quarta-feira, 3 de março de 2010

DÁ QUE PENSAR

Lucro da Jerónimo Martins sobe 22,8% para 200 milhões
Vendas aumentaram 18,4% para 7,3 mil milhões de euros
Jerónimo Martins dá um milhão de euros à Madeira
Anota-se positivamente o apoio de 0,5% do lucro anual da Jerónimo Martins à Madeira. Anota-se também por parte da Jerónimo Martins a criação da fundação Soares dos Santos. 
O que se anota, também, e já negativamente,  e entristece, é como um grupo de abastecimento de bens para consumo  tem estes lucros escandalosos, independentemente da sua  putativa boa gestão, pelo que das duas uma: 
1) ou a concorrência no mercado deixa muito a desejar; 
ou a Jerónimo Martins paga aos seus colaboradores muito abaixo daquilo que podia, devia pagar e era sua obrigação social.

É que cada vez mais as empresas só deviam ser detidas por quem lhes imprima uma verdadeira consciência social e uma utilidade para o tecido social geral. Tudo o resto é passado, tudo o resto fará com que a coesão social seja um regresso ao pior do homem e ao individualismo mais liberal.
Afinal para que servem lucros escandalosos, que fazem todos os consumidores pagar bens de consumo mais caros, o esmagamento dos preços aos produtores e que dão aos detentores da "marca" uma vida faustosa por muitas e variadas gerações?
É esta sociedade de regresso ao passado,  arcaica, de desigualdade radical  e promiscuidade que queremos para os nossos filhos?
Parece que é, mas depois não se queixem quando regressarem os colectivismos desregrados e as formas mais fundamentalistas! 

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