviamente a responsabilidade da existência e da propagação destas figuras feias, porcas e más, é uma construção da própria sociedade: uma sociedade cinzenta, indiferente, iníqua e corrupta onde a falta de carácter e a cobardia, permitem a ousadia destes seres ad infinitum e náusea até serem confrontados e despojados, por um assomo espontâneo e instante da maioria, da sua arrogância tigre de papel.
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