Ao contrário do que Medina pensa, há muita gente neste País que pensa Portugal no mesmo sentido.
1) Portugal devia assentar o seu regime num sistema presidencial e esquecer para já o actual quadro parlamentar bloqueado e incompetente. A outra contrapartida era manter o sistema, diminuindo para 80 ou 100 deputados o quadro parlamentar da Assembleia da República, criando um Senado com trinta ou quarenta membros e adoptando o sistema partidário com base uninominal.
2) O problema da China é um problema sem solução, como diz Medina Carreira. É impossível manter esta mentira de um país, dois sistemas. A Europa devia exigir condições alteradas à China ou impor medidas proteccionistas. O caminho de alterar o sistema social Europeu não pode ser opção, porque é inelutavelmente um retrocesso. Obviamente que há que chamar à pedra quem na Europa queira este sistema e são muitos. Não esquecer que 50% das exportações da China são feitas com base em empresas deslocalizadas Europeias ou Norte-Americanas. Boaventura Sousa Santos tem razão quando fala da necessidade de contra argumentar com outra globalização, presumivelmente a globalização da maioria.
3) O problema do Portugal monopolístico ou oligopolístico é um problema seminal para Portugal. Para quem já sentiu como empresas destas liquidam o tecido empresarial, por via de custos imperiais não sujeitos ao mercado, não faz sentido privatizar monopólios privados e ainda menos manter a mão do Estado das Golden-Shares, como jazidas de ouro ou diamantes dos partidos. Como também não faz sentido ter apostado num sistema de grandes grupos de distribuição que esmagam e liquidam o pequeno empresariado com o império do quero, posso e mando. Já para não falar, na liquidação do ambiente das cidades e do pequeno comércio redistributivo.
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