quinta-feira, 29 de outubro de 2009

POESIA POLÍTICA CANALHA OU FADO POLÍTICO

Manuel Brás

I Parte

A “rafeirice” política
da nossa democracia
é de base monolítica
fedendo a iliteracia.

A milhas da gravidade
dos problemas nacionais,
revela-se a passividade
de políticas irracionais.

O cheiro a terra queimada
na democracia lusitana,
agrava a doença inflamada
de um nação pobretana.

II Parte

De faces ocultadas
atrás da devassidão,
moralidades fintadas
por fétida podridão.

A ética fedorenta
de negócios imorais
é a marca bolorenta
de decoros viscerais.

A política das navalhadas
afincadamente defendida
retrata posturas talhadas
por uma ética elidida.

III Parte

Neste regime apodrecido
pela agnosia engravatada,
deixa o povo entontecido
com esta ética ocultada.

Afunda-se a moralidade
no meio de eufemismos,
sendo uma dura realidade
de ignóbeis endemismos.

Epílogo

Os problemas endémicos
parasitam a sociedade,
como vírus pandémicos
toldados de voracidade.

O interesse nacional
de palavras encarecidas,
é pura ética ficcional
de pazes apodrecidas.

O Manuel Brás fartou-se de esgravatar a prosa nos podres nacionais. Afinal para que serve a sociedade falar e se indignar neste Estado de partidos? Nasceu mais um homem da luta. Lugar assim à poesia que vem directamente da alma.

Dás-lhes Manuel!

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