«A sustentar o crescimento do monstro desde Maio do ano passado têm estado os empréstimos concedidos pelo Fundo Monetário Internacional, Banco Central Europeu e Comissão Europeia (troika) ao abrigo do programa de assistência financeira a Portugal. Desde essa altura, a dívida directa do Estado aumento 14,27% em resultado de 14 empréstimos realizados pelas três entidades num valor acumulado de 40 mil milhões de euros. Mas não é tudo: dos 40 mil milhões que Portugal já recebeu da troika, mais de 9.718 milhões serão para pagar juros desse empréstimo.Na prática, significa que por cada 100 euros que Portugal recebeu do FMI e da União Europeia desde Maio, 25 euros serão para pagar juros dessa "ajuda". E a factura não fica por aqui. Há ainda a contabilizar os juros que serão cobrados dos restantes 38 mil milhões de euros que faltam receber do programa de assistência financeira. E que segundo as declarações proferidas ontem por Steffen Seibert, porta-voz do governo alemão, não prometem traduzir-se em juros mais baixos».
NUMA ALTURA EM QUE A FRANÇA FALA NUM PERDÃO DE DÍVIDA RADICAL AOS PAÍSES DO NORTE DE ÁFRICA, OS JUROS AGIOTAS DA TROIKA DENOMINADOS DE AJUDA, ENSOBRAM O FUTURO QUE PARECE IMPOSSÍVEL.
SERÁ QUE NÃO TERIA SIDO PREFERÍVEL UM INCUMPRIMENTO DE UMA SÓ VEZ, SIMULTÂNEO A UM EMAGRECIMENTO RADICAL DA MÁQUINA DO ESTADO PRESERVANDO O SECTOR PRODUTIVO?
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