Há na história dos países e na história económica muitos mitos que são gerados sem base concreta. Sem querer defender alguma má utilização dos fundos estruturais (que é transversal a todos os países da União), é factual que ao contrário do que é percepcionado pelo Norte Europeu, a utilização destes fundos não foi tão pouco virtuoso como a pensam levados pelo populismo de Merkel ou pelo combate ideológico/partidário.
Não nos esqueçamos da importância das infraestruturas na competitividade e dos pontos de partida da infraestruturação nas diferentes soberanias.
Os problemas são assim muito mais complexos e as atoardas ou mitos Europeus não resistem a uma análise cuidada do factual. O Keynesianismo não está na ponta das políticas de fomento pelas infraestruturas, mas na eficácia da sua utilização independentemente do trade-off entre betão e educação e formação profissional.
O problema de Portugal não é (foi) o excesso de betão (do betão como estruturação com Taxas de rentabilidade futuras virtuosas e externalidades positivas para a sociedade), dado que assistimos a um enorme investimento nas pessoas.
O problema de Portugal é não termos (e não estarmos) a fazer o essencial (a real desvalorização fiscal simultânea à desvalorização salarial de modo a não comprometermos níveis de consumo internos essenciais, por sua vez com taxas agressivas de crescimento das exportações).
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