" O que não disseste pertence-te. O que disseste pertence aos teus inimigos".
No mundo real esta frase parece seminalmente avisada. No mundo virtual do confronto das ideias, parece uma frase demasiado carregada e cinzenta, um verdadeiro atentado à liberdade.
Há no nosso tempo - na nossa sociedade? - uma esquizofrenia que enegrece o mundo de lés a lés, o estares comigo ou contra mim, uma incapacidade crónica para aceitar o elemento neutro, o elemento cujo partido é o casuístico, que não acredita em grupos ou colectivos ungidos a paramentos.
Nesse sentido como sublinha, no seu excelente blog, Seixas da Costa, mesmo que não se concorde sempre com os seus escritos, muitas das nossas raízes parecem estar no sangue Mouro que convida à desconfiança contínua: «o que não disseste pertence-te, o que disseste pertence aos teus inimigos».
Graças a Deus, não querendo saber se Deus é Mouro ou Cristão, que o meu único inimigo é a desigualdade, a ganância, o fundamentalismo, a corrupção, a maldade e a mentira.
Tudo o resto são apenas dissemelhanças a requerer reflexão.
Tudo o resto são apenas dissemelhanças a requerer reflexão.
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